Igreja: uma sinfonia vocacional II

Em mais um agosto vocacional estamos celebrando, a Semana da vocação à paternidade e à vida familiar. Papa Francisco disse certa vez: “A nossa vida e a nossa presença no mundo são frutos de uma vocação divina”, para a qual é preciso um processo de discernimento. O Senhor continua nos chamando a segui-lo”. Discernir a vontade Deus é abraçar o presente e o futuro como uma nota na sinfonia vocacional.

O futuro da humanidade, como todos sabem, passa pela família, visto que, no seio familiar são postos os fundamentos pelos quais se constrói a vida e as relações de cada ser humano, tanto na Igreja, quanto fora dela. Cabe aos pais, com amor, compaixão e fé, fazer do seu lar um ambiente de paz e conduzir seus filhos nos valores cristãos. E isso implica nunca passar uma semana sem dedicar-se um tempo para a avaliação de seu desempenho vocacional.

O dia dos pais à luz do mês vocacional, deve levar jovens e adultos a refletir: Diante de tantas vocações como discernir se tenho vocação para ser pai? O Homem ao indagar se tem vocação para ser pai encontrará respostas examinando a sua própria vida e o discernimento vocacional virá ao encontro de seu desenvolvimento pessoal. E os pais devem igualmente se questionar se vivem toda riqueza conjugal e paternal como resposta ao amor de Deus.

A vocação como chamado é parte inseparável do nosso ser, está presente no nosso íntimo, na realidade do que somos. Para discernir se tem vocação para ser pai, é preciso colocar-se diante de si e perceber sua essência e buscar encontrar aquilo que profundamente te realiza. É importante perceber se, mais do que estar em família, você tem o real desejo de constituir uma e indagar-se se sentirá prazer em cuidar do outro e tornar-se a pedra fundamental da sustentação dos filhos.

A paternidade se caracteriza pelo cuidado, proteção, educação, provimento e segurança em relação aos filhos, oferecendo suporte e orientação no decorrer do seu desenvolvimento, ajudando-o a superar cada etapa da vida e proporcionando condições de atingir o ápice de seu estado físico, emocional, intelectual e espiritual. Ser pai como Deus nos ensina no exemplo de São José!

Além disso, tem também a função de acolhimento e amparo para a mãe, oferecendo condições para que exerça em plenitude a sua maternidade. O pai nasce ao nascer do filho, a vocação e preparo para a paternidade se desenvolvem ao longo da vida. Nisto se dá importância de se estar atento à vocação à paternidade, ao Chamado de Deus.

Esta reflexão inspirada no Jornal de Aparecida, escrita por Marcelo da Silva Barbosa, nos conduz a formar, acompanhar e aconselhar, de modo especial, os incontáveis pais, como fazem, na Igreja Católica, a Pastoral Familiar, o ECC-Encontro de Casais com Cristo, as Equipes de Nossa Senhora e o Movimento Familiar Cristão, entre outros. E os casais membros desses movimentos eclesiais, devem abrir-se às famílias incompletas, irregulares e excluídas para prestar-lhe o serviço evangelizador humanitário.

Aqui em Três Rios, o ECC, na Paróquia de Santa Luzia, a Pastoral Familiar, na Paróquia de São Sebastião, e os Grupos de casais na Paróquia do Triângulo são iniciativas maduras que fazem um bem extraordinário aos demais casais. Mas, ainda fica o desafio da evangelização das juventudes que no seu conjunto vem desprezando os valores morais entregando-se a um sensualismo imoral e inconsequente. Abracemos todos a sinfonia vocacional.

Medoro, irmão menor-padre pecador.

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