Perguntas que inquietam nosso espírito

A lua cheia brilhava no céu. Grande, imponente! Peguei meu filho de três anos no colo e disse a ele:

— Olhe, filho, que lua linda!

— Quem pendurou ela lá, mamãe?

— Não está pendurada. Está no universo, criada por Deus, assim como todas aquelas estrelas.

— E quem é “o Deus”? …

Quem é Deus? O que acontece depois da morte? Por que sou como sou? Por que nasci nesta família, neste país? Por que, sendo tudo tão perfeito na Criação, o ser humano é tão imperfeito? Existe o certo e o errado ou tudo é relativo? Temos um destino pré-fixado?Qual é mesmo o sentido da vida?

Há perguntas que parecem universais. Em algum momento, surgem na mente dos seres humanos em todos os lugares, todas as épocas, e gerações. Eu mesma as formulei, na intimidade do meu coração, Quem promove essas e outras inquietudes que nossa inteligência se nega a responder e que, muitas vezes, se aprofundam, provocando desassossego em nossa alma? Por que Deus nos dotou da capacidade de perguntar, se parece não nos ter dado a capacidade de responder?

Para uns, esses questionamentos persistem pela vida afora, Para outros, adormecem, devido às preocupações com a vida física. Em algumas retornam com o passar dos anos; em outras não, podendo deixar um vazio na alma.

Com essas indagações, aproximei-me da Fundação Logosófica ainda jovem e tomei contato com a Logosofia, ciência que tem como um de seus grandes objetivos levar-nos ao conhecimento e aperfeiçoamento de nós mesmos. Por meio desse processo, é possível desvendar gradativamente os mistérios metafísicos da Criação e compreender o porquê e para que fomos criados.

Surpreendi-me ao ler, em um dos livros escritos porGonzáles Pecotche, criador da Logosofia, que as grandes indagações que experimentamos são promovidas por nosso espírito, força superior que anima e sustenta nossa vida, permitindo-nos pensar e sentir de maneira distinta dos demais seres viventes da Terra. Indagações que nos levam a buscar um saber que transcende os conhecimentos comuns, que não satisfazem nossas ânsias de evolução espiritual, de superação de nossas limitações humanas, de sermos mais felizes e de experimentarmos a paz interior e coletiva, tão ansiada nos dias de hoje.

Aprendi, também, que em tudo temos que ir do pouco ao muito. Que a natureza não dá saltos. E que, se eu quisesse desvendar grandes mistérios, deveria começar desvendando aquele que mais próximo se encontra de mim: EU MESMA.

Mas, afinal, quem sou eu?

Venho aprendendo que sou um ser da Criação e, como tal, minha vida é regida pelas mesmas Leis Universais que regem todo o criado. Uma delas é a Lei de Evolução. No entanto, ao contrário das demais espécies, que evoluem de forma natural ao longo das eras, o ser humano é o único ser da criação capaz de experimentar mudanças positivas em sua forma de ser, por determinação própria. Ele tem a prerrogativa de evoluir conscientemente.

Tenho aprendido a conhecer os recursos internos com os quais todos fomos dotados, e assim, conhecendo e aperfeiçoando meus recursos por meio dos conhecimentos transcendentes, tenho promovido mudanças positivas conscientes em minha forma de ser e desvendado, passo a passo, os mistérios da Criação. Satisfazendo as ânsias de saber do meu espírito, essa centelha divina que reside em todos nós.

Comentar

Postagem Anterior Próxima Postagem