Pix Automático torna-se obrigatório e promete substituir débito automático e boletos



A partir desta segunda-feira (13), o Pix Automático passou a ser obrigatório em todos os bancos e instituições financeiras do país. A nova modalidade, desenvolvida pelo Banco Central (BC), tem como objetivo substituir o débito automático e os boletos bancários, permitindo que consumidores autorizem pagamentos periódicos diretamente via Pix.

Lançado de forma opcional em junho, o Pix Automático foi criado para simplificar o pagamento de contas recorrentes — como luz, água, telefone, mensalidades escolares, academias e assinaturas digitais. Com uma única autorização, o cliente permite que os débitos sejam feitos automaticamente em sua conta, sem necessidade de digitar chaves Pix ou gerar boletos.

Como funciona

O funcionamento é simples. A empresa ou prestador de serviço envia um pedido de autorização ao cliente, que deve acessar o aplicativo do seu banco, ler os termos e confirmar a operação. Nessa etapa, o usuário define a periodicidade da cobrança, o valor (fixo ou variável) e o limite máximo por transação.

A partir da data acordada, os débitos passam a ocorrer de forma automática, 24 horas por dia, sete dias por semana, inclusive em feriados. O usuário pode cancelar ou alterar a autorização a qualquer momento.

Benefícios para consumidores e empresas

De acordo com o Banco Central, o Pix Automático poderá beneficiar até 60 milhões de brasileiros que não possuem cartão de crédito e enfrentam dificuldades para cadastrar débitos automáticos.

Para as empresas — especialmente micro e pequenos empreendedores —, a novidade elimina a necessidade de firmar convênios com cada banco, como ocorre no modelo tradicional de débito automático. Agora, basta que o MEI ou empresa solicite a adesão no banco onde tem conta, simplificando o processo de cobrança e reduzindo custos operacionais.

Diferença para o Pix agendado recorrente

O Pix Automático é voltado para pagamentos de pessoas físicas a empresas ou prestadores de serviços. Já o Pix agendado recorrente, obrigatório desde outubro de 2024, continua disponível para transferências periódicas entre pessoas físicas, como mesadas e pagamentos domésticos.

A principal diferença está na automação e segurança: no Pix agendado, o pagador precisa digitar manualmente a chave Pix, o valor e a data, o que aumenta o risco de erros. No Pix Automático, o processo é totalmente automatizado após a autorização inicial.

Segurança e combate a fraudes

O Banco Central implementou um conjunto de regras rígidas de segurança para reduzir o risco de golpes. Apenas empresas com mais de seis meses de atividade poderão oferecer a nova modalidade.

Além disso, bancos e instituições de pagamento devem verificar:

Dados cadastrais da empresa e de seus sócios;

Compatibilidade entre a atividade econômica e o serviço oferecido;

Histórico de relacionamento financeiro, capital social, faturamento e frequência de transações.

Essas medidas têm como objetivo evitar que empresas falsas enviem solicitações de cobrança indevidas e garantir maior confiabilidade ao sistema.

Um novo passo para o sistema de pagamentos brasileiro

Com o Pix Automático, o Banco Central amplia mais uma vez o alcance do sistema de pagamentos instantâneos, criado em 2020 e já utilizado por mais de 150 milhões de brasileiros.

A expectativa é que a nova modalidade modernize e democratize ainda mais as transações recorrentes, oferecendo praticidade, segurança e redução de custos tanto para consumidores quanto para empresas. Com informações da Agência Brasil

Imagem: Reprodução  



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