Peregrinos porque chamados
Nós nos unimos à Igreja e a você para conhecermos e rezarmos juntos pelas VOCAÇÕES. Nesse mês em especial, nos conscientizamos de nossas responsabilidades como cristãos, pois não podemos nos esquecer da vocação primeira e mais importante de todos, recebida no Batismo: a vocação à vida cristã! Assim, a Igreja no Brasil celebra o Mês Vocacional em sintonia com o Ano Jubilar: um tempo especial para a escuta de Deus, o discernimento pessoal e a renovação do compromisso com a vocação recebida.
O tema deste Mês Vocacional nos 2025 do nascimento de Jesus, — “Peregrinos porque chamados” — inspira-se na caminhada de fé do cristão, que vive em constante busca e resposta ao chamado de Deus. O lema, retirado da Carta de São Paulo aos Romanos, “A esperança não decepciona, porque o amor de Deus foi derramado em nossos corações” (Rm 5,5), recorda que toda vocação nasce do amor gratuito de Deus e se sustenta na esperança ativa.
Sempre no primeiro domingo de agosto e ao longo dessa primeira semana, celebramos a Vocação Pastoral, comumente identificada como sacerdotal.Ao padre compete ser pastor para todos sob sua responsabilidade. Pela caridade pastoral, ele deve buscar ser sinal de unidade e contribuir para a edificação e crescimento da comunidade de forma que ela torne-se cada vez mais atuante e verdadeira na vivência do Evangelho.
Atualmente também se comemora o Dia das Vocações Diaconais. Essa comemoração se deve ao fato de no dia 4 de agosto celebrarmos o dia de São João Maria Vianney, o Cura D’Ars, patrono dos padres, e, no dia 10 de agosto, o dia de São Lourenço, patrono dos diáconos. Vocações ordenadasna vinculação, comunhão com o bispo, servidor da unidade da Igreja a ele confiada, no nosso caso, a Diocese e Valença.
Numa Igreja toda ministerial, em que a cada umdos batizados o Espírito Santo confere um carisma próprio, peculiar para seu amor-serviço da comunidade, os ministérios e serviços são para a edificação da própria Igreja e do Reino de Deus, esse uma sociedade do jeito que Deus quer. Na Igreja nenhum cristão é invalido ou inútil, mas todos servidores na comunhão de iguais na pluralidade de carismas e ministérios.
Entre todos, a peculiaridade dos Ministros Ordenados é ser na/para comunidade uma presença sacramental que une todos os fiéis servidores e ministros entre si e com a comunidade fundante de Jerusalém. Consequentemente deveríamos evitar, na Igreja o dualismo entre clero e leigos/as. A identidade específica dos Ordenados é que o são para todas as comunidades da Igreja enquanto os demais ministros e servidores o são na sua comunidade local.
E duas outras visões inadequadas são aquelas que dizem serem os padres representantes de Deus e, por isso o seu serviço se limita ao espaço e ao cuidado do sagrado, enquanto aos leigos competem o cuidado do que se vê como profano: a saúde pública, a educação, as lutas pela transformação da sociedade, o cuidado da casa comum, a política, ... Valorizar essa dicotomia é opor-se ao Evangelho: “Eu vim para que todos tenham vida” ... (Jo 10,10).
Feito esse discernimento, somos chamados nessa semana a rezar pela santificação dos bispos, padres e diáconos e pelo despertar de novas vocações ao pastoreio eclesial. O vocacionado ao pastoreio é um escolhido por Jesus, como Ele mesmo afirmou: “Não fostes vós que me escolhestes, fui eu que vos escolhi e vos designei para ir e produzir frutos” (Jo 15,16). É Cristo quem chama, consagra e envia o sacerdote em missão.
Em nome de Jesus, ele acolhe, perdoa, une, anima e conduz o povo na vivência pessoal, comunitária e social da fé. Sua vida é entrega, é doação, é amor gratuito. A missão do sacerdote é conduzir as pessoas ao encontro de Jesus. É ajudá-las a libertar-se do pecado e recolocá-las nos caminhos do bem. É construir pontes ou ser ele mesmo a ponte para superar divisões e aproximar as pessoas umas das outras.
Rezemos por todos os sacerdotes, seminaristas e vocacionados chamados pelo Sacramento da Ordem, a continuarem na vida da Igreja e no mundo a Missão de Cristo.
Medoro, irmão menor-padre pecador.
إرسال تعليق