
O Março Azul Marinho é uma campanha dedicada à conscientização e prevenção do câncer colorretal, um dos tipos de câncer mais comuns no Brasil e no mundo. Durante este mês, especialistas e instituições de saúde reforçam a importância do diagnóstico precoce, da prevenção e dos avanços no tratamento dessa doença.
De acordo com o Dr. Joaquim Leles, coloproctologista do Hospital de Clínicas Nossa Senhora da Conceição (HCNSC), a colonoscopia é a principal ferramenta para prevenir o câncer colorretal. "A realização da colonoscopia com início aos 45 anos é a melhor forma de prevenção. O exame permite a retirada de lesões precursoras do câncer, os pólipos adenomatosos, impedindo assim, a sua progressão", explica o médico. Além disso, ele reforça a importância de adotar hábitos saudáveis: "Alimentação saudável, redução do consumo de alimentos ultraprocessados, aumento do consumo de cálcio e melhora do estilo de vida também são essenciais."
Para quem tem histórico familiar de câncer colorretal, o rastreamento deve começar mais cedo. "Idealmente, colonoscopia aos 40 anos ou 10 anos antes da idade que o parente recebeu o diagnóstico naqueles casos em que se deu abaixo dos 50 anos", orienta o Dr. Leles. Ele exemplifica: "Uma pessoa com um pai com câncer colorretal aos 60 anos vai iniciar o protocolo de rastreamento aos 40 anos. Mas, se nessa mesma situação, o pai tivesse tido câncer aos 40 anos, seus filhos deveriam iniciar a prevenção aos 30 anos."
O tratamento do câncer colorretal tem evoluído significativamente. "Cirurgias cada vez menos invasivas, como a laparoscopia e a cirurgia robótica, oferecem melhores resultados em termos de recuperação", destaca o especialista. Além disso, novas terapias têm sido desenvolvidas: "Também estão sendo criados e oferecidos novas terapias oncológicas, como quimioterápicos e imunoterapia." A necessidade de quimioterapia ou radioterapia varia conforme o caso. "Radioterapia é usada apenas no câncer de reto, não no câncer de cólon. Já a necessidade de quimioterapia deve ser avaliada pelo Oncologista após o tratamento cirúrgico, e ele vai se basear nos resultados obtidos nesse procedimento para determinar sua necessidade", esclarece o Dr. Leles.
O uso de bolsa de colostomia pode ser uma preocupação para muitos pacientes, mas o médico tranquiliza: "Em alguns casos, sim. E a colostomia pode ser temporária ou mesmo permanente. Entretanto, com as novas opções de tratamento, esse risco é bem menor e evitado na grande maioria dos casos." No HCNSC, as cirurgias para câncer colorretal são realizadas com técnicas minimamente invasivas. "Essa cirurgia já é realizada de rotina no HCNSC há alguns anos, de maneira minimamente invasiva, usando cirurgia laparoscópica. Também é realizado na cidade toda a parte de quimioterapia com os melhores tratamentos disponíveis hoje no país", afirma o Dr. Leles.
A periodicidade da colonoscopia depende de vários fatores. "Depende de uma série de variáveis. O exame foi completo? O preparo estava adequado? O paciente tem história familiar? Foram retirados pólipos? Qual o tamanho, tipo histológico, número de lesões e grau de diferenciação desses pólipos?", enumera o médico. Ele reforça: "Nossa sugestão é sempre procurar um profissional capacitado, tanto para a realização do exame, quanto para a orientação do tempo de repetição."
O Março Azul Marinho é um alerta para a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer colorretal. Com hábitos saudáveis, exames regulares e acompanhamento médico, é possível reduzir significativamente os riscos dessa doença. Como destaca o Dr. Joaquim Leles, "a colonoscopia salva vidas, e a prevenção deve ser prioridade para todos, especialmente para quem tem histórico familiar."
Assessoria HCNSC
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