Não se desvalorize, por nada e nem por ninguém...

No momento em que uma pessoa se distancia da sua essência, ela tende a se afastar de coisas importantes, fundamentais para sua vida. Isso é algo complexo e perigoso.

Quando não se está olhando para aquilo em que acredita e não se prioriza sua potencialidade, pode se perder no oceano de prioridades dos outros, de necessidades alheias que não são as suas...

A verdade é sempre a que toca o seu coração e, mesmo estando em grupo, em par, cada pessoa precisa saber melhor sobre si mesmo e sobre respeito por si mesmo e ter consciência total do que não se pode “abrir mão" por nada, nem por ninguém.

Mas, para se ter maior consciência de suas prioridades, é preciso distinguir aquilo que considera importante e o que não considera importante, ver principalmente o que considera, independente do que os outros consideram.

O que faz sentido para sua vida, pode não fazer a vida do outro. É fundamental olhar de forma muito respeitosa para você e para sua vida para compreender tudo aquilo que realmente é melhor para sua existência.

Saber que o outro, os outros possuem seus interesses e identificar que não são seus, para que priorize seus interesses e identificar que não seus e, assim, conseguir priorizar os seus, e não sair de forma nenhuma da sua essência, de suas crenças e valores.

Pois quando se distancia dos seus valores mais profundos, da sua essência, em função de um grupo, de um par, a pessoa vai se perdendo de si mesma, existe uma morte simbólica de quem ela realmente é. Depois, ela terá dificuldades de se reconhecer, e isso trará sofrimento.

Por isso, muitas vezes, ouvimos pessoas dizerem: "Eu não sei mais quem eu sou". Por priorizarem as necessidades ou valores dos outros em detrimento dos seus...

Esse é o pior efeito de alguém que se deixa em segundo plano para dar mais valor para uma pessoa ou grupo...

É fundamental se colocar em primeiro lugar, olhar antes para seus valores, suas necessidades e isso não tem absolutamente nenhuma relação com egoísmo, egocentrismo; tem relação com não se perder, com "não abrir mão" do que se acredita por nada e nem por ninguém.

Participar socialmente, culturalmente, com parceria com alguém, não significa se despersonalizar, ou priorizar o outro mais do que a si mesmo. Um grupo ou um par, outras pessoas com que convivemos são importantes para nós, é necessário respeito, entendimento, compreensão com os outros e dos outros conosco, afinando interesses, valores, mas ninguém precisa e deve anular o que compreende como fundamental e importante, como características marcantes de sua personalidade, de seu comportamento por causa de alguém, da convivência, do grupo.

Existe uma marca registrada de cada pessoa que a distingue de todas as outras e que faz cada um ter o seu brilho único, sua identidade, uma série de características que são sua forma de expressão, sua essência. E quem convive com uma pessoa, precisa respeitar, incondicionalmente, a unicidade dessa pessoa.

Quando alguém se modifica por causa de uma pessoa, grupo... é extremamente complexo isso, é perigoso, pois dessa forma a pessoa se modificando, por qualquer justificativa, irá se tornar infeliz ao longo do tempo e, invariavelmente, em algum momento, deixará de se reconhecer enquanto personalidade e comportamento.

Olhe para o seu coração e deixe ele o orientar qual o lugar não lhe pertence, quem não está agregando a sua vida, e se retire...

Quando o outro insiste em não querer ver o que de mais precioso possui, ao ponto de o anular, invadir, ou forçar, de alguma forma algo na convivência, para que você haja exatamente como convém a ele, está desrespeitando totalmente o seu ser, a sua condição.

Você também não se sentirá nada bem em ceder a caprichos do outro, poderá até se sentir triste, amargurado por estar de alguma forma passando por cima de você.

É preciso respeitar o que existe de mais "sagrado" em cada um de nós, sem nenhuma negociação...

Quando existe amizade verdadeira, amor real, as pessoas irão respeitar, acima de tudo, a sua essência, não irão querer te mudar para se beneficiarem... ou simplesmente para o seu "bel prazer".


Por Patricia Tavares

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