Território gaúcho é responsável por 70% da produção do cereal no Brasil
Usuários têm publicado nas redes sociais nesta quinta-feira (9) fotos de anúncios dos dois supermercados mais importantes de Três Rios limitando a compra de arroz em suas unidades. A restrição seria para evitar a falta de estoque do cereal nas prateleiras em meio às enchentes no Rio Grande do Sul – o estado é responsável por 70% da produção de arroz no Brasil.
A rede Bramil Supermercados, por exemplo, que conta com três unidades na cidade e em outras da região, como Paraíba do Sul e Levy Gasparian, informou que "a medida também tem sido adotada por outras redes e estabelecimentos que comercializam o produto, com o objetivo de evitar o esvaziamento das prateleiras".

Supermercado Bramil coloca aviso em prateleira para evitar desabastecimento de arroz. Foto: Valber da Costa
O ERJ também tentou contato com a Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária, Pesca e Abastecimento do Rio de Janeiro para entender a situação. A reportagem será atualizada tão logo uma resposta seja recebida.
Em nota divulgada na quarta-feira (8), a Abras (Associação Brasileira de Supermercados) afirmou que até o momento, os estoques e as operações de abastecimento do varejo estão normalizados e que recomenda que os clientes não façam estoques, para garantir o acesso contínuo ao produto.
Na terça (7), o governo federal anunciou a importação de até 1 milhão de toneladas de arroz. O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, afirmou que o objetivo é evitar a escassez do produto no mercado brasileiro.
Fávaro disse que o arroz deve ser comprado de produtores do Mercosul. "É arroz pronto para consumo, já descascado, para não afetar a relação de produtores, cerealistas e atacadistas."
A Conab é uma empresa estatal que tem como função auxiliar o governo federal na tomada de decisões sobre políticas agrícolas. Uma de suas áreas de atuação é a regulação do abastecimento interno por meio do estoque de produtos, como o arroz, evitando a oscilação dos preços.
Quando comprado, o arroz será distribuído pelo governo para pequenos mercados, segundo o ministério.
● Inicialmente, estimava-se uma safra de 10,6 milhões de toneladas, mas as recentes enchentes ameaçam reduzir esse número para menos de 10 milhões.
● Antes das chuvas, já se previam dificuldades devido aos baixos estoques e ao atraso no plantio causado pelas inundações de 2023.
● No Rio Grande do Sul, estimava-se uma contribuição de 7,5 milhões de toneladas para esta safra.
● No entanto, cerca de 800 mil toneladas da produção podem estar agora submersas devido às enchentes.
● Além disso, os silos de armazenamento foram afetados, comprometendo ainda mais a produção do estado.
● Essas adversidades logísticas contribuem para agravar a situação do abastecimento do mercado nacional.
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Usuários têm publicado nas redes sociais nesta quinta-feira (9) fotos de anúncios dos dois supermercados mais importantes de Três Rios limitando a compra de arroz em suas unidades. A restrição seria para evitar a falta de estoque do cereal nas prateleiras em meio às enchentes no Rio Grande do Sul – o estado é responsável por 70% da produção de arroz no Brasil.
A rede Bramil Supermercados, por exemplo, que conta com três unidades na cidade e em outras da região, como Paraíba do Sul e Levy Gasparian, informou que "a medida também tem sido adotada por outras redes e estabelecimentos que comercializam o produto, com o objetivo de evitar o esvaziamento das prateleiras".

Supermercado Bramil coloca aviso em prateleira para evitar desabastecimento de arroz. Foto: Valber da Costa
Em todas as suas unidades, os clientes não podem comprar mais do que 20 pacotes de arroz de 1kg, ou quatro de 5kg. Segundo a rede, no entanto, a medida é apenas preventiva e que, até o momento, não há falta de arroz em suas lojas. "O objetivo é evitar o esvaziamento das prateleiras e, assim, atender a todos os clientes.", diz nota da rede.
Também em Três Rios, circulam fotos de prateleiras do Royal Estoque com avisos semelhantes. Nas imagens, o comunicado limita a compra em apenas dois pacotes de arroz por pessoa. O Entre-Rios Jornal tentou contato com a rede, mas, até o momento, não obteve retorno.

Prateleiras do Royal Estoque com comunicado que limita a compra de arroz. Foto: Divulgação/ Redes Sociais
Nas redes sociais, usuários também publicaram fotos de supermercados em outros estados adotando esta medida.
Também em Três Rios, circulam fotos de prateleiras do Royal Estoque com avisos semelhantes. Nas imagens, o comunicado limita a compra em apenas dois pacotes de arroz por pessoa. O Entre-Rios Jornal tentou contato com a rede, mas, até o momento, não obteve retorno.

Prateleiras do Royal Estoque com comunicado que limita a compra de arroz. Foto: Divulgação/ Redes Sociais
Nas redes sociais, usuários também publicaram fotos de supermercados em outros estados adotando esta medida.
Não há relatos, porém, de que grandes redes já teriam orientado suas unidades a restringir a compra de arroz.
Galera já começaram a racionar arroz no supermercado da minha cidade, máximo 10 kg por cliente, eu moro no ES. Fica a lição pra quem desdenha do RS, esse estado é muito importante pro Brasil e pro mundo. E eles são fortes e vão vencer essa dificuldade. pic.twitter.com/apLt8IloyJ
— Rhenzo🎮🤟🏻 (@RhenzoXB23) May 9, 2024
O ERJ também tentou contato com a Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária, Pesca e Abastecimento do Rio de Janeiro para entender a situação. A reportagem será atualizada tão logo uma resposta seja recebida.
Em nota divulgada na quarta-feira (8), a Abras (Associação Brasileira de Supermercados) afirmou que até o momento, os estoques e as operações de abastecimento do varejo estão normalizados e que recomenda que os clientes não façam estoques, para garantir o acesso contínuo ao produto.
Na terça (7), o governo federal anunciou a importação de até 1 milhão de toneladas de arroz. O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, afirmou que o objetivo é evitar a escassez do produto no mercado brasileiro.
Fávaro disse que o arroz deve ser comprado de produtores do Mercosul. "É arroz pronto para consumo, já descascado, para não afetar a relação de produtores, cerealistas e atacadistas."
A Conab é uma empresa estatal que tem como função auxiliar o governo federal na tomada de decisões sobre políticas agrícolas. Uma de suas áreas de atuação é a regulação do abastecimento interno por meio do estoque de produtos, como o arroz, evitando a oscilação dos preços.
"[A liberação] não significa que se vai comprar 1 milhão de toneladas, porque como eu disse, o Brasil é praticamente autossuficiente. Não queremos concorrer, abaixar o preço dos produtores, mas não podemos deixar também haver desabastecimento e subirem os preços nas gôndolas dos supermercados", disse o ministro.
Quando comprado, o arroz será distribuído pelo governo para pequenos mercados, segundo o ministério.
A preocupação dos mercadistascom a oferta do cereal existe por causa de 6 fatores principais:
Cenário Desafiador na Produção de Arroz:
● O Brasil, grande consumidor interno de arroz, depende em grande parte da produção do Rio Grande do Sul, que corresponde a 70% do total.● Inicialmente, estimava-se uma safra de 10,6 milhões de toneladas, mas as recentes enchentes ameaçam reduzir esse número para menos de 10 milhões.
● Antes das chuvas, já se previam dificuldades devido aos baixos estoques e ao atraso no plantio causado pelas inundações de 2023.
Impacto das Enchentes na Produção Gaúcha:
● No Rio Grande do Sul, estimava-se uma contribuição de 7,5 milhões de toneladas para esta safra.
● No entanto, cerca de 800 mil toneladas da produção podem estar agora submersas devido às enchentes.
● Além disso, os silos de armazenamento foram afetados, comprometendo ainda mais a produção do estado.
Desafios no Transporte e Armazenamento:
● O transporte do arroz colhido enfrenta dificuldades devido à destruição das estradas causada pelas enchentes.● Essas adversidades logísticas contribuem para agravar a situação do abastecimento do mercado nacional.
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