Abertura do Centenário no Ano Jubilar

No último 3 de janeiro a Paróquia de São Sebastião abriu a Celebração do 1° Centenário da Igreja em Três Rios levando a imagem peregrina do padroeiro da cidade à nossa Paróquia de São José Operário, a primeira dela oriunda. E daí seguiu a procissão missionária pelas paróquias do município e municípios vizinhos, para enfim iniciar a Novena na matriz que irá culminar com a grande festa no dia 20, dia do nosso venerado santo. Coincide nosso centenário com o Centenário da Diocese de Valença. E tudo isso dentro do Ano Jubilar dos 2025 anos do Natal de Jesus.

Não pode ser uma mera coincidência, mas uma especial oportunidade dada pela providência de reavivar nos corações a chama da esperança. Na noite de Natal, o Papa Francisco abriu na Basílica de São Pedro a Porta Santa, inaugurando o Jubileu do ano santo de 2025, ressaltando que com a vinda do Salvador “a porta da esperança foi escancarada para o mundo” e a partir de então “Deus diz a cada um: há esperança também para ti! Há esperança para cada um de nós”. Começamos a viver o nosso Ano Santo da Esperança.

É dentro desse contexto jubilar que nossa cidade e diocese preparam a Festa de São Sebastião. A vida do nosso padroeiro surge como um verdadeiro testemunho de esperança cristã no seu duplo martírio: primeiro pelas flechas, depois com a decapitação. No primeiro martírio, a esperança surge com um gesto solidário: jogado no rio como se estivesse morto, foi resgatado por Santa Irene, cuidado de suas feridas pela comunidade cristã. No segundo martírio, a esperança é a promessa do encontro com Senhor mesmo que disse: “para que onde eu estiver, estejais também vós” (Jo 14, 3).

Também hoje, muitas são as adversidades enfrentadas pelos cristãos. Perseguições, contravalores, ideologias, polarizações e outras atitudes que tentam enfraquecer a fé são postas como barreiras à esperança. Também no âmbito social a desesperança surge com a violência, a pobreza e tantas outras situações que parecem ter a última palavra. São Sebastião, porém, nos ensina que a vivência das virtudes teologais da fé, da esperança e da caridade é a resposta efetiva daqueles que encontraram a vida nova trazida por Cristo Jesus.

O exemplo de São Sebastião faz-nos forte, também hoje, diante das vicissitudes que vivemos: pandemia, miséria, violência e fragilidade na fé de muitos. E nesse contexto o Jubileu de 2025 nos convida a recordar que somos “peregrinos de esperança”. Precisamos ver em nosso santo soldado um sinal de que a luta cristã pelo bem não está perdida, mas é vencida pela esperança que, como nos ensina o Apóstolo, não decepciona (Rm 5, 5). Saibamos assim unir, como ele, fé e vida, oração e compromisso com uma nova sociedade de irmãos, com vida digna, bela, justa e feliz para todos.

E, como nos pede a diocese, façamos desse ano um tempo de missão popular que que atinja a todos e nos convida para sermos aqueles que levam o Cristo como esperança para nossa cidade e diocese. Que a Igreja unida assim viva e assim caminhe servindo como sinal para o povo que aqui vive e caminha. E no dia 20 vamos demonstrar nosso entusiasmo e compromisso com a grande festa de nossa cidade com São Sebastião, peregrino da esperança!

Medoro, irmão menor-padre pecador

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