Durante todo o Ano Jubilar, somos convidados a redescobrir nossa missão como cristãos, fortalecer nossa fé, trazer Deus para o centro de nossas vidas, realizar boas práticas e esperançar. Como diz o Missionário Redentorista Pe. Diego Antônio este é um “tempo para olhar para nossa caminhada de fé e perceber a presença de Jesus que caminha com seu povo, ontem, hoje e sempre”. Neste Ano Santo, que nós possamos perceber a presença de Jesus em nossas vidas e buscar seguir cada vez mais seu exemplo. E compartilhou três dicas para nos ajudar a viver o Jubileu da Esperança:
1) Somos homens e mulheres de Esperança: apesar das adversidades, não podemos perder a esperança. É preciso ter fé e ter a certeza de que Deus caminha conosco em todos os momentos.
2) Praticar exercícios espirituais: como missão de todo cristão, é preciso ir à missa, se confessar, praticar a caridade e a fraternidade.
3) Peregrinar até uma Igreja Jubilar: Procure saber qual Igreja próxima de você é uma Igreja Jubilar. Acrescento. Em nossa Diocese de Valença na Catedral de Nossa Senhora da Glória, aqui em Três Rios na Igreja de São Sebastião e em Paraibuna, no Santuário de Nossa Senhora do Monte Serrat. Em Aparecida, tanto o Santuário Nacional quanto a Basílica Histórica são Igrejas Jubilares. No Ano Santo, cresça na caridade e na justiça e peregrine a uma dessas Igrejas para colher os frutos das indulgências deste Jubileu.
Neste ano de 2025 celebramos também os 100 anos de nascimento de Juan Luís Segundo e os 60 de encerramento do Concílio Vaticano II, seria bom fazermos uma reflexão ligando esses dois acontecimentos. Há uma extrema direita católica já toda armada para desqualificar o Concílio e todas as suas conquistas para a Igreja. A teologia de Juan Luís Segundo torna-se uma teologia de combate importante na defesa do Concílio Vaticano II e para além dele.
“Um teólogo/intelectual de rara envergadura. Um cristão de profunda espiritualidade. Um dos mentores da teologia da libertação. Soube como poucos enfrentar o processo de secularização que no seu Uruguai chegou ao ponto mais alto na América Latina. Lembrar Juan Luís Segundo é lembrar um teólogo que marcou minha formação e me fez repensar quase tudo em termos de catolicismo/cristianismo (sem medo, sem niilismo, sem ilusões com o clericalismo (tradução livre) e convencido do potencial libertário da mensagem evangélica). Dois de seus vários livros foram de importância fundamental em minha geração nos anos 80 quando estávamos fazendo teologia no ITER (Instituto de Teologia do Recife) (e eu na PUC-Rio): "A história perdida e recuperada de Jesus de Nazaré. Dos Sinóticos a Paulo" e "Libertação da Teologia”.
Essa "A história perdida..." parecia uma espécie de manual, que junto com o livro de Joaquim Jeremias sobre o Novo Testamente, liamos com empolgação. No meu caso, era momento de grandes descobertas e compreensão da fé numa chave que em nada parecia com aquele aprendizado paroquial que parecia infantil. Talvez estivesse errado, mas era assim que pensava naquela época ao ler o Juan Luís Segundo. Quanto ao impactante "Libertação da teologia", até hoje me inquieta a tese de que era preciso mudar radicalmente a maneira de se fazer teologia numa teologia da libertação, caso contrário, a palavra libertação seria apenas um “Flatus vocis”, um adjetivo sem força substancial. Um dos livros mais "seculares" em teologia que li... Uma exigência rigorosa de se viver uma fé adulta (termo clássico de Juan Luís).
Agora, nada tornou o teólogo uruguaio tão conhecido entre nós, quanto os cinco volumes da "Teologia aberta" em que o foco era o que ele e seu "grupo de reflexão" chamou de "para leigo adulto". Uma obra volumosa e fruto daquilo que marcou a vida, a pastoral e a capacidade intelectual de Juan Luís Segundo: uma teologia fruto de um grupo de reflexão que se reunia sistematicamente e estudava teologia pra valer... No mundo secular se faz cada vez mais necessário "dar razão da fé". E o Concílio Vaticano II foi fundamental nessa caminhada. Juan Luís Segundo foi um teólogo conciliar com os pés fincados na América Latina” ...
