É muito comum, pessoas que estiveram prestes a serem clinicamente declaradas mortas e, inesperadamente, retornarem à vida. São inúmeros, aqueles que vivenciaram esse momento, os quais relatam, com minudências de detalhes, que seus corpos levitavam suavemente como uma pluma ao sabor dos ventos; que a alma se desligava da massa corpórea, rumando ao desconhecido.
Todos sem exceção, naquele instante de transição espiritual, passaram por uma sensação inusitada, assim como um frescor nunca presenciado, onde a paz era a tônica, de forma a envolver o corpo, em toda sua plenitude. Contudo, os espíritos de luz que os receberam e com eles chegaram até mesmo manter um suáve e cordial diálogo, lhes informaram que eles ainda não haviam cumprido suas respectivas missões na terra e, por isso, deviam retornar às suas origens no Planeta Terra, conditio sinequa para o prosseguimento da vida. Por essa razão, não foram acolhidos pelos espíritos de luz, como sempre acontecem com aqueles que perecem e que jamais retornaram ao status quo ante, e com os mesmos não se tem notícia, por ora, mas, simplesmente meras recordações, porquanto encontram-se nos patamares superiores, aperfeiçoando-se espiritualmente para reinar junto com a divindade, de forma a ocupar todos os espaços existentes no Universo em expansão.
In casu, é sabido que os platônicos sustentavam que o corpo é uma "prisão", da qual a alma escapa, após a morte, e que os estoicos entendiam tratar-se de uma partícula de Deus, para o qual ela retornava...
Esses indivíduos que passaram por EQM, sofreram alterações psicológicas e fisiológicas. Cerca de 80% deles, segundo se noticia, mudaram de comportamento. Tornaram-se mais espirituais do que religiosos, perdendo, por consequência, o medo da morte e desenvolveram um senso de atemporalidade, vez que passaram a conhecer com mais profundidade o sentido da vida e conseguem se lembrar diretamente dessas experiências pelas quais viveram.
São fatos que nos levam a crer na imortalidade do ser humano, e que o Supremo artífice do Universo tem um propósito para a sua principal criatura, qual seja, elevá-lo a perfeição plena, tão aguardada pelo homem.
Divergências à parte, e que posso até compreender, mas é assim que penso, smj!
Antônio Carlos
Monteiro
Delegado de Polícia
Federal, Advogado, Jornalista, Escritor, natural de Três Rios/RJ, atualmente
exercendo seu ofício em João Pessoa/PB
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