Profissionais do Hospital de Clínicas Nossa Senhora da Conceição comentam mitos e verdades sobre a alimentação saudável e mostram que equilíbrio é a chave para uma vida mais leve e nutritiva
No Dia Mundial da Alimentação, celebrado em 16 de outubro, especialistas do Hospital de Clínicas Nossa Senhora da Conceição reforçam a importância da informação na construção de hábitos alimentares saudáveis e desmistificam crenças que ainda confundem a população. Entre os mitos mais comuns estão: “carboidrato engorda”, “comer saudável significa passar fome” ou “produtos sem lactose e glúten são mais saudáveis”.
Segundo a nutricionista Emily Guimarães, esses mitos acabam levando a escolhas alimentares inadequadas. “Os carboidratos são a principal fonte de energia do corpo, enquanto o glúten e a lactose são inofensivos para quem não apresenta tolerância. O problema não está neles, mas no excesso e na qualidade do que é consumido. Alimentar-se bem é sinônimo de equilíbrio, e não de restrição”, explica. Para a especialista, quebrar esses mitos é essencial para promover uma relação mais saudável e natural com a comida.
Outra crença bastante disseminada é a de que ter uma alimentação equilibrada é caro ou difícil. A Coordenadora de Hotelaria e Nutrição, Priscila Rocha, reforça que é possível comer bem dentro da realidade da maioria dos brasileiros. “Feijão, arroz, ovos, legumes, frutas da estação e verduras são alimentos simples e muito nutritivos. Comer saudável não é passar fome. É possível comer de tudo um pouco, com moderação e prazer”, afirma a especialista do Hospital de Clínicas Nossa Senhora da Conceição.
Uma boa estratégia é buscar a organização e o aproveitamento integral dos alimentos. As especialistas recomendam planejar bem as compras, evitando desperdício e priorizando produtos da estação. Dessa maneira, é possível economizar e manter uma boa alimentação. Outra dica essencial é evitar o consumo de ultraprocessados, já que fazem mal à saúde e contribuem para o aumento de doenças crônicas. “Hoje, as várias formas de ultraprocessados em baixo custo se transformam em opções de refeições, enquanto os alimentos in natura ou minimamente processados sobem seu valor, fazendo com que o alcance desses alimentos seja reduzido”, completa Emily Guimarães.
As chamadas dietas da moda também merecem atenção. Muitas delas prometem resultados rápidos, mas podem ser restritivas, insustentáveis e, até mesmo, arriscadas. “Dietas que cortam grupos inteiros de alimentos, como os carboidratos, podem causar carências nutricionais, fraqueza, irritação e até desequilíbrios hormonais”, alerta Priscila Rocha. Para ela, a reeducação alimentar gradual é o caminho mais seguro e eficiente. “Mudanças de hábito, feitas com orientação profissional e sem pressa, geram resultados duradouros e sustentáveis”, reforça.
A Coordenadora de Nutrição do HCNSC também chama atenção para o consumo de produtos “fit”, “zero” e “light”, que nem sempre são sinônimos de alimentos saudáveis. “Um produto ‘zero açúcar’ pode ter excesso de gordura ou sódio, enquanto o ‘light’ apenas reduz algum ingrediente, sem garantir melhor qualidade nutricional. Já o ‘fit’ pode conter adoçantes e conservantes em excesso”, explica. Ela orienta que o consumidor sempre leia os rótulos, observe a lista de ingredientes e opte por produtos mais naturais e pouco processados: “Cozinhar em casa ainda é a forma mais segura de comer bem”.
As profissionais do Hospital de Clínicas Nossa Senhora da Conceição reforçam que adotar hábitos simples pode transformar a saúde: comer com regularidade, aumentar o consumo de frutas, verduras e legumes, beber água com frequência, reduzir o consumo de ultraprocessados e fastfoods e evitar exageros de sal e açúcar. “Com pequenas mudanças e mais consciência, é possível comer bem sem complicação. Alimentar-se é um ato de cuidado com o corpo e a mente”, conclui Priscila Rocha. Assessoria HCNSC
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