Faço meu esse discernimento de Romero Venâncio (UFS), pois nas comemorações jubilares em curso – Jubileu da Igreja, Centenário da Diocese de Valença, RJ, Centenário da primeira Igreja de Três Rios – não podemos sufocar a verdadeira alegria que brota de nossa fé eclesial. O Papa Francisco inaugurou o Jubileu da Esperança no final de 2024, como sabemos, e nos convidou a vivenciar este Tempo da Graça de Deus, olhando para nossa vocação como Peregrinos de Esperança.
1) Somos homens e mulheres de Esperança: apesar das adversidades, não podemos perder a esperança. É preciso ter fé e ter a certeza de que Deus caminha conosco em todos os momentos.
2) Praticar exercícios espirituais: como missão de todo cristão, é preciso ir à missa, se confessar, praticar a caridade e a fraternidade.
3) Peregrinar até uma Igreja Jubilar: Procure saber qual Igreja próxima de você é uma Igreja Jubilar. Acrescento. Em nossa Diocese de Valença na Catedral de Nossa Senhora da Glória, aqui em Três Rios na Igreja de São Sebastião e em Paraibuna, no Santuário de Nossa Senhora do Monte Serrat. Em Aparecida, tanto o Santuário Nacional quanto a Basílica Histórica são Igrejas Jubilares. No Ano Santo, cresça na caridade e na justiça e peregrine a uma dessas Igrejas para colher os frutos das indulgências deste Jubileu.
Neste ano de 2025 celebramos também os 100 anos de nascimento de Juan Luís Segundo e os 60 de encerramento do Concílio Vaticano II, seria bom fazermos uma reflexão ligando esses dois acontecimentos. Há uma extrema direita católica já toda armada para desqualificar o Concílio e todas as suas conquistas para a Igreja. A teologia de Juan Luís Segundo torna-se uma teologia de combate importante na defesa do Concílio Vaticano II e para além dele.
“Um teólogo/intelectual de rara envergadura. Um cristão de profunda espiritualidade. Um dos mentores da teologia da libertação. Soube como poucos enfrentar o processo de secularização que no seu Uruguai chegou ao ponto mais alto na América Latina. Lembrar Juan Luís Segundo é lembrar um teólogo que marcou minha formação e me fez repensar quase tudo em termos de catolicismo/cristianismo (sem medo, sem niilismo, sem ilusões com o clericalismo (tradução livre) e convencido do potencial libertário da mensagem evangélica). Dois de seus vários livros foram de importância fundamental em minha geração nos anos 80 quando estávamos fazendo teologia no ITER (Instituto de Teologia do Recife) (e eu na PUC-Rio): "A história perdida e recuperada de Jesus de Nazaré. Dos Sinóticos a Paulo" e "Libertação da Teologia”.
Essa "A história perdida..." parecia uma espécie de manual, que junto com o livro de Joaquim Jeremias sobre o Novo Testamente, liamos com empolgação. No meu caso, era momento de grandes descobertas e compreensão da fé numa chave que em nada parecia com aquele aprendizado paroquial que parecia infantil. Talvez estivesse errado, mas era assim que pensava naquela época ao ler o Juan Luís Segundo. Quanto ao impactante "Libertação da teologia", até hoje me inquieta a tese de que era preciso mudar radicalmente a maneira de se fazer teologia numa teologia da libertação, caso contrário, a palavra libertação seria apenas um “Flatus vocis”, um adjetivo sem força substancial. Um dos livros mais "seculares" em teologia que li... Uma exigência rigorosa de se viver uma fé adulta (termo clássico de Juan Luís).
Agora, nada tornou o teólogo uruguaio tão conhecido entre nós, quanto os cinco volumes da "Teologia aberta" em que o foco era o que ele e seu "grupo de reflexão" chamou de "para leigo adulto". Uma obra volumosa e fruto daquilo que marcou a vida, a pastoral e a capacidade intelectual de Juan Luís Segundo: uma teologia fruto de um grupo de reflexão que se reunia sistematicamente e estudava teologia pra valer... No mundo secular se faz cada vez mais necessário "dar razão da fé". E o Concílio Vaticano II foi fundamental nessa caminhada. Juan Luís Segundo foi um teólogo conciliar com os pés fincados na América Latina” ...
Faço meu esse discernimento de Romero Venâncio (UFS), pois nas comemorações jubilares em curso – Jubileu da Igreja, Centenário da Diocese de Valença, RJ, Centenário da primeira Igreja de Três Rios – não podemos sufocar a verdadeira alegria que brota de nossa fé eclesial. O Papa Francisco inaugurou o Jubileu da Esperança no final de 2024, como sabemos, e nos convidou a vivenciar este Tempo da Graça de Deus, olhando para nossa vocação como Peregrinos de Esperança.
Medoro, irmão menor-padre pecador
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