Sexo Frágil? Que nada!





Em homenagem ao mês da Mulher, vamos trazer aqui, mais uma vez, as histórias reais de três mulheres incríveis que, apesar das dificuldades, encontraram um jeitinho de ressignificar suas vidas e seguir em frente. Confira e se emocione conosco:

*SANDRA

O sol forte causava mal estar em todo o corpo; as batidas do coração, sentidas na garganta, tornavam a boca ainda mais seca. Mas ela precisava continuar. Ao longo da caminhada, de pouco mais de três horas, passava e repassava na mente o momento em que a mãe, nervosa, gritou: “Mentirosa! Você quer destruir meu casamento”! Mas ela só queria desabafar. E ser compreendida. Doze anos, menina mulher, abusada desde os cinco pelo próprio pai. E agora, expulsa de casa, engolia o choro, tentando se convencer de que tudo daria certo, enquanto vencia de distância que a separava da casa de uma tia, que a abrigou.

DAIENE

A cabeça girava. O médico falava, falava, e ela não conseguia ouvir mais nada... Seu mundo acabava de desabar. Aos 19 anos, a gravidez não estava em seus planos. Mas ela e o namorado ficaram felizes e decidiram seguir em frente. Estava no sétimo período da faculdade de Direito. Planejava formar-se o quanto antes e conciliar carreira e maternidade. Já tinham tudo planejado e acertado. Por isso não podia compreender aquele momento: como é que, aos quatro meses de gestação, um médico vem e diz que seu amor, o pai de seu filho, então com 29 anos, tinha câncer terminal?

*ANDRESSA

“Você parece um elefante. Meu filho não merece uma esposa como você.” As palavras da sogra, que chegara ao cúmulo de arranjar outra mulher para seu marido, ecoavam na cabeça. Não bastava tudo que tinha que aguentar dele. Eram 17 anos de humilhação, sofrimento e depressão. No início, claro que foi bom. Tinha paixão e um pouco de romantismo. Logo, porém, vieram os problemas. Pequenos abusos, jeito autoritário de falar, maneira de diminuí-la e induzi-la achar que a culpa era sempre dela. Em seguida, traições e o vício das drogas. Foram muitas noites sem dormir. A ansiedade e a frustração só faziam aumentar o peso na balança. Mas ela precisava lutar pela família, diziam. Aos 110 quilos, não aguentava mais. Ali era o fundo do poço.

O papel da mulher

No período colonial, o papel da mulher estava restrito ao cenário doméstico. Donas de casa submissas, mães, objetos de desejo sexual. A educação se restringia à culinária e à costura. Ler e escrever não eram necessidade, a menos que a mulher pudesse ser útil como empregada no comércio, por exemplo.

O casamento vinha cedo. Quanto mais cedo, melhor. O código de conduta impunha dedicação ao lar, ao pai e ao marido que, de acordo com as leis locais, podia matá-la caso suspeitasse de que foi traído. No resto do mundo não era diferente. Mães solteiras eram humilhadas e rejeitadas pela sociedade.

Na República, as leis continuaram reproduzindo a ideia de que o homem era superior. O Código Civil de 1916 dava às mulheres casadas o status de ‘incapazes’. Elas só podiam assinar contratos ou trabalhar fora de casa se tivessem a autorização do marido.

O tempo passou, e as mulheres vieram conquistando seu espaço na sociedade com luta e sacrifício. Seu papel vem se redesenhando. Mas a verdade é que, desde aquele período, elas vêm mostrando o quanto são fortes ao superar seus problemas e suas dificuldades. Sexo frágil? Que nada! Exemplos de superação. Como mostram as sequências das histórias a seguir (continua na próxima edição).

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