A chegada de um novo Papa enseja nova etapa na jornada espiritual da humanidade. Não sabemos ao certo quais caminhos serão trilhados, nem que respostas surgirão. Mas há, neste instante, uma abertura para o cultivo de confiança, diálogo e presença mútua. Talvez um encorajamento para olhares mais atentos, gestos mais gentis, escutas mais profundas. Ou o despertar de sensibilidades adormecidas, capazes de reconhecer valor onde antes havia apenas distância.
Ninguém caminha só, e o que se espera é a inspiração de movimentos de aproximação entre diferentes tradições, crenças, convicções. Não se espera unanimidade, mas acolhimento. Não se exige concordância, mas respeito.
Em tempos marcados por ruídos, divisões e desconfiança, qualquer sinal de escuta verdadeira já carrega esperança. Fé, em sua essência, é também espera – não de certezas prontas, mas de encontros possíveis. E que Leão XIV ajude a preparar terreno fértil para tais encontros.
Que sua palavra semeie unidade. Este momento não celebra respostas definitivas, e sim a possibilidade de recomeços. E isso, por si só, já é motivo para cultivar esperança, ainda que discreta, ainda que silenciosa.
Imagem: Internet
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