
Redação
O estado do Rio de Janeiro tem enfrentado um aumento no número de casos de febre oropouche em 2025. Segundo dados do Ministério da Saúde, apenas nos primeiros três meses deste ano, o número de casos saltou para 823, um aumento de mais de cinco vezes em relação aos 151 casos registrados ao longo de todo o ano de 2024.
Na região, o município de Sapucaia destaca-se como um dos mais afetados, com 29 registros da doença, um número significativo para a população local. Outros municípios da região também apresentam casos, em menor número: Vassouras, com 2 casos, e Paracambi, com 1.
A febre oropouche, causada pelo arbovírus transmitido pelo inseto Culicoides paraensis (conhecido como maruim ou mosquito-pólvora), compartilha sintomas semelhantes aos das arboviroses mais conhecidas, como dengue e chikungunya. Entre os principais sintomas estão a febre, dor de cabeça, dor no corpo, cansaço, manchas na pele, náuseas e vômitos, que geralmente começam a aparecer entre o terceiro e o quinto dia após a picada do mosquito.
A doença é comum em ambientes úmidos e quentes, como quintais e áreas rurais, e a principal forma de prevenção é a limpeza de áreas externas, como a remoção de folhas e frutos caídos, o uso de repelentes e a limitação da exposição ao mosquito, especialmente ao final do dia.
A Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente, representada por Ethel Maciel, reforça que o Ministério da Saúde está mobilizado para coordenar ações em todo o país, com um plano de enfrentamento das arboviroses que inclui estratégias de vigilância, controle vetorial, e ampliação do diagnóstico. “A vigilância continuará atuando, subsidiando as recomendações e ações necessárias, além das medidas permanentes já em vigor”, afirmou Maciel.
O Ministério da Saúde, além de ampliar a testagem para detecção do vírus Oropouche, está colaborando com estados e municípios em ações específicas para o combate à doença. A pasta também está trabalhando na construção do Plano de Enfrentamento da Dengue e outras Arboviroses 2024/2025, que envolve uma série de medidas de vigilância, manejo clínico e pesquisa.
Medidas de Prevenção e Diagnóstico
O cenário preocupante exige um esforço conjunto entre o Ministério da Saúde, estados, municípios e a sociedade para controlar a disseminação da doença e reduzir o impacto nas comunidades mais afetadas, como Sapucaia e outras cidades do Rio de Janeiro.
Imagem: Reprodução
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