A
Igreja do Brasil, em todos os níveis – comunitário, paroquial, diocesano,
regional e nacional – está empenhada na defesa da vida. Nesse horizonte é que
compartilhamos a nova mensagem de Dom Walmor Oliveira de Azevedo, Arcebispo de
Belo Horizonte (MG) e Presidente da CNBB, face ao risco da legalização do
aborto, publicada para o Dia do Nascituro. Eis o que ele nos diz:
O Dia
do Nascituro, 8 deoutubro, contribui para lembrar a
sociedade: a vida deve ser defendida em todas as suas etapas,
desde a primeira, na concepção, até a última, no declínio com a morte
natural. Proteger a vida significa ser contra o aborto, mas
também exige uma crítica profética à falta de políticas
públicas e a outras dinâmicas sociais que igualmente matam. O Evangelho
da vida está no centro da missão e da mensagem de Jesus. Por isso mesmo, a
Igreja deve ser irrestritamente fiel aos valores do Evangelho da vida,
buscando sempre partilhá-los. Cenários e práticas que ameaçam a
existência de cada pessoa devem incomodar os cristãos. Esse incômodo aponta
para a autenticidade da fé celebrada, professada e
testemunhada. Os discípulos de Jesus não podem estar em paz enquanto
convivem com desigualdades e com práticas que ameaçam a inviolabilidade
da vida. Dissociar a vivência da fé cristã do compromisso com a
defesa de cada pessoa, especialmente dos mais vulneráveis, é sério risco, um
tipo de anestesia paralisante. E não basta defender
ferrenhamente apenas uma etapa da vida, se esquecendo, desconsiderando
ou silenciando-se em relação aos prejuízos cruéis impostos
às muitas outras.
A
profecia cristã tem um dimensionamento global – exige a defesa da vida em
todas as suas fases. Não se pode, pois, correr o risco de cair no
desequilíbrio, constituindo uma espécie de fanatismo a respeito de determinada
etapa enquanto se cultiva indiferença pelas demais. Assim, as narrativas
cristãs em defesa da vida, articulando linguagem e compreensão,
precisam contribuir para que a sociedade reconheça: todos têm
direito de viver dignamente. É preciso dedicar atenção ao conjunto
de estatísticas que expõem atentados contra a vida. Essa
realidade deve incomodar os discípulos de Cristo, chamados a
constatar: uma sociedade que se diz cristã é ferida
por vergonhosas desigualdades e privilégios – pesos ainda
maiores sobre os ombros dos pobres e desvalidos.
A fé
cristã vivida com autenticidade precisa inspirar nova compreensão
e, consequentemente, atitudes condizentes com as muitas lições do
Evangelho, orientadas para a defesa da vida em todas as suas
etapas. Trata-se de insubstituível ponto de partida para os discípulos de
Jesus que evita alienações, indiferenças, redução da fé a um
instrumento intimista e subjetivista – rejeitando a sua essencialidade, distanciando-se do
verdadeiro Deus da vida. Distanciamento comprovado pela carência de
mudanças na sociedade atual, um palco de disputas e manipulações
fratricidas, homicidas e feminicidas, com exclusões inaceitáveis para
um autêntico cristão.
O núcleo
central da missão redentora de Jesus Cristo, sublinhado em sua palavra
– “Eu vim para que todos tenham vida, e a tenham em
abundância” – precisa ser cotidianamente
reconhecido. A palavra forte do Mestre ilumina essa
verdade: homens e mulheres são chamados a uma plenitude de vida
que ultrapassa as dimensões da existência terrena, por consistir em
participar da própria vida de Deus. Aí estão raízes intocáveis e inegociáveis
da sacralidade da vida. E o reconhecimento de que a vida é dom
sagrado leva ao compromisso com a inviolabilidade do dom de
viver de cada pessoa, principalmente dos pobres e sofredores. A
grandeza temporal da vida tem raízes na sublimidade da vocação
sobrenatural, apontando que a vivência autêntica da fé
cristã significa profética luta em defesa do ser
humano.
