Força, Mariluce


Se ainda existem clubes sociais de pé em nossa cidade, em meio ao êxodo dos seus associados, devemos muito a pessoas como você. Como a Victoria, a Heloisa, do Entrerriense, entre outras heroínas.

Nos meus 20 anos de diretoria no CAER, aprendi a respeitar seu trabalho e dedicação. Quantas vezes abria o sábado pela manhã, arrumando mesas, e fechava o baile conferindo o caixa, já na manhã de domingo.

Outra paixão era seu filho, o Igor, colega de turma do meu filho, Guilherme. Aprendemos, durante todos esses anos, a admirá-lo por sua alegria e personalidade. E agora levam, com uma vida toda pela frente, pronto a repassar todo o seu precioso legado, seu menino para o andar superior.

Ele foi e sempre será um menino de ouro em nossas lembranças..

Não há o que possa amenizar a dor dos pais cujos filhos se despedem à sua frente. Mesmo porque esse jamais foi o plano de Deus. Nós, os humanos, é que pouco cuidamos do paraíso que herdamos.

Poluímos nossos rios, derrubamos florestas, ferimos a camada de ozônio e desrespeitamos a preciosa flora e fauna nos concedida.

Essa conta, e suas vítimas, as anomalias geradas pelo descaso perante tamanha desordem, não pode cair na conta do criador de algo tão fascinante como a vida.

Mais tarde, como os japoneses sobreviventes de Nagasaki e Hiroschima, talvez tenhamos noções sobre tudo o que está acontecendo.

Por lá, bombas criadas pelo homem em dores instantâneas. Por aqui, vírus criados pelo descaso distribuem flagelo em dores homeopáticas.

Sendo assim, minha amiga, receba nosso carinho, nossos sentimentos, e tenha a absoluta certeza que o Igor partiu sabendo da sua luta para que nada lhe faltasse.

Sobretudo, amor.

Ele parte levando um enorme orgulho da mulher guerreira, da mãe sempre presente, que você sempre foi.

Força, Mariluce.

Comentar

Postagem Anterior Próxima Postagem