Paty do Alferes comemora o 37º aniversário neste domingo (15)

 Desfile cívico e show do cantor Mumuzinho estão na programação

 

Matriz de Nossa Senhora da Conceição, inaugurada em maio de 1844  (Imagem: Reprodução PMPA/ Milson Thuly)

Neste domingo 15/12, Paty do Alferes comemora 37 anos de emancipação político-administrativa. A programação festiva teve início nesta sexta-feira (13/12), com show de Bill e Banda: um tributo a Bull e Bill, na Aldeia de Arcozelo.

De acordo com o Censo de 2022, Paty do Alferes tem cerca de 29.619 habitantes. O eleitorado do município tem em torno de 24.460 eleitores. Na eleição de 2020, foi eleito o atual prefeito Juninho Bernardes (PSC), com 8.591 votos (51,07%). Na eleição municipal desse ano, o médico e vereador Julinho Juju (DEM), foi eleito prefeito com 8.444 votos (44,70%) e vai exercer mandato no executivo até 2028.

Neste sábado (14/12), a programação continua a partir das 20h, com show gospel do trio Preto no Branco (foto). A dupla Terramar se apresenta às 22h30, na Praça George Jacob Abdue, no Centro.

Neste domingo (15/12), a data comemorativa, a programação também na Praça George Jacob Abdue, tem início às 9h com o Desfile Cívico. O cantor Mumuzinho (foto) se apresenta a partir das 19h. Logo após tem show de Maldonado, com início às 21h30.

 


Clima de Natal

A Casa do papai Noel está aberta a visitação na Estação de Paty. O clima natalino tomou conta da cidade e a população tem visitado o lar do Bom Velhinho com as crianças para fotos. Confira os dias e horários abertos à visitação:

Sábado, 14/12: 17h30 às 22h

Domingo, 15/12: 13h às 17h

Quinta-feira, 19/12: 17h30 às 22h

Sexta-feira, 20/12: 17h30 às 22h

Sábado, 21/12: 17h30 às 22h

Domingo, 22/12: 17h30 às 22h

Segunda-feira, 23/12: 17h30 às 22h

Terça-feira, 24/12: 09h às 13h

 

História


A história de Paty do Alferes se entrelaça com a de Garcia Rodrigues Paes, filho de Fernão Dias Paes, o lendário “Caçador de Esmeraldas”, em 1700, ano em que foi aberto por ele o Caminho Novo para escoamento do ouro de Minas Gerais ao Rio de Janeiro.

Grandes historiadores divergem quanto a origem do nome de Paty do Alferes porém, os registros históricos nos apontam para alguns caminhos e o certo é que por essa terras se estabeleceram, no início da colonização, dois Alferes de Ordenança: Leonardo Cardoso da Silva e Francisco Tavares (depois elevado a Capitão), no local que era conhecido como a “Roça do Alferes” e que foi da união do nome do posto militar de Alferes ao vocábulo indígena dado a uma palmeira abundante na região – os patis – que começou a se delinear, às margens do Caminho Novo, Paty do Alferes.

Estas fertilíssimas terras, banhadas pelo Ribeirão de Ubá e Rio do Saco, primeiro acolheram o plantio da cana-de-açúcar. Um século depois, neste mesmo solo, o café viria brotar como ouro, fazendo nascer também uma aristocracia rural formada por nobres intimamente ligados à Corte como o Visconde de Ubá, o Barão de Capivary, o Barão de Guaribú, dentre muitos outros.

Elevada ao posto de Vila, em 1820, apesar da pompa com que foi fundada, Paty do Alferes, continuou crescendo apenas dentro dos limites das grandes fazendas e não houve interesse pelo desenvolvimento urbano. Quando a sede foi transferida, em 1833, para a Vila de Vassouras, a nobreza rural patyense permaneceu atuando ativamente na política.

Foi em Paty do Alferes, que se desenrolou um dos mais importantes levantes de negros do Estado do Rio de Janeiro. A fuga em massa da Fazenda Freguesia, causou pânico entre os fazendeiros, não propriamente pelo número de escravos rebelados, e sim, pelo que isso representava. Aos primeiros se juntaram os escravos de outras propriedades, mostrando muita organização. Numa região prioritariamente agrícola, alimentada pela mão-de-obra escrava, Manoel Congo, entrou para a história como o líder, que em 1838, fez tremer os sólidos alicerces do regime escravocrata fluminense nas terras do café.

Em terras patyenses, no ano de 1870, nasceu Imortal Joaquim Osório Duque-Estrada, autor da letra do nosso Hino Nacional.

A Fazenda Freguesia, notabilizada pelo fuga de Manoel Congo, voltaria a cena, em 1965, pelas mãos do Embaixador Paschoal Carlos Magno. A Aldeia de Arcozelo foi criada aliando a arquitetura original da sede da Fazenda com adaptações de outros prédios para a formação do maior núcleo cultural da América do Sul. Como atuante espaço para todas as artes, a Aldeia de Arcozelo, administrada pela Funarte, acolhe atividades artístiticas como o Festival de Teatro da Fetaerj – Federação de Teatro Associativo do Estado do Rio de Janeiro e, em 2001, ainda foi palco do VII Encontro Internacional de Capoeira Angola.

Emancipada em 1987, Paty do Alferes mantém uma grande produção agrícola com o tomate, de onde vem seu título de maior produtor do Estado e 3º do Brasil. A consagração desta produção rural ocorre, anualmente no feriado de Corpus Cristi, com a realização da Festa do Tomate onde acorrem ao distrito de Avelar, um fluxo médio de 40 mil pessoas/dia. São 6 dias de evento abrilhantado com shows, para grande público, do primeiro escalão da música nacional onde já estiveram presentes Sérgio Reis, Sandy & Junior e Daniel, colocando a Festa do Tomate em nível idêntico as maiores festas do país.

Paty do Alferes, um dos berços da ocupação do interior do Estado, é citada em antigos e importantes relatos dos grandes estudiosos de história do Brasil como Antonil, Pizarro, Charles Ribeyrolles, Saint- Hilaire, Taunay, José Matoso Maia Forte e Alberto Lamego, demostrando a relevância da história do município na colonização da Região do Vale do Ciclo do Café. 


Com informações da PMPA


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