O
reconhecimento do direito à vida, considerando todas as suas etapas,
é o alicerce seguro que sustenta a convivência humana e a comunidade
política. Cresce, pois, a urgência de os cristãos – e dos
que a eles se aliam por partilharem convicções, princípios e valores – anunciarem o
Evangelho da vida. As muitas crises na sociedade brasileira
– sanitária, econômica, política, ética, cultural
– devem interpelar os discípulos de Jesus, homens e
mulheres de boa vontade, para desarmar as armadilhas arquitetadas
pela ganância e pelo lucro – com suas manipulações e
inverdades que enjaulam cidadãos e cidadãs em
lógicas prejudiciais ao desabrochar da vida plena, atrasando, sempre
mais, o sonho de uma sociedade impulsionada pela fraternidade
universal.
Os
cristãos não ignorem a realidade desafiadora da contemporaneidade,
hibernando em “zonas de conforto”. Ao invés disso, é urgente
crescer na veneração e no compromisso com a vida do outro,
especialmente do pobre e indefeso, por uma sociedade solidária e fraterna.
A doutrina do Evangelho da vida só é vivida e
testemunhada quando inspira a busca por rumos novos, capazes de
afastar a sociedade dos cenários vergonhosos da desigualdade social
e de outros atentados contra a vida, dom inviolável. É hora de
novas lógicas, gerando renovadas narrativas com força
libertadora. Lembra bem o Papa Francisco: ninguém se salva sozinho. Todos
no mesmo barco. Valha, de verdade, o Evangelho da vida.
Medoro, irmão menor-padre pecadorA Igreja do Brasil, em todos os níveis – comunitário, paroquial, diocesano, regional e nacional – está empenhada na defesa da vida. Nesse horizonte é que compartilhamos a nova mensagem de Dom Walmor Oliveira de Azevedo, Arcebispo de Belo Horizonte (MG) e Presidente da CNBB, face ao risco da legalização do aborto, publicada para o Dia do Nascituro. Eis o que ele nos diz:
O Dia
do Nascituro, 8 deoutubro, contribui para lembrar a
sociedade: a vida deve ser defendida em todas as suas etapas,
desde a primeira, na concepção, até a última, no declínio com a morte
natural. Proteger a vida significa ser contra o aborto, mas
também exige uma crítica profética à falta de políticas
públicas e a outras dinâmicas sociais que igualmente matam. O Evangelho
da vida está no centro da missão e da mensagem de Jesus. Por isso mesmo, a
Igreja deve ser irrestritamente fiel aos valores do Evangelho da vida,
buscando sempre partilhá-los. Cenários e práticas que ameaçam a
existência de cada pessoa devem incomodar os cristãos. Esse incômodo aponta
para a autenticidade da fé celebrada, professada e
testemunhada. Os discípulos de Jesus não podem estar em paz enquanto
convivem com desigualdades e com práticas que ameaçam a inviolabilidade
da vida. Dissociar a vivência da fé cristã do compromisso com a
defesa de cada pessoa, especialmente dos mais vulneráveis, é sério risco, um
tipo de anestesia paralisante. E não basta defender
ferrenhamente apenas uma etapa da vida, se esquecendo, desconsiderando
ou silenciando-se em relação aos prejuízos cruéis impostos
às muitas outras.
A
profecia cristã tem um dimensionamento global – exige a defesa da vida em
todas as suas fases. Não se pode, pois, correr o risco de cair no
desequilíbrio, constituindo uma espécie de fanatismo a respeito de determinada
etapa enquanto se cultiva indiferença pelas demais. Assim, as narrativas
cristãs em defesa da vida, articulando linguagem e compreensão,
precisam contribuir para que a sociedade reconheça: todos têm
direito de viver dignamente. É preciso dedicar atenção ao conjunto
de estatísticas que expõem atentados contra a vida. Essa
realidade deve incomodar os discípulos de Cristo, chamados a
constatar: uma sociedade que se diz cristã é ferida
por vergonhosas desigualdades e privilégios – pesos ainda
maiores sobre os ombros dos pobres e desvalidos.
A fé
cristã vivida com autenticidade precisa inspirar nova compreensão
e, consequentemente, atitudes condizentes com as muitas lições do
Evangelho, orientadas para a defesa da vida em todas as suas
etapas. Trata-se de insubstituível ponto de partida para os discípulos de
Jesus que evita alienações, indiferenças, redução da fé a um
instrumento intimista e subjetivista – rejeitando a sua essencialidade, distanciando-se do
verdadeiro Deus da vida. Distanciamento comprovado pela carência de
mudanças na sociedade atual, um palco de disputas e manipulações
fratricidas, homicidas e feminicidas, com exclusões inaceitáveis para
um autêntico cristão.
