Por Patricia Tavares
O melhor é o seu sentimento. Esse é o maior termômetro para tudo o que está fora de você.
Não é sobre quantas coisas você possui, é sobre como se sente com essas coisas.
Não é sobre as roupas que usa, é sobre se sentir feliz com qualquer roupa.
Não é sobre quantas pessoas conhece, o quanto é popular... é sobre se sentir em liberdade, querido, benquisto. É sobre o quanto se sente à vontade perto das pessoas, o quanto se sente você, bem e feliz...
É possível estar em um lugar incrível, luxuoso, mas estar vazio por dentro e esse lugar não representar algo bom e até ser uma experiência desagradável. Poderá até se tornar uma experiência opressora.
Um lugar bom é aquele em que se sente bem.
Um lugar maravilhoso pode ser aquele em que se sente em paz.
Pessoas interessantes, em determinado momento da vida, podem ser aquelas que o façam rir de doer a barriga, podem ser aquelas com quem a gente ri junto de doer a barriga.
Uma pessoa que seja bacana, em um determinado momento da vida, pode ser representada por aquela outra pessoa que tem profundo respeito por você e o permite ser quem é, sem cobrar nada, sem julgar ou criticar.
A métrica das relações, da vida, da felicidade, do contentamento, não está na soma numérica, não está no valor quantitativo, e sim no valor que tal coisa ou pessoa representa para o seu coração, para sua alma.
O poder da avaliação de como se sente diante de situações, pessoas e coisas, diz mais do valor real que representam para nós no âmbito interior.
Existem valores imensuráveis.
É pouco falado esse valor “antinumérico”, uma espécie de quantidade que só pode ser observada, avaliada com a medida do coração, que quer dizer o mesmo: que só pode ser avaliada com a medida dos sentimentos.
Como uma pessoa se sente diz tudo sobre o que e como ela vive.
Sobre o quanto está bom ou não algo em sua vida...
O melhor indicador de que se está no caminho certo ou não, é avaliar, perceber como está se sentindo.
Não é tão fácil quanto parece essa observação, essa avaliação; é um processo diante da vida e um exercício constante.
Olhar para dentro, observar o que realmente traz beleza, alegria, vivacidade, luz para o seu ser por dentro, requer uma análise minuciosa, perspicaz e leva tempo para se conseguir perceber de verdade tudo isso...
Mas o processo é muito interessante, ainda mais quando nesse processo vai desfocando tudo aquilo que não faz bem, tudo aquilo que oprime. Não oferece mais atenção para o que é pouco, quase nada, não oferece mais atenção para quem não traz nenhum acréscimo.
E segue erguido por si mesmo e pela sua potência que faz estabelecer critérios e uma seleção própria daquilo que permanece e aquilo que sai da sua vida, sem barulhos, sem alardes, quase como uma seleção natural. Com silêncio e alegria. Com muita paz e harmonia. Com equilíbrio e amor próprio.
Porque são os dispostos que se atraem, e não os opostos.
Luz atrai luz...
Benquerer atrai benquerer.
Liberdade atrai liberdade.
Respeito atrai mais respeito.
Alegria atrai mais alegria...
“Que a importância de uma coisa não se mede com fita métrica nem com balanças nem barômetros etc. Que a importância de uma coisa há que ser medida pelo encantamento que a coisa produza em nós.” (Manoel de Barros)
“É preciso olhar para seu interior, com um melhor olhar, com o olhar do encantamento, do sentimento...
Foto: Reprodução
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