Militar da reserva da Polícia Militar e sexto deputado estadual mais bem votado, Guilherme Delaroli assume presidência

Redação
A Polícia Federal prendeu, nesta quarta-feira (3), o presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), Rodrigo Bacellar (União Brasil), durante a Operação Unha e Carne. Ele é suspeito de ter vazado dados sigilosos da Operação Zargun, deflagrada em setembro, que resultou na prisão do então deputado estadual TH Joias. O vice-presidente da casa, deputado Guilherme Delarolli (PL), 50 anos, assume a presidência. Nascido em São Gonçalo e criado em Maricá, o parlamentar é irmão do prefeito de Itaboraí, Marcelo Delaroli.
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| Guilherme Delarolli (PL) assume a presidência |
Segundo a PF, o vazamento por agentes públicos “culminou na obstrução da investigação” sobre um esquema ligado ao Comando Vermelho (CV). A ação cumpriu 1 mandado de prisão preventiva, 8 de busca e apreensão e 1 de intimação com medidas cautelares, todos expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF). A operação ocorre no contexto da decisão da Corte na ADPF das Favelas, que determinou apurações sobre conexões entre o crime organizado e agentes do Estado.
Relembre o caso TH Joias
A prisão de TH ocorreu em duas operações simultâneas, conduzidas pela Polícia Federal, Ministério Público Federal e Tribunal de Justiça do RJ. Investigações revelaram um esquema de corrupção envolvendo lideranças do Alemão, agentes políticos, policiais militares e até um delegado da PF.
Na Operação Zargun, que motivou a ação desta quarta, foram expedidos 18 mandados de prisão preventiva, 22 de busca e apreensão e o sequestro de R$ 40 milhões em bens pelo TRF-2. A PF aponta que a organização criminosa infiltrava-se no poder público para garantir impunidade e acesso a informações sigilosas, além de importar armas do Paraguai e equipamentos antidrones da China.
Operação Bandeirante
A apuração resultou em 4 mandados de prisão e 5 de busca e apreensão, cumpridos em bairros da Zona Oeste e Zona Sul do Rio.
Força-tarefa
Novo presidente
Nos bastidores da Alerj, a expectativa é de que Delaroli conduza os trabalhos com foco na estabilidade institucional enquanto a situação de Bacellar segue em apuração. Aliados afirmam que o deputado deve adotar uma postura discreta, evitando ampliar a crise política desencadeada pela operação. Apesar da transição repentina, integrantes da Casa avaliam que o regimento oferece segurança para a continuidade das atividades legislativas. A condução da sessão desta quarta-feira é vista como um primeiro teste para o novo presidente em exercício. A tendência é que Delaroli mantenha a agenda da Casa até que haja definição judicial sobre o futuro de Bacellar.
- Matéria atualizada às 18h


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