Mais que confrontos esportivos; que vitrine de talentos individuais e coletivos, os jogos Olímpicos têm sido, ao longo de tantas edições, símbolo de união, superação e resiliência; testemunho da capacidade humana de enfrentar os desafios da vida triunfando sobre o verdadeiro oponente: nossas próprias limitações.
A ginasta Rebeca Andrade é o reflexo perfeito dessa realidade: menina de família simples, que passou por inúmeras dificuldades, lesões, mas jamais desistiu de seus sonhos. Hoje a maior atleta olímpica brasileira, que tem noção de sua grandeza. E não se deixa intimidar por ela. Compreende que as expectativas que os outros têm dela não lhe dizem respeito. Ela sabe que só pode controlar a si mesma. Então se autorregula. E se domina. Com humildade, reconhece o peso das adversárias, e é reconhecida por elas. Sem esforço, somente com seu exemplo, desmistifica um assunto ainda tabu: a importância da saúde mental, do mindset positivo para ultrapassar as barreiras que nos impedem de alcançar nossos maiores e mais lindos planos. Nunca foi sobre reputação, e sim sobre ser fiel à própria identidade.
Que tenhamos aprendido a lição. Paris, da qual o mundo se despede, não acendeu apenas a chama da competição. Que seu legado, nesse espírito de cooperação e respeito mútuo, possa continuar a nos inspirar, fortalecendo nossa habilidade de encarar os problemas de cada dia, unidos em busca de um futuro feliz, saudável e equilibrado.
Imagem: Elsa/Getty Images
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