Miguel Pereira altera nomenclatura da Unidade de Conservação para Gruta dos Escravizados, reafirmando compromisso com justiça social



Redação

A Prefeitura de Miguel Pereira anunciou a mudança na nomenclatura da Unidade de Conservação de Proteção Integral, anteriormente chamada Monumento Natural da Gruta dos Escravos. A partir de agora, o local passará a ser denominado Gruta dos Escravizados. A decisão, conduzida pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente, visa refletir o compromisso do município com o respeito aos direitos humanos, a justiça social e a preservação cultural.

Com 34 mil metros quadrados de área preservada, a gruta, erguida no século XVIII por pessoas escravizadas como uma expressão de fé à Nossa Senhora da Penna, é um marco de resistência e espiritualidade. No interior do local, encontram-se uma capela e formações rochosas esculpidas à mão, que são testemunhos da luta e da humanidade dos negros sob o regime da escravidão.

A alteração no nome é um passo significativo, já que o termo "escravos" reduz os indivíduos à condição imposta de submissão. Ao adotar o termo “escravizados”, a cidade reconhece essas pessoas como sujeitos históricos, com identidade e agência próprias, corrigindo uma visão distorcida da história brasileira. Essa mudança linguística é parte de um movimento mais amplo para valorizar a memória coletiva e promover a educação histórica de forma ética e precisa.

Além de seu valor ambiental, a Gruta dos Escravizados se tornou um símbolo de resistência e educação ambiental, alinhando-se aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, especialmente os de redução das desigualdades, cidades sustentáveis e paz e justiça social.

O prefeito Pedro Paulo Quinzinho expressou seu apoio à medida: “A mudança de nomenclatura da Gruta dos Escravizados é um passo simbólico, porém necessário, para que nossa cidade continue avançando com responsabilidade social e ambiental”. A prefeitura também agradeceu o empenho da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e o apoio do Vice-Prefeito, Dr. Vitor Hugo, no processo de ressignificação histórica.

Essa iniciativa, além de reforçar o compromisso da administração com a justiça social, também promove um olhar mais humanizado sobre o passado, destacando a importância de reconhecer as vítimas da escravidão como protagonistas da história. Com informações da Secom PMMP

Imagem: Reprodução  





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