“O acolhimento de José convida-nos a receber os outros, sem exclusões, tal como são, reservando uma predileção especial pelos mais frágeis, porque Deus escolhe o que é frágil (1 Cor 1, 27), é «pai dos órfãos e defensor das viúvas» (Sal 68, 6) e manda amar o forasteiro.
Posso imaginar ter sido do procedimento de José que Jesus tirou inspiração para a parábola do filho pródigo e do pai misericordioso ( Lc 15, 11-32). (Papa Francisco – “Patris Corde”)
Se existe uma atitude de vida que pede o resgate de sua profundidade e seu poder evocativo original é a da acolhida. É um dos termos bíblicos mais ricos, que nos ajuda a aprofundar e aumentar a compreensão sobre a relação com nossos semelhantes. Por isso, buscamos inspiração no modo original e criativo de ser presença acolhedora na pessoa de São José.
Na parábola citada pelo Papa Francisco, fica claro que o conceito de acolhida implica necessariamente a atitude de “ter coração”, expresso nos gestos de escuta, paciência, dom e paz.
Se existe uma atitude de vida que pede o resgate de sua profundidade e seu poder evocativo original é a da acolhida. É um dos termos bíblicos mais ricos, que nos ajuda a aprofundar e aumentar a compreensão sobre a relação com nossos semelhantes. Por isso, buscamos inspiração no modo original e criativo de ser presença acolhedora na pessoa de São José.
Na parábola citada pelo Papa Francisco, fica claro que o conceito de acolhida implica necessariamente a atitude de “ter coração”, expresso nos gestos de escuta, paciência, dom e paz.
Portanto, um modelo de espiritualidade que se converte numa disposição interior para perceber, a partir de dentro, as angústias das pessoas. O sentimento que inspira e ilumina a acolhida é o da compaixão, pois não se trata de “dar coisas”, mas deixar-se “afetar cordialmente” pela situação do outro.
Tudo isto vem a dizer a todos nós que não é suficiente encontrar com os outros só para um serviço útil e parcial, mas é preciso investir a nossa própria vida na proximidade viva, no compromisso solidário, em colocar-nos à disposição para ajudá-los a ser o que verdadeiramente são, o único caminho para a humanização.
Trata-se, pois, de nos perguntar o que significa hoje ser e trabalhar no Reino, partindo do fato de que no coração do seguimento de Jesus não há – e não pode haver – só um serviço, mas um encontro, rico em assombro e fascinação.
O contexto social pós-moderno nos coloca numa situação que acaba atrofiando este impulso tão humano da acolhida; aqui podemos indicar algumas características próprias de nosso tempo que complicam de modo peculiar a vivência desta virtude: as dificuldades que o ser humano atual tem para abrir-se e escutar uma voz diferente da própria, bem como uma disfarçada resistência para acolher a grandeza do mistério do outro que vem ao seu encontro; há um medo generalizado do outro, do diferente... e as casas se tornaram verdadeiras fortalezas, cercadas de parafernália eletrônica de segurança.
No entanto, a virtude da acolhida é um modo de proceder característico do seguidor de Jesus: “quem acolhe a um destes pequeninos é a mim que acolhe”; implica a capacidade de abertura e acolhida daquele que vem de “fora”, o estranho, o diferente...
A acolhida é uma das múltiplas manifestações da capacidade de amar. O amor verdadeiro se exprime, sobretudo, através de uma relação em que o outro é acolhido como próximo.
A acolhida se apresenta como um valor humano e espiritualmente vital, conectado, ao mesmo tempo, com a vulnerabilidade de cada um que sempre requer ser acolhido e aceito, que sempre precisa encontrar espaços humanizadores de convivência e comunhão.
Essa relação de acolhida supõe abrir-nos de verdade à realidade do outro, sem reduzi-lo às nossas projeções, nem submetê-lo às nossas categorias mentais, sem anular seu mistério e contando com o imprevisível, com o inesperado, com o radicalmente novo; em definitiva, com o que supera o plano das nossas expectativas. Receber as pessoas com atenção, escutá-la, pode ser uma ocasião para receber a única coisa verdadeiramente necessária. A acolhida implica uma integração entre escuta e serviço.
Por isso os pobres são especialistas em hospitalidade e acolhida.
Como homem e como mulher trazemos esta força interior que nos faz “sair de nós mesmos” e criar laços, construir fraternidade, acolher o diferente, fortalecer a comunhão. O olhar do outro é o fato originante da fraternidade. No encontro com o outro temos uma oportunidade única de encontrar-nos a nós mesmos.
Tudo isto vem a dizer a todos nós que não é suficiente encontrar com os outros só para um serviço útil e parcial, mas é preciso investir a nossa própria vida na proximidade viva, no compromisso solidário, em colocar-nos à disposição para ajudá-los a ser o que verdadeiramente são, o único caminho para a humanização.
Trata-se, pois, de nos perguntar o que significa hoje ser e trabalhar no Reino, partindo do fato de que no coração do seguimento de Jesus não há – e não pode haver – só um serviço, mas um encontro, rico em assombro e fascinação.
O contexto social pós-moderno nos coloca numa situação que acaba atrofiando este impulso tão humano da acolhida; aqui podemos indicar algumas características próprias de nosso tempo que complicam de modo peculiar a vivência desta virtude: as dificuldades que o ser humano atual tem para abrir-se e escutar uma voz diferente da própria, bem como uma disfarçada resistência para acolher a grandeza do mistério do outro que vem ao seu encontro; há um medo generalizado do outro, do diferente... e as casas se tornaram verdadeiras fortalezas, cercadas de parafernália eletrônica de segurança.
No entanto, a virtude da acolhida é um modo de proceder característico do seguidor de Jesus: “quem acolhe a um destes pequeninos é a mim que acolhe”; implica a capacidade de abertura e acolhida daquele que vem de “fora”, o estranho, o diferente...
A acolhida é uma das múltiplas manifestações da capacidade de amar. O amor verdadeiro se exprime, sobretudo, através de uma relação em que o outro é acolhido como próximo.
A acolhida se apresenta como um valor humano e espiritualmente vital, conectado, ao mesmo tempo, com a vulnerabilidade de cada um que sempre requer ser acolhido e aceito, que sempre precisa encontrar espaços humanizadores de convivência e comunhão.
Essa relação de acolhida supõe abrir-nos de verdade à realidade do outro, sem reduzi-lo às nossas projeções, nem submetê-lo às nossas categorias mentais, sem anular seu mistério e contando com o imprevisível, com o inesperado, com o radicalmente novo; em definitiva, com o que supera o plano das nossas expectativas. Receber as pessoas com atenção, escutá-la, pode ser uma ocasião para receber a única coisa verdadeiramente necessária. A acolhida implica uma integração entre escuta e serviço.
Por isso os pobres são especialistas em hospitalidade e acolhida.
Como homem e como mulher trazemos esta força interior que nos faz “sair de nós mesmos” e criar laços, construir fraternidade, acolher o diferente, fortalecer a comunhão. O olhar do outro é o fato originante da fraternidade. No encontro com o outro temos uma oportunidade única de encontrar-nos a nós mesmos.
Medoro, irmão menor-padre pecador
Postar um comentário