Quadrinista trirriense Helena Cunha é finalista do Prêmio Jabuti 2025 com obra independente




Redação

A ilustradora e quadrinista Helena Cunha, de 36 anos, nascida em Três Rios (RJ), criada em Petrópolis e atualmente residente em São Paulo, está entre os cinco finalistas do Prêmio Jabuti 2025, na categoria Histórias em Quadrinhos, com o livro Não sou Orlando, publicado de forma independente.

A Câmara Brasileira do Livro (CBL) divulgou nesta segunda-feira (7) a lista de finalistas da 67ª edição da mais tradicional premiação do livro brasileiro. Os vencedores das 23 categorias — distribuídas entre os eixos Literatura, Não Ficção, Produção Editorial e Inovação — serão anunciados em 27 de outubro, no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, com transmissão ao vivo pelo canal da CBL no YouTube.

Além de Helena, concorrem na mesma categoria Orlandeli (Mais uma história para o velho Smith, Gambatte), Aline Zouvi (Pigmento, Quadrinhos na Cia.), Regiane Braz e Jefferson Costa (Quando nasce a autoestima?,Orí) e Guilherme Petreca e Mirtes Santana (Superpunk, Pipoca & Nanquim).

Para Helena, chegar à final do Jabuti representa um marco em sua trajetória como artista independente.

“É muito emocionante estar na final de um prêmio como o Jabuti. Eu já estava muito feliz desde que soube que era semifinalista, ainda mais por Não sou Orlando ser um livro independente — tenho muito orgulho disso. Estar entre os cinco finalistas e participar da cerimônia ao lado de várias pessoas que admiro é fantástico, uma sensação surreal”, afirmou a autora.




Em 2021, Helena já havia sido indicada ao Troféu HQ Mix, um dos mais importantes reconhecimentos nacionais do setor de quadrinhos, consolidando-se como uma das vozes femininas em ascensão no cenário das HQs brasileiras.


O Prêmio Jabuti

Criado em 1958 pela Câmara Brasileira do Livro, o Prêmio Jabuti é considerado a mais importante distinção literária do país. O nome, inspirado no animal símbolo da sabedoria na cultura popular brasileira, reflete o caráter duradouro e reflexivo da literatura. Ao longo de mais de seis décadas, o Jabuti passou por reformulações e ampliações de categorias, reconhecendo não apenas escritores, mas também ilustradores, editores, tradutores e demais profissionais envolvidos na produção do livro.

Segundo Sevani Matos, presidente da CBL, o Jabuti “celebra a excelência e a diversidade da produção literária nacional”. O curador Hubert Alquéres destacou ainda o número expressivo de inscrições nesta edição: 4.530 obras, avaliadas por um júri plural composto por mais de 60 especialistas.

Os vencedores receberão a tradicional estatueta do Jabuti e um prêmio de R$ 5 mil.

Para Helena Cunha, o simples fato de estar entre os finalistas já é uma vitória que simboliza resistência e independência artística. E, independentemente do resultado, sua presença na cerimônia do Jabuti reforça o vigor e a pluralidade das histórias em quadrinhos produzidas no Brasil.

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