Transgêneros, de gênero não binário e travestis que desejam realizar o tratamento de hormonioterapia no estado do Rio de Janeiro têm o Instituto Estadual de Diabetes e Endocrinologia Luiz Capriglione (IEDE) da Secretaria de Estado de Saúde (SES) como referência.
São 612 pessoas acolhidas e acompanhadas pelo Ambulatório Multiprofissional de Identidade de Gênero (AMIG), um dos pioneiros no país e referência no atendimento a esta população.
O barbeiro Patrick Enzo Assis, 37 anos, iniciou o acompanhamento no AMIG em 2015. Ele conheceu o IEDE por meio das redes sociais enquanto buscava informações sobre serviços similares e diz só ter encontrado a si próprio graças ao ambulatório.
O barbeiro Patrick Enzo Assis, 37 anos, iniciou o acompanhamento no AMIG em 2015. Ele conheceu o IEDE por meio das redes sociais enquanto buscava informações sobre serviços similares e diz só ter encontrado a si próprio graças ao ambulatório.
Além da hormonioterapia e do acompanhamento psicológico e psiquiátrico, Patrick já passou pela cirurgia de mastectomia no Hospital Universitário Pedro Ernesto (HUPE).
"Ter esse atendimento pelo SUS faz toda a diferença. Eu cheguei a procurar por algo parecido, mas só me encontrei depois que conheci o IEDE", relatou ele.
O acompanhamento realizado pela equipe multiprofissional do IEDE tem como um de seus objetivos amenizar os efeitos negativos da disforia pelos quais muitos transgêneros passam. Segundo a médica Karen Faggioni de Marca Seidel, diretora técnica do IEDE e coordenadora do AMIG desde 2014, a unidade é reconhecida internacionalmente como referência no chamado “processo transexualizador”.
"O AMIG existe há 22 anos e segue crescendo para atender às demandas que o cuidar das pessoas trans apresenta. No início, apenas a hormonioterapia era oferecida, mas hoje o ambulatório ampliou o seu atendimento e abriga uma equipe formada por assistente social, enfermeiro, clínico geral, endocrinologista, ginecologista, dentre outros profissionais", comemora Karen.
A mudança foi possível a partir de 2013, com a portaria do Ministério da Saúde (MS) de número 2.803. que redefiniu e ampliou o atendimento às pessoas trans.
"Ter esse atendimento pelo SUS faz toda a diferença. Eu cheguei a procurar por algo parecido, mas só me encontrei depois que conheci o IEDE", relatou ele.
O acompanhamento realizado pela equipe multiprofissional do IEDE tem como um de seus objetivos amenizar os efeitos negativos da disforia pelos quais muitos transgêneros passam. Segundo a médica Karen Faggioni de Marca Seidel, diretora técnica do IEDE e coordenadora do AMIG desde 2014, a unidade é reconhecida internacionalmente como referência no chamado “processo transexualizador”.
"O AMIG existe há 22 anos e segue crescendo para atender às demandas que o cuidar das pessoas trans apresenta. No início, apenas a hormonioterapia era oferecida, mas hoje o ambulatório ampliou o seu atendimento e abriga uma equipe formada por assistente social, enfermeiro, clínico geral, endocrinologista, ginecologista, dentre outros profissionais", comemora Karen.
A mudança foi possível a partir de 2013, com a portaria do Ministério da Saúde (MS) de número 2.803. que redefiniu e ampliou o atendimento às pessoas trans.
A portaria indica, entre outras mudanças, novas diretrizes para a assistência à essa população como a integralidade da atenção em saúde, o trabalho em equipe interdisciplinar, o caráter multiprofissional e a humanização do atendimento que deverá ser livre de discriminação.
Já aqueles que desejam realizar algum procedimento cirúrgico precisam estar em acompanhamento por pelo menos dois anos e terem pelo menos 21 anos.
Atendimento
Para ser atendido pelo IEDE é preciso ter mais de 18 anos. Os interessados que moram no município do Rio de Janeiro deverão se dirigir à uma unidade básica de saúde, seja um posto de saúde ou uma clínica da família, onde será feita a inclusão no Sistema Estadual de Regulação. Quem mora em outro município deve procurar a Secretaria Municipal de Saúde de sua cidade.Já aqueles que desejam realizar algum procedimento cirúrgico precisam estar em acompanhamento por pelo menos dois anos e terem pelo menos 21 anos.
O IEDE não realiza a cirurgia, mas o interessado é avaliado pela equipe multidisciplinar do ambulatório que emite um laudo e inclui o paciente na fila para a unidade de saúde onde será realizada a cirurgia.
Por Secom RJ
Imagem: Mauricio Bazilio
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Imagem: Mauricio Bazilio
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