Vocação Matrimonial e Pastoral Familiar
A Igreja dando continuidade ao mês de orações pelas vocações celebrou no Dia dos Pais a Vocação Matrimonial iniciando a Semana da Família. A vocação matrimonial é o chamado de Deus para que um homem e uma mulher se unam em matrimônio, formando uma família e vivendo o amor, a fidelidade e a entrega mútua, como sinal do amor de Cristo pela Igreja. É um convite para viverem em profunda santidade, gerando filhos e construindo uma comunidade de vida e amor, a família.
Ao longo dessa semana estamos refletindo e rezando o tema da Semana Nacional da Família 2025, “É tempo de Júbilo em nossa vida”sob o lema “Ora, a esperança não decepciona, porque o amor de Deus foi derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado” (Rm 5,5). Trata-se de um momento forte no qual a Pastoral Familiarintensifica seus esforços no sentido de evangelizar a família na globalização de seus diversos aspectos e realidades.
Organizada pela CNPF-Comissão Nacional da Pastoral Familiar busca responder à inquietação, ao descontentamento e ao desejo de se fazer alguma coisa em defesa e promoção da família, cujos valores vêm sendo agredidos sistematicamente em nossa sociedade.Buscamos que todas as famílias vivam a alegria ao caminhar com esperança diante dos desafios. E para isso valemo-nos da colaboração doassessor da Comissão Episcopal para a Vida e a Família da CNBB, Padre Rodolfo Chagas Pinho.
Ele reflete que o Jubileu da Esperança é um momento de reconciliação, perdão e superação de crises dentro das famílias: “O Ano Santo deve ser esse momento de perdão (…) na vida comunitária, perdão para si próprio, reconciliação com os outros, vivência da fraternidade e amor (...). Ao tirar a tristeza e o pessimismo do coração, muitos poderão viver a esperança e a coragem, transformar as muitas realidades que vivem e a sociedade onde estão inseridos.
É senso comum no Brasil, independente da religião, que a família é a base, a célula mãe da sociedade. Assim a harmonia da sociedade depende da harmonia da família.Daí o porquê dessa semana impelir católicos e não católicos a um momento de diálogo e reflexão. “Nós queremos, como Igreja, exercer esse diálogo, construir pontes para que, de fato, a família continue sendo a base de uma sociedade”, afirma.
“Das famílias nasce o futuro dos povos”, diz o Papa Leão XIV no Jubileu das Famílias. Eis o porquê dessa semana acontecer no mês vocacional,que celebra as muitas vocações que nascem a partir de uma família. “Todo ser humano precisa dar uma resposta a Deus. Nós somos criados por Deus e Deus espera uma resposta e (…) a família é a grande protagonista do discernimento e do seguimento vocacional dos seus filhos. Por isso a importância dos pais formarem, desde o ventre materno, esta caminhada, esta catequese, esse itinerário (…) do conhecimento de Jesus Cristo”, acrescentou.
São muitos os desafios enfrentados pelas famílias: uso excessivo de tecnologias, desumanização nos relacionamentos familiares, falta de atenção e de escuta entre marido, mulher, pais e filhos; falta de tempo e dedicação, relacionamentos familiares machucados, falta de convivência e perdão, e ausência de comunicação entre os esposos. “Os pais precisam ter consciência de que o tempo passa, o afeto não”, indica.
Sublinhamos também os desafios externos: questões financeiras, pobreza, políticas públicas, educação, segurança, saúde. Mesmo com as inúmeras situações capazes de desestabilizar as famílias, se houver amor, afeto e carinho, é possível dar passos diante das dificuldades, semeando generosamente a esperança.“A Igreja como mãe, cuidadora e educadora – como dizia o Papa Francisco – deve ser como um hospital em tempo de guerra, que acolhe os feridos e cura os machucados”.
Para a Pastoral Familiar os católicos devem apoiar o direito à vida, à educação, à moradia, ao trabalho, à saúde e à segurança, pois assim, estarão apoiando também as famílias.“Jesus nos pediu no seu Evangelho: amai-vos uns aos outros. É o Evangelho na prática, é viver o amor na prática, a caridade na prática. E, dentro disso, claro, aquilo que a Igreja nos propõe na sua doutrina social, que não é ideologia partidária política, é o ‘Evangelho prático’”. Defender a dignidade humanaé defender a vida integralmente e promover a família.
Medoro, irmão menor-padre pecador
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