A Delegacia de Roubos e Furtos (DRF) revelou que a gerente montou um sistema de fraudes semelhante a uma pirâmide financeira. Para sustentar a aparência de regularidade, ela renovava sucessivamente contratos de crédito em nome dos próprios clientes — sem autorização —, usando o dinheiro de novos empréstimos para quitar parcelas de dívidas anteriores.
“Era um ciclo fraudulento e autossustentável. As vítimas acreditavam tratar-se de simples ajustes de rotina, confiando na funcionária que as atendia há anos”, explicou a DRF em nota.
Os investigadores apuraram que Júlia se aproveitava do acesso privilegiado ao sistema bancário para abrir contas vinculadas e movimentar valores indevidos, em alguns casos transferindo-os para contas de pessoas próximas.
A descoberta do esquema começou quando correntistas começaram a receber cobranças por empréstimos desconhecidos. Diante das reclamações, a instituição financeira identificou as irregularidades e acionou a Polícia Civil.
Segundo o delegado Jefferson Ferreira, responsável pelo caso, “os valores eram pulverizados em diversas contas, o que caracteriza também o crime de lavagem de dinheiro. A investigação agora busca entender se os beneficiados tinham conhecimento da origem ilícita desses recursos”.
Para dificultar o rastreamento do dinheiro, a gerente ainda criava contas-poupança vinculadas aos perfis das vítimas e transferia os valores desviados para contas de terceiros.
Após trabalhos de inteligência e monitoramento da unidade, a criminosa foi localizada e, contra ela, foi cumprido um mandado de prisão. Também foram apreendidos documentos, extratos bancários e dispositivos eletrônicos, que auxiliarão na rastreabilidade dos valores desviados.
Júlia Machado foi autuada por estelionato, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro. A Polícia Civil informou que novas diligências estão em andamento para apurar a participação de outros envolvidos. Com informações da PCERJ



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