Inverno favorece a proliferação de vírus e bactérias, e agrava quadros de doenças respiratórias

Clima ameno, bebidas quentes e cobertores são características aconchegantes da estação mais fria do ano. Porém, a chegada do inverno, traz consigo também a redução das temperaturas e o clima seco, o que gera um aumento nas doenças respiratórias e, consequentemente, no número de atendimentos nas emergências. Segundo o médico do Hospital de Clínicas Nossa Senhora da Conceição, Dr. Laert Aguiar, isso acontece devido a proliferação de vírus e bactérias em ambientes fechados.
O médico explica que as doenças respiratórias mais comuns nos meses de inverno são síndromes gripais, pneumonias comunitárias, agudização de doenças respiratórias, como asma brônquica, sinusites, amigdalites e doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC). “Crianças, idosos com comorbidades e imunodeprimidos são os grupos mais vulneráveis e mais afetados nesta época do ano", pontua Dr. Laert.
O elevado número de queixas de doenças respiratórias pode ser explicado porque, no inverno, ocorre a mudança brusca de temperatura. Além disso, as pessoas ficam grande parte do tempo em ambientes fechados por causa do frio, o que favorece a propagação de vírus e bactérias que são transmitidos via gotículas respiratórias ou contato direto com a pessoa infectada.
Os sintomas mais graves das síndromes respiratórias agudas requerem atenção médica imediata. São sinais de atenção: febre refratária à medicação antitérmica, sinais de insuficiência respiratória (saturação menor que 94%), tosse refratária à medicação, como uso de xaropes anti-histamínicos e ou mucolíticos, sinais de esforço respiratório (frequência respiratória maior que 21 incursões respiratórias por minuto) e alteração do quadro neurológico como sonolência e\ou agitação.
Outro ponto a destacar é que, neste período do ano, os profissionais da saúde lidam com a alta demanda nos prontos atendimentos, enfrentando desafios para a realização de uma triagem rápida e eficiente. “É preciso atenção nas áreas isoladas para separar os pacientes com sintomas respiratórios daqueles com outras condições para evitar a disseminação de infecções”, explica o Dr. Laert.
Por isso, o clínico recomenda que os pacientes que têm condições respiratórias crônicas continuem a fazer o tratamento com as medicações de uso contínuo a fim de evitar intercorrências e que a população busque a emergência só quando os sintomas se agravarem.
“Evite ambientes fechados, higiene as mãos com água e sabão ou álcool e utilize máscaras em ambientes aglomerados e fechados”, finaliza o especialista. Assessoria HCNSC
Imagem: Reprodução Freepik
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