Até onde vai a responsabilidade de um cargo?

Essa é uma pergunta que, embora pareça simples, carrega em si a essência do desempenho pessoal, profissional e social, do cumprimento da lei e do respeito ético. Sabemos que, para dirigir um veículo, pilotar um avião, elaborar uma documentação ou realizar uma capacitação, são necessários determinados conhecimentos teóricos e práticos. Mas como isso se aplica no dia a dia da maioria das pessoas e organizações?
É de conhecimento de muitos que a maioria dos processos produtivos acaba sendo realizada no “modo automático” — e isso inclui não só a produção de produtos, mas também a execução de serviços. Saber o que fazer, como fazer, quando fazer e até onde fazer evita uma série de prejuízos e pode gerar inúmeros benefícios. Porém, para que isso aconteça, é necessário ter uma visão holística e mente aberta, pois “empurrar com a barriga” e “jogar o lixo para debaixo do tapete” pode custar caro no curto, médio e/ou longo prazo.
Quem trabalha “mais ou menos”, não sabe ao certo o que fazer ou não executa corretamente o que é seu dever, acaba por deixar as coisas acontecerem e vive uma vida mais medíocre, considerando que a maior parte da existência das pessoas que trabalham é ocupada pelo próprio trabalho. Descontando o tempo que dormimos, passamos a maior parte do tempo dedicados ao trabalho: acordamos pensando nele, nos alimentamos para ir trabalhar, nos deslocamos ou nos preparamos para trabalhar — mesmo que seja em casa —, trabalhamos, muitas vezes nos alimentamos no ambiente de trabalho, depois trabalhamos mais e nos deslocamos para voltar para casa, o que demanda mais tempo e energia. Tudo por conta do trabalho.
E isso não é algo ruim, pois o trabalho envolve rotina e movimento, um contexto necessário para uma vida com mais sentido, algo que envolve propósito e compromisso com o desenvolvimento. Agora você pode me perguntar: e se o trabalhador não souber direito o que fazer e quais são suas atribuições? Bom, isso evidencia uma anomalia organizacional e falta de planejamento, o que acende o sinal de alerta para inúmeros riscos existentes. Faz-se necessário compreender os direitos e deveres organizacionais e pessoais.Pode parecer clichê, mas antes de assinar um contrato é melhor pensar e ler atentamente, pois existem responsabilidades que podem comprometer seriamente.
A responsabilidade de um cargo vai até onde o conjunto de atribuições, autoridades e limites legais, técnicos e éticos permitir – e isso varia conforme três principais frentes:
Organização
Cada organização ou instituição define, em seu organograma e descrição de funções, quais atividades cabem a cada cargo, qual nível de autonomia é permitido e quais são os fluxos de tomada de decisão. Esse mapeamento evita sobreposição de funções, conflitos e lacunas que podem gerar prejuízos e danos significativos.
Legislação
O exercício de qualquer função está limitado e regulamentado por leis, normas, NRs, convenções coletivas, decretos e regulamentos. No Brasil, a Constituição Federal (art. 37, sobre princípios da administração pública), a CLT e legislações específicas de cada setor (como leis de segurança e saúde do trabalho, ambientais, qualidade, da Anvisa, entre outras) estabelecem deveres, responsabilidades e possíveis penalidades.
Responsabilidade
Além das regras da organização e da legislação, há um elemento individual: a postura ética e profissional de cada pessoa no cargo. Isso inclui agir com diligência, buscar atualização constante, zelar pelo bem coletivo e evitar atitudes que coloquem em risco a segurança, o patrimônio ou a imagem da organização/instituição.
Benefícios de ter responsabilidades bem definidas
Clareza sobre o que fazer, como fazer e até onde ir.
Redução de conflitos internos.
Cumprimento das obrigações legais e normativas.
Maior produtividade e melhor uso dos recursos.
Malefícios de não ter ou não seguir o que está definido
Risco de processos, penalizações, multas e sanções administrativas.
Retrabalho, desperdício e desorganização interna.
Perda de credibilidade profissional e institucional.
Aumento do estresse e da insegurança entre os trabalhadores.
O valor do conhecimento aplicado
Ter o conhecimento das responsabilidades e dos limites de um cargo é fundamental, mas saber aplicar esse conhecimento no dia a dia é o que realmente faz a diferença. Não é suficiente conhecer as leis, as normas internas e os procedimentos corretos – é preciso agir conforme eles. Trabalhar no “modo automático” pode aumentar a probabilidade de erros, gargalos, falhas graves e penalizações.
"Responsabilidade não é apenas o peso que carregamos por exercer determinado cargo e realizar atividades, mas a consciência de que nossas decisões e ações ecoam para além de nossas mãos."
“Organizar é dar sentido, coerência e direção”.
"Se você acredita que você, a sua empresa, a empresa/instituição onde trabalha ou alguma outra pode melhorar de forma mais significativa, mantenha essa ponte de conhecimento aberta e entre em contato!"
Não seja Mediano ou Mais para Menos! Seja Mais para Mais!
integramaisso@gmail.com@integramaissolucoes @jheangarciaoficial
Até o próximo artigo!
Seja forte corajoso. Não se apavore nem desanime.
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