O núcleo
central da missão redentora de Jesus Cristo, sublinhado em sua palavra
– “Eu vim para que todos tenham vida, e a tenham em
abundância” – precisa ser cotidianamente
reconhecido. A palavra forte do Mestre ilumina essa
verdade: homens e mulheres são chamados a uma plenitude de vida
que ultrapassa as dimensões da existência terrena, por consistir em
participar da própria vida de Deus. Aí estão raízes intocáveis e inegociáveis
da sacralidade da vida. E o reconhecimento de que a vida é dom
sagrado leva ao compromisso com a inviolabilidade do dom de
viver de cada pessoa, principalmente dos pobres e sofredores. A
grandeza temporal da vida tem raízes na sublimidade da vocação
sobrenatural, apontando que a vivência autêntica da fé
cristã significa profética luta em defesa do ser
humano.
O
reconhecimento do direito à vida, considerando todas as suas etapas,
é o alicerce seguro que sustenta a convivência humana e a comunidade
política. Cresce, pois, a urgência de os cristãos – e dos
que a eles se aliam por partilharem convicções, princípios e valores – anunciarem o
Evangelho da vida. As muitas crises na sociedade brasileira
– sanitária, econômica, política, ética, cultural
– devem interpelar os discípulos de Jesus, homens e
mulheres de boa vontade, para desarmar as armadilhas arquitetadas
pela ganância e pelo lucro – com suas manipulações e
inverdades que enjaulam cidadãos e cidadãs em
lógicas prejudiciais ao desabrochar da vida plena, atrasando, sempre
mais, o sonho de uma sociedade impulsionada pela fraternidade
universal.
Os
cristãos não ignorem a realidade desafiadora da contemporaneidade,
hibernando em “zonas de conforto”. Ao invés disso, é urgente
crescer na veneração e no compromisso com a vida do outro,
especialmente do pobre e indefeso, por uma sociedade solidária e fraterna.
A doutrina do Evangelho da vida só é vivida e
testemunhada quando inspira a busca por rumos novos, capazes de
afastar a sociedade dos cenários vergonhosos da desigualdade social
e de outros atentados contra a vida, dom inviolável. É hora de
novas lógicas, gerando renovadas narrativas com força
libertadora. Lembra bem o Papa Francisco: ninguém se salva sozinho. Todos
no mesmo barco. Valha, de verdade, o Evangelho da vida.
Medoro, irmão menor-padre pecadorA Igreja do Brasil, em todos os níveis – comunitário, paroquial, diocesano, regional e nacional – está empenhada na defesa da vida. Nesse horizonte é que compartilhamos a nova mensagem de Dom Walmor Oliveira de Azevedo, Arcebispo de Belo Horizonte (MG) e Presidente da CNBB, face ao risco da legalização do aborto, publicada para o Dia do Nascituro. Eis o que ele nos diz:
O Dia
do Nascituro, 8 deoutubro, contribui para lembrar a
sociedade: a vida deve ser defendida em todas as suas etapas,
desde a primeira, na concepção, até a última, no declínio com a morte
natural. Proteger a vida significa ser contra o aborto, mas
também exige uma crítica profética à falta de políticas
públicas e a outras dinâmicas sociais que igualmente matam. O Evangelho
da vida está no centro da missão e da mensagem de Jesus. Por isso mesmo, a
Igreja deve ser irrestritamente fiel aos valores do Evangelho da vida,
buscando sempre partilhá-los. Cenários e práticas que ameaçam a
existência de cada pessoa devem incomodar os cristãos. Esse incômodo aponta
para a autenticidade da fé celebrada, professada e
testemunhada. Os discípulos de Jesus não podem estar em paz enquanto
convivem com desigualdades e com práticas que ameaçam a inviolabilidade
da vida. Dissociar a vivência da fé cristã do compromisso com a
defesa de cada pessoa, especialmente dos mais vulneráveis, é sério risco, um
tipo de anestesia paralisante. E não basta defender
ferrenhamente apenas uma etapa da vida, se esquecendo, desconsiderando
ou silenciando-se em relação aos prejuízos cruéis impostos
às muitas outras.
