Seap bloqueia sinal de aparelhos celulares para impedir que presos transmitam ordens a comparsas durante Operação Maré

Polícia Penal apreende 58 aparelhos celulares e 1 quilo de material aparentemente entorpecente em ação de vistoria em Bangu 3 e Bangu 4


Em ação integrada com as demais forças de segurança, a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária do Rio de Janeiro (Seap) realizou, nesta segunda-feira (9), uma operação especial de inteligência na Penitenciária Gabriel Ferreira Castilho (Bangu 3) e na Penitenciária Jonas Lopes de Carvalho (Bangu 4), com o objetivo de impedir que lideranças criminosas presas pudessem transmitir ordens a seus comparsas durante a Operação Maré. A intervenção, que contou com a participação de cerca de 250 inspetores de polícia penal, teve como objetivo desarticular a rede de comando das facções que atuam na região, por meio do bloqueio prévio dos aparelhos celulares e apreensões de equipamentos.

Por meio de uma parceria com a Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen), a Seap conseguiu identificar e inabilitar aparelhos celulares que estavam sendo utilizados por esses custodiados em ambas as unidades prisionais. Para realizar o procedimento, a Seap contou com dispositivos tecnológicos trazidos pela Senappen para o Rio de Janeiro especialmente para a operação, que foram operados em cooperação por Inspetores de Polícia Penal do Rio de Janeiro da Subsecretaria de Inteligência e policiais penais federais a partir das muralhas das unidades.

"A Seap hoje está colocando Bangu 3 e 4 em 'modo avião'. Em operação integrada com as demais forças de segurança do estado e a Senappen, a Polícia Penal está trabalhando para desarticular a comunicação entre lideranças criminosas e as facções que atuam nas áreas que estão sendo foco das operações desta segunda. Por meio de um conjunto de ações de inteligência, o objetivo é mitigar a capacidade desses grupos de se reorganizar, contribuindo para a efetividade da operação", Maria Rosa Lo Duca Nebel.


Vistorias em Bangu 3 e 4


Ao mesmo tempo em que as forças de segurança deram início à operação Maré, com ações no Complexo da Maré, Vila Cruzeiro e Cidade de Deus, a Seap promoveu uma grande operação nas Penitenciárias Bangu 3 e Bangu 4, com foco na apreensão de aparelhos celulares. Durante a ação, foram apreendidos cerca de um quilo de material aparentemente entorpecente e 58 aparelho celulares (34 em Bangu 3 e 24 em Bangu 4), dos quais parte deles será submetida para a perícia do Cellebrite, ferramenta israelense de inteligência, adquirida pelo Governo do Estado este ano para a Seap, capaz de quebrar a criptografia dos aparelhos, podendo inclusive recuperar mensagens que eventualmente tenham sido apagadas. As informações úteis obtidas por meio dessa análise serão disponibilizadas para a Polícia Civil.

Para essa vistoria, a Subsecretaria Operacional da Seap lançou mão de uma nova arma contra o crime, também adquirida esse ano: o scanner de mão. Munidos com o equipamento, os Inspetores de Polícia Penal podem checar esconderijos improvisados por presos para ocultar aparelhos celulares e outros itens ilícitos dentro das celas e identificar itens que antes poderiam passar despercebidos. 


Núcleo de Imprensa do Governo do Estado do Rio de Janeiro
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