Clientes da massa falida do Consórcio Garavelo se mobilizam para receber seus créditos

Após 28 anos, consorciados buscam agilidade no pagamento de créditos, com apoio de autoridades e movimentos nas redes sociais




Redação

Após quase três décadas de espera, os consorciados da Massa Falida do Consórcio Garavelo, maior do Brasil nos anos 1990, intensificam esforços para garantir o pagamento de seus créditos. A falência da empresa, decretada em 1996, foi marcada por uma intervenção judicial do Banco Central em 1994 e desde então a Massa Falida vem administrando os ativos do grupo. Apesar de cerca de R$ 50 milhões disponíveis para o pagamento das dívidas, muitos consorciados ainda não receberam os valores prometidos.

A demora no processo tem sido criticada por muitos, e, enquanto alguns consorciados faleceram ou enfrentam sérios problemas de saúde, a luta por uma solução se intensifica. Em julho de 2024, o juiz responsável pelo caso determinou que a Massa Falida pagasse 50,32% dos créditos a aproximadamente 3.000 consorciados, porém, quase cinco meses depois, a medida ainda não foi cumprida.

O atual síndico, Oreste Laspro, tem sido acusado de não prestar informações nem atender aos advogados ou à imprensa. O valor reservado para os seus honorários atinge R$ 3.458.130, enquanto os consorciados seguem sem respostas claras sobre o pagamento.

Diante da inação do síndico, um grupo de consorciados planeja uma mobilização em Brasília e São Paulo para pedir o apoio de autoridades, incluindo deputados, senadores, e o Ministério Público. Eles exigem a liberação imediata dos créditos, uma vez que a maioria já atualizou suas informações e não há pendências que impeçam o pagamento.

Os consorciados buscam uma solução rápida, com base em precedentes de outros casos de falência, como a da Companhia Industrial Santa Matilde, que permitiu a liberação de créditos antes da resolução de todas as pendências. Para os consorciados, a demora tem causado um prejuízo considerável, além de impactos na qualidade de vida, já que muitos dependem desses valores para tratamentos médicos ou para suprir suas necessidades diárias.

Além das manifestações em Brasília e São Paulo, os consorciados iniciaram a criação de grupos nas redes sociais para aumentar a visibilidade do caso e pressionar as autoridades. Correspondências também estão sendo enviadas aos Ministérios Públicos estaduais, à Ordem dos Advogados e ao Conselho Nacional de Justiça.

O movimento, que visa garantir os direitos dos credores e dar um fim ao processo falimentar, reflete a urgência e a indignação daqueles que, após décadas de espera, ainda buscam justiça e o cumprimento de seus direitos.

Imagem: Reprodução


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