
Redação
Quem não gosta de samba... Felizmente a maioria, em devoção ao ritmo, estará presente na quarta edição do "Busão do Samba", que sairá neste sábado, 2 de dezembro, dia dedicado ao gênero musical genuinamente brasileiro, de frente ao bar temático Benguelê, no bairro do Cantagalo, ao lado da quadra da escola de samba Bambas do Ritmo. O trajeto terá muito samba com um repertório que promete não deixar ninguém parado.
A animada roda de samba itinerante terá início às 11h30, quando o ônibus sairá da Avenida Ruy Barbosa em direção à Praça JK. Em seguida, o itinerário inclui o Bar da Deumar Reis (próximo à Praça Antônio Mendes - Peixinhos), com breve parada. O samba segue animado passando pelas ruas Dr. Vasconcelos, Barão do Rio Branco, Valmir Peçanha (sentido Bramil da Praça da Autonomia), seguindo até a Vila Isabel, retornando na rotatória do Sase, passando no Bar do Rafael, voltando pela Vila Isabel no sentido Praça Manoel Pinheiro, rua do cemitério São José, do Quincão, com um bate e volta no Caixa D'água retornando no sentido rua Benjamin Constant, passando pelo bairro do Cantagalo (Populares) e retornando ao Benguelê, onde a roda de samba terá a participação do Grupo Samba Top de Raiz com participação de amigos e convidados: Serginho Gama Tijucano cantor (RJ), a pequena sambista Valentina Mossi, Zé Carlos Forrogode, Ronaldo Odelamin cuíca (JF), Caçula do Banho (JF), Preto BenéZinho cantor (JF), Batista Coqueiral Compositor (JF), Régis da Vila Compositor (JF) e Jorge Pires Compositor (JF).
A festa pelo Dia Nacional do Samba terá, ainda, além de homenagens ao ritmo, tributo aos grandes baluartes e personalidades que marcaram a trajetória do samba no Brasil.
Samba solidário

Segundo Dirceu Duarte, ex-presidente da escola de samba Bambas do Ritmo e proprietário do bar temático, a entrada no Busão do Samba será com uma caixa de leite longa vida. As doações serão destinadas à entidades filantrópicas da cidade. "É só fazer o sinal no PONTO e Sambar com a gente", afirma Dirceu.
Motivo da comemoração
Envolvida em controvérsias, a data comemorativa teria inicialmente sido criada em terras baianas, quando o vereador Luís Monteiro da Costa, teve a iniciativa de homenagear Ary Barroso (7/11/1903-9/2/1964), que havia composto a canção "Na Baixa do Sapateiro", que fala da Bahia, embora até aquele momento, o consagrado compositor mineiro ainda não estivesse visitado a capital daquele estado.

Em 2 de dezembro de 1960, Ary foi a Salvador pela primeira vez e a data ficou marcada para sempre no calendário baiano e com o passar dos anos comemorada em outros estados brasileiros.
Porém, alguns registros indicam que, um pouco antes, o deputado estadual Anésio Frota Aguiar, em 19 de novembro de 1962, teria apresentado um projeto de lei à Assembleia Legislativa do Estado da Guanabara, propondo que no dia 2 de dezembro fosse instituído o Dia do Samba.
Alguns registros históricos relatam, ainda, que a escolha de tal data, de acordo com o projeto, teria sido uma sugestão do então presidente da Associação Brasileira das Escolas de Samba, Servan Heitor de Carvalho, sob argumento de que naquela data “começavam, por determinação legal, os ensaios das referidas escolas, visando o carnaval do ano seguinte”.
Alguns dias depois, de 28 de novembro a 2 de dezembro, foi celebrado no Rio de Janeiro o I Congresso Nacional do Samba, que foi encerrado com a Carta do Samba.
O documento, redigido pelo etnólogo, folclorista e historiador Edison Carneiro, mencionava em sua sexta página a sanção do projeto de lei de Frota Aguiar que oficializaria a data magna do samba no dia 2 de dezembro.
O projeto de lei, porém, teve o veto do então governador da Guanabara Carlos Lacerda e só se tornou lei em 7 de agosto de 1964, com a derrubada do veto pelos deputados guanabarenses.
Sendo a partir desse acontecimento, que o vereador soteropolitado, teria tido conhecimento do fato e sugerido a data aos membros do legislativo da capital Salvador.
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