A
profecia cristã tem um dimensionamento global – exige a defesa da vida em
todas as suas fases. Não se pode, pois, correr o risco de cair no
desequilíbrio, constituindo uma espécie de fanatismo a respeito de determinada
etapa enquanto se cultiva indiferença pelas demais. Assim, as narrativas
cristãs em defesa da vida, articulando linguagem e compreensão,
precisam contribuir para que a sociedade reconheça: todos têm
direito de viver dignamente. É preciso dedicar atenção ao conjunto
de estatísticas que expõem atentados contra a vida. Essa
realidade deve incomodar os discípulos de Cristo, chamados a
constatar: uma sociedade que se diz cristã é ferida
por vergonhosas desigualdades e privilégios – pesos ainda
maiores sobre os ombros dos pobres e desvalidos.
A fé
cristã vivida com autenticidade precisa inspirar nova compreensão
e, consequentemente, atitudes condizentes com as muitas lições do
Evangelho, orientadas para a defesa da vida em todas as suas
etapas. Trata-se de insubstituível ponto de partida para os discípulos de
Jesus que evita alienações, indiferenças, redução da fé a um
instrumento intimista e subjetivista – rejeitando a sua essencialidade, distanciando-se do
verdadeiro Deus da vida. Distanciamento comprovado pela carência de
mudanças na sociedade atual, um palco de disputas e manipulações
fratricidas, homicidas e feminicidas, com exclusões inaceitáveis para
um autêntico cristão.
O núcleo
central da missão redentora de Jesus Cristo, sublinhado em sua palavra
– “Eu vim para que todos tenham vida, e a tenham em
abundância” – precisa ser cotidianamente
reconhecido. A palavra forte do Mestre ilumina essa
verdade: homens e mulheres são chamados a uma plenitude de vida
que ultrapassa as dimensões da existência terrena, por consistir em
participar da própria vida de Deus. Aí estão raízes intocáveis e inegociáveis
da sacralidade da vida. E o reconhecimento de que a vida é dom
sagrado leva ao compromisso com a inviolabilidade do dom de
viver de cada pessoa, principalmente dos pobres e sofredores. A
grandeza temporal da vida tem raízes na sublimidade da vocação
sobrenatural, apontando que a vivência autêntica da fé
cristã significa profética luta em defesa do ser
humano.
O
reconhecimento do direito à vida, considerando todas as suas etapas,
é o alicerce seguro que sustenta a convivência humana e a comunidade
política. Cresce, pois, a urgência de os cristãos – e dos
que a eles se aliam por partilharem convicções, princípios e valores – anunciarem o
Evangelho da vida. As muitas crises na sociedade brasileira
– sanitária, econômica, política, ética, cultural
– devem interpelar os discípulos de Jesus, homens e
mulheres de boa vontade, para desarmar as armadilhas arquitetadas
pela ganância e pelo lucro – com suas manipulações e
inverdades que enjaulam cidadãos e cidadãs em
lógicas prejudiciais ao desabrochar da vida plena, atrasando, sempre
mais, o sonho de uma sociedade impulsionada pela fraternidade
universal.
Os
cristãos não ignorem a realidade desafiadora da contemporaneidade,
hibernando em “zonas de conforto”. Ao invés disso, é urgente
crescer na veneração e no compromisso com a vida do outro,
especialmente do pobre e indefeso, por uma sociedade solidária e fraterna.
A doutrina do Evangelho da vida só é vivida e
testemunhada quando inspira a busca por rumos novos, capazes de
afastar a sociedade dos cenários vergonhosos da desigualdade social
e de outros atentados contra a vida, dom inviolável. É hora de
novas lógicas, gerando renovadas narrativas com força
libertadora. Lembra bem o Papa Francisco: ninguém se salva sozinho. Todos
no mesmo barco. Valha, de verdade, o Evangelho da vida.
Medoro, irmão menor-padre pecadorA Igreja do Brasil, em todos os níveis – comunitário, paroquial, diocesano, regional e nacional – está empenhada na defesa da vida. Nesse horizonte é que compartilhamos a nova mensagem de Dom Walmor Oliveira de Azevedo, Arcebispo de Belo Horizonte (MG) e Presidente da CNBB, face ao risco da legalização do aborto, publicada para o Dia do Nascituro. Eis o que ele nos diz:
O Dia
do Nascituro, 8 deoutubro, contribui