Será possível falar sobre o título deste artigo sem ter passado por determinadas vivências, etapas e percepções que emergem diante das inúmeras situações do dia a dia? Falar sobre tais assuntos se mostra relevante para aqueles que desejam despertar, com empenho, para o Eu e para os variados contextos que nos cercam durante as rotinas, que, por vezes, nos invadem e influenciam. Quando ocorrem faltas durante um jogo de futebol, o juiz busca dar continuidade à partida, mesmo que, durante o desenrolar do jogo, sejam necessárias advertências, cartões, penalidades e expulsões. Em raras ocasiões, as partidas são paralisadas até que a ordem seja restabelecida e, em casos extremos, a partida é interrompida, remarcada ou finalizada — mas isso ocorre em caráter de exceção e com critérios que justifiquem tais medidas. Afinal, “o normal é que o jogo continue”.
Por vezes, deixamos de voar leves e livres como pássaros para carregar fardos pesados, nos assemelhando a dragões inflamáveis e incendiários com correntes maciças. No dia a dia, algumas pessoas ficam muito presas a determinados momentos e encontram dificuldades em dar prosseguimento, permanecendo em um looping da rotatória, semelhante a uma areia movediça ou a um buraco negro. Em ambos os casos, quanto mais mergulhamos em suas densidades e nos exaltamos, mais somos tragados para seus núcleos, capazes de nos tirar do equilíbrio e da realidade ideal. Não é mentira que “vivemos, cada dia mais, em um mundo de realidades ilusórias, disfarçadas de verdades transitórias”.
Diante de tais cenários, precisamos, cada vez mais, saber usar os filtros da sabedoria, que envolvem não apenas as lideranças, mas também as pessoas em geral. Isso abrange grupos, equipes, culturas, hierarquias, humildade, boa vontade e postura. Julgar o ponto como o todo — algo que costuma estar atrelado ao passado, ao futuro e, menos frequentemente, ao momento presente — assemelha-se ao ato de contorcer-se pelos galhos quebrados sem olhar, avaliar e apreciar os troncos, frutos e suas raízes.
Não é novidade que precisamos conviver em diferentes tipos de ambientes: familiar, educacional, de trabalho, religioso, filantrópico, social, entre outros. Em todos esses espaços, precisamos compreender os pensamentos, percepções, emoções, sentimentos, ações e resultados, frutos da sabedoria, do autoconhecimento, do autogerenciamento e da harmonia enraizada nas bases do equilíbrio. Sabemos que as emoções são reações imediatas e intensas a estímulos internos ou externos, como medo, raiva ou alegria, surgindo rapidamente e trazendo respostas físicas, como o aumento da frequência cardíaca. Os sentimentos, por sua vez, são estados emocionais mais duradouros, desenvolvidos após a emoção inicial e envolvendo uma interpretação da experiência vivida.
Emoções e sentimentos moldam e contribuem significativamente para nossas atitudes e influenciam nossas relações em diferentes contextos. Vale destacar que temos em nós a carta do livre-arbítrio, permitindo escolhas e decisões que podem ser trabalhadas, lapidadas e reforçadas com determinadas ações, mesmo diante de certas tendências. Estar em uma "areia movediça" é desafiador, mas, com a técnica adequada, podemos sair dela sem maiores desesperos, tempo, energia ou danos. Olhar para trás e enfrentar certos espelhos, como um retrovisor, é necessário, mas não mais importante do que olhar para o presente e para o futuro, mesmo que seja preciso limpar o para-brisa em tempos de intempéries.
Compreender as relações humanas exige que olhemos para os "eus", tanto para os indivíduos com suas peculiaridades quanto para os coletivos. Dentro desses coletivos maiores, existem divisões que merecem ser apreciadas, analisadas e, sempre que possível, ouvidas. Algumas divisões se mostram mais expostas, enquanto outras se apresentam mais veladas. Não é fácil olhar para si mesmo e para os variados umbigos, mas se mostra enriquecedor e produtivo. Teoria e prática devem estar alinhadas para que os melhores resultados germinem do equilíbrio entre razão e emoção. Diferentes etapas, ciclos e ritos de passagem precisam ser concluídos para que determinados indivíduos possam evoluir e não sejam engolidos, amassados, triturados e até destruídos.
Divergências sempre existirão, e a ausência de diálogo dificulta ainda mais a convivência. Opiniões variam, influenciadas por experiências, visões de mundo e perspectivas únicas. Contudo, é essencial buscar agir com ética e moral, mesmo em meio às adversidades.
No mundo, temos e teremos problemas e obstáculos, mas podemos superá-los em nossas mentes, corações e com as nossas correntes forjadas em uniões. Na vida, podemos fazer escolhas. Podemos nutrir-nos das melhores essências ou nos alimentarmos de enxofres ácidos, mesmo que, por fora, possamos aparentar certos tipos de beleza, bondade, prosperidade, caridade, modéstia e tantos outros adjetivos que, na verdade, escondem a lama dos porcos por debaixo dos tapetes escorregadios, banhados na má-fé e hipocrisia. Nossas escolhas determinam se seremos nossas melhores versões ou se sucumbiremos a máscaras e aparências ilusórias.
Para que possamos continuar a progredir na caminhada existencial em busca do bem, ao invés do mal, e de buscarmos ser nossas melhores versões, precisamos compreender melhor o assunto do título do artigo e: disciplina, propósito, chamado, missão, visão, valores, ética, moral, humildade e boa vontade. O normal e ideal é progredir na caminhada existencial. Caso o ramo não cresça e amadureça, podemos observar algo disfuncional, que se torna venenoso ao invés de benéfico e saudável, algo não salutar, capaz de gerar bem-estar mental, físico, espiritual e comportamental. Compensa destacar que a Organização Mundial da Saúde (OMS) reconhece o fator biopsicosocioespiritual como relevante.
Se mostra viável lembrar que:
“De nada servem as bússolas quando não se sabe aonde quer chegar”.
“Toda pirâmide com a base frágil tende a ruir em determinado momento”.
“Cada ponto fraco se mostra um ponto cego”.
“Se viver é costurar um texto, costure bem a sua história”.
Se acredita que você, a sua empresa ou a empresa/instituição onde você trabalha podem melhorar de forma mais significativa, mantenha essa ponte de conhecimento aberta e entre em contato!
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Nos vemos no próximo artigo!...
Seja forte corajoso. Não se apavore nem desanime.
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