A Igreja celebrou, no último domingo, o IV Dia Mundial dos Avós e dos Idosos, sob o tema escolhido pelo Papa Francisco: "Na velhice não me abandones" (cf. Sl 71, 9). A escolha desse tema, a partir da oração do salmista se dá no contexto do Ano da Oração em preparação para o Jubileu da Igreja. Trata-se da súplica de um ancião que retrata a sua história de amizade com Deus. Ao valorizar os dons dos avós e dos idosos e a sua contribuição para a vida da Igreja, a celebração do Dia Mundial dos Avós e dos Idosos visa promover o compromisso de cada comunidade eclesial em construir laços entre as gerações e combater a solidão, cientes de que, como afirma a Escritura, "Não é bom que o homem esteja só" (Gn 2, 18).
Em sua mensagem o Santo Padre destacou que a “solidão e o descarte” são elementos frequentes no contexto da sociedade atual, em relação aos idosos em geral. Sinal de que, “cada vez mais, estamos perdendo o gosto de partilhar a vida, em família e na comunidade”. Numa sociedade em que o consumo e o descarte andam de mãos dadas, às vezes, cuidar de quem já percorreu a passos largos um longo caminho, e agora anda a passos lentos, o cuidado tem sido vivenciado por muitos lamentavelmente como um certo desconforto. Acresce a isso a impaciência e a dificuldade ao ter-se que ocupar de quem traz consigo uma longa história de vida, embora nem sempre consiga expressá-la, pelos lapsos da memória.
Como cristãos e à luz da Palavra de Deus, não podemos compactuar com atitudes egoístas, que levam ao descarte e à solidão, mas precisamos apontar caminhos que favoreçam o cuidado e o amor pela vida, em todas as etapas da nossa peregrinação terrena. Não podemos compactuar com o individualismo e a oposição, características cada vez mais presentes nas nossas sociedades e que se traduzem para os idosos no aumento da solidão (que, seja imposta, seja escolhida, é agora vista como normal) e da oposição entre as gerações. Na visão do Papa Francisco, na Fratelli Tutti, a solidão e a oposição não são normais nem aceitáveis, e a atitude alternativa deve ser o empenho em promover a fraternidade entre todos os seres humanos.
Necessidade de um trabalho pastoral contínuo e sinodal: “trata-se de um trabalho longo e exigente, mas necessário e urgente. O que somos chamados a fazer é explorar um pedaço do futuro ao lado desta geração”. A família, a comunidade e a sociedade têm a missão de cuidar para que os nossos avós e idosos não fiquem relegados à solidão e ao abandono, ou percam o contato com a vida espiritual e social na comunidade. Para muitos idosos a comunidade local representa uma nova família, em que são acolhidos, valorizados e cuidados, principalmente pelas pessoas envolvidas na Pastoral da Pessoa Idosa e por aqueles que os visitam em suas casas, levando conforto humano e espiritual, alimentando-os com o pão da Palavra e o pão da Eucaristia.
Ressaltemos, enfim, que na vida, sempre podemos aprender com os nossos avós, mestres formados na escola do tempo, que guardam na memória a história da vida, da família e da comunidade. Em todas as nossas comunidades a presença dos idosos é marcante. Por isso, é importante ter presente que eles são testemunhas da história e herdeiros privilegiados do tesouro religioso e cultural da comunidade. São o testemunho vivo da história, da coragem, da perseverança e da superação dos desafios, na construção de uma sociedade que hoje recolhe os benefícios da sua dedicação, pelo trabalho árduo feito com amor, cansaço e empenho.
Os idosos testemunham no presente os valores da vida familiar, pois souberam, à luz do amor e da fé, superar os conflitos por um ideal maior: a família, sua unidade e seus valores. Enchem de esperança em relação ao futuro, porque nos transmitem a confiança de que os problemas e os conflitos fazem parte da vida, mas não são maiores do que a vida. Eles vêm e vão, mas a vida segue seu caminho, e cada um de nós continua escrevendo a sua história de amor, com Deus e com os irmãos, através dos laços afetivos, de sorrisos e abraços, na família e na comunidade. Daí nossa missão de cuidar para que os nossos avós e idosos não fiquem relegados à solidão e ao abandono, ou percam o contato com a vida espiritual e social na comunidade.
Medoro, irmão menor-padre pecador
Em sua mensagem o Santo Padre destacou que a “solidão e o descarte” são elementos frequentes no contexto da sociedade atual, em relação aos idosos em geral. Sinal de que, “cada vez mais, estamos perdendo o gosto de partilhar a vida, em família e na comunidade”. Numa sociedade em que o consumo e o descarte andam de mãos dadas, às vezes, cuidar de quem já percorreu a passos largos um longo caminho, e agora anda a passos lentos, o cuidado tem sido vivenciado por muitos lamentavelmente como um certo desconforto. Acresce a isso a impaciência e a dificuldade ao ter-se que ocupar de quem traz consigo uma longa história de vida, embora nem sempre consiga expressá-la, pelos lapsos da memória.
Como cristãos e à luz da Palavra de Deus, não podemos compactuar com atitudes egoístas, que levam ao descarte e à solidão, mas precisamos apontar caminhos que favoreçam o cuidado e o amor pela vida, em todas as etapas da nossa peregrinação terrena. Não podemos compactuar com o individualismo e a oposição, características cada vez mais presentes nas nossas sociedades e que se traduzem para os idosos no aumento da solidão (que, seja imposta, seja escolhida, é agora vista como normal) e da oposição entre as gerações. Na visão do Papa Francisco, na Fratelli Tutti, a solidão e a oposição não são normais nem aceitáveis, e a atitude alternativa deve ser o empenho em promover a fraternidade entre todos os seres humanos.
Necessidade de um trabalho pastoral contínuo e sinodal: “trata-se de um trabalho longo e exigente, mas necessário e urgente. O que somos chamados a fazer é explorar um pedaço do futuro ao lado desta geração”. A família, a comunidade e a sociedade têm a missão de cuidar para que os nossos avós e idosos não fiquem relegados à solidão e ao abandono, ou percam o contato com a vida espiritual e social na comunidade. Para muitos idosos a comunidade local representa uma nova família, em que são acolhidos, valorizados e cuidados, principalmente pelas pessoas envolvidas na Pastoral da Pessoa Idosa e por aqueles que os visitam em suas casas, levando conforto humano e espiritual, alimentando-os com o pão da Palavra e o pão da Eucaristia.
Ressaltemos, enfim, que na vida, sempre podemos aprender com os nossos avós, mestres formados na escola do tempo, que guardam na memória a história da vida, da família e da comunidade. Em todas as nossas comunidades a presença dos idosos é marcante. Por isso, é importante ter presente que eles são testemunhas da história e herdeiros privilegiados do tesouro religioso e cultural da comunidade. São o testemunho vivo da história, da coragem, da perseverança e da superação dos desafios, na construção de uma sociedade que hoje recolhe os benefícios da sua dedicação, pelo trabalho árduo feito com amor, cansaço e empenho.
Os idosos testemunham no presente os valores da vida familiar, pois souberam, à luz do amor e da fé, superar os conflitos por um ideal maior: a família, sua unidade e seus valores. Enchem de esperança em relação ao futuro, porque nos transmitem a confiança de que os problemas e os conflitos fazem parte da vida, mas não são maiores do que a vida. Eles vêm e vão, mas a vida segue seu caminho, e cada um de nós continua escrevendo a sua história de amor, com Deus e com os irmãos, através dos laços afetivos, de sorrisos e abraços, na família e na comunidade. Daí nossa missão de cuidar para que os nossos avós e idosos não fiquem relegados à solidão e ao abandono, ou percam o contato com a vida espiritual e social na comunidade.
Medoro, irmão menor-padre pecador
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