A busca pela felicidade

A busca pela felicidade parece acompanhar o homem desde sempre.Quem não quer ser feliz?Mas, apesar de a buscar há tanto tempo, parece conhecer ainda muito pouco sobre ela e sobre o mecanismo que a cria em si mesmo. O que é exatamente afelicidade? Onde a buscar e como a alcançar? Ela é um fim ou uma consequência? E é algo que se conquista por meio de ações concretas ou é algo aleatório, sobre o qual temos pouco controle?

Alcançar a felicidade requer refletir mais profundamente sobre ela, colocando maior atenção sobre os momentos de felicidade que se experimenta. Infelizmente isso é algo que ainda fazemos pouco. Eu saberia descrever o que levou aos momentos de felicidade que experimentei? O que eu fiz de certo para, no final, senti-la? E saberia replicar esses momentos em outras circunstâncias da vida, expandindo indefinidamente a felicidade em mim? E aqui temos o primeiro grande elemento que a Logosofia ensina sobre esse tema: a felicidade requer conhecimentos. E não falamos de conhecimentos técnicos ou científicos, mas sim de conhecimentos transcendentes, que abarcam tudo o que se encontra em nosso mundo interior, incluindo suas tão importantes partes psicológica e espiritual.

Infelizmente o homem ainda desconhece esse mundo interior e vive em geral ausente e distante de si mesmo. Por falta desses conhecimentos, o homem sabe pouco sobre sua realidade biospsicoespiritual e desconhece o que influencia seus estados internos. Assim, fatos e coisas desse mundo passam desapercebidos, e o homem termina por não conhecer o que favorece e promove a felicidade, bem como o que o distancia dela. Como ser feliz quando se vive desconectado de si mesmo e do próprio mundo interior? Como ser feliz quando se vive distante do próprio espírito, da natureza e da Criação?

Desde a infância, adolescência e juventude, a Logosofia ensina o homem a descobrir e surpreender a própria realidade interna, oferecendo-lhe os recursos para que conheça mais sobre si mesmo e se reconecte com seu espírito. E ensina o homem a superar-se, operando verdadeiros prodígios em sua psicologia individual. Afinal, a felicidade vem não só do conhecimento de si mesmo, mas também dos conhecimentos que se adquire a partir da própria superação e evolução.

Mais do que lhe alcançar enquanto um alvo subjetivo, a felicidade pode e deve ser criada dentro de si mesmo. Para isso, a revisão de conceitos é um recurso valioso que a Logosofia oferece ao homem. Muitas vezes, a confusão, frustração ou insensibilidade que experimentamos são influenciados por conceitos equivocados que inconscientemente carregamos em nós. Oferecendo conceitos elevados, nobres e permanentes para que sejam comparados com os que se possui, a Logosofia dá ao homem a possibilidade de escolher aquele que considera mais valioso para edificar sua felicidade. Quanto mais elevados e cheios de verdade são os conceitos, mais possibilidades tem o ser de engrandecer sua vida, reconectando-se com seu próprio espírito e com a Criação.

Já se disse que se perde aquilo que não se valoriza. A felicidade começa em pequenos momentos de bem que vamos experimentando ao longo do dia. A Logosofia ensina a sentir felicidade nas pequenas coisas que se realiza durante o dia, para que cada uma seja como um tijolo que se adiciona ao grande edifício da felicidade própria. Isso implica experimentar a vida com crescente consciência, reconhecendo e valorizando esses momentos, que representam pequenas porções de bem que nos são oferecidos. Não pode haver felicidade onde há ingratidão.

É fato que a vida é luta e que nos é dado enfrentar também muitos desafios e adversidades. Estar ativo, trabalhando por uma vida, cria felicidade. E, ao se cultivar qualidade pessoais, ao fortalecer em si os sentimentos mais ternos e ao identificar a vida com um ideal superior – que lhe dê um propósito maior – , a Logosofia permite ao ser encontrar os meios para neutralizar e abrandar as horas de dificuldade, de sofrimento ou de simples contrariedade. Elas são parte da vida e, por paradoxal que pareça, podem também colaborar na construção da felicidade em si mesmo.

Criar a felicidade em si mesmo é, portanto, um processo que requer pequenas ações e movimentos diários, que permitam ao homem retomar o controle sobre sua vida. E requer a disposição de experimentar verdadeiramente a vida com o propósito de aprender e crescer, o que inclui também passar pelos momentos naturais de lutas, dificuldades e sofrimento. A partir do conhecimento e consciência com que experimentamos cada momento, e as opções e decisões que tomamos a partir deles, podemos ir experimentando, com o tempo, essa sensação de maior conexão com a vida e com a Criação, que nos enche de energias e faz-nos sentir plenos, conectados e presentes.

Frederico Gagliardi

Investigador e docente de Logosofia

Fundação Logosófica em Prol da Superação Humana

www.logosofia.org.brrj-tresrios@logosofia.org.br Whatsapp (24) 988421575

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