Por mais que a maior rede de televisão em atividade no Brasil se afirme inclusiva, deixa claro rastro de preconceito ao não oferecer opção para que os surdos participem como expectadores dos Jogos Paralímpicos Paris/2024, bastando para isso, apenas disponibilizar uma janela lateral da tela para localização de intérprete de Libras, afinal, um simples cumprimento de prerrogativa legal vigente no país. É sabido que os surdos não se consideram pessoas com deficiência, mas parte de uma minoria linguística e cultural, nada obstante figurem personagens de direitos e garantias destes, de acordo com o disposto na Convenção das Nações Unidas sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, se beneficiem dos termos do Estatuto das Pessoas com Deficiência, das diretrizes da Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência no âmbito do SUS. Ainda assim, deveriam ser respeitados no que para eles representa a cultura surda, forjada pelas marcas da luta histórica que o segmento social enfrentou pela conquista de inclusão na escola, trabalho, nas atividades esportivas, de lazer e participação social.
Por acreditarem que seriam prejudicados competindo com pessoas ouvintes, moveram montanhas e criaram jogos específicos. Os surdos não participam dos Jogos Paralímpicos e têm uma competição específica, que é a Surdolimpíada (Deaflympics). O primeiro Jogos Surdolímpicos (antes chamado de Jogos Internacionais Silenciosos) foram realizados em 1924, em Paris/França; interrompidos no período da Segunda Guerra Mundial. Nos anos subsequentes ao pós-guerra, foram realizados jogos e competições internacionais para atletas deficientes físicos, reabilitados e, gradativamente agregando novas modalidades competitivas. Os primeiros Jogos Paraolímpicos, sob esse nome, foram realizados em Roma/Itália, em 1960, desde então, são promovidos a cada quatro anos, assim como os Jogos Paraolímpicos de Inverno, que tiveram sua primeira edição em 1976, na Suécia. A questão que se coloca não diz respeito aos surdos terem dedicado empenho para junto aos seus órgãos internacionais conquistar jogos específicos, mas por quais razões ficam excluídos do direito de participar como expectadores dos Jogos Paralímpicos Paris/2024, compreendendo o narrado pelas equipes da Globo? É como se sentir estrangeiros no próprio país!
Por acreditarem que seriam prejudicados competindo com pessoas ouvintes, moveram montanhas e criaram jogos específicos. Os surdos não participam dos Jogos Paralímpicos e têm uma competição específica, que é a Surdolimpíada (Deaflympics). O primeiro Jogos Surdolímpicos (antes chamado de Jogos Internacionais Silenciosos) foram realizados em 1924, em Paris/França; interrompidos no período da Segunda Guerra Mundial. Nos anos subsequentes ao pós-guerra, foram realizados jogos e competições internacionais para atletas deficientes físicos, reabilitados e, gradativamente agregando novas modalidades competitivas. Os primeiros Jogos Paraolímpicos, sob esse nome, foram realizados em Roma/Itália, em 1960, desde então, são promovidos a cada quatro anos, assim como os Jogos Paraolímpicos de Inverno, que tiveram sua primeira edição em 1976, na Suécia. A questão que se coloca não diz respeito aos surdos terem dedicado empenho para junto aos seus órgãos internacionais conquistar jogos específicos, mas por quais razões ficam excluídos do direito de participar como expectadores dos Jogos Paralímpicos Paris/2024, compreendendo o narrado pelas equipes da Globo? É como se sentir estrangeiros no próprio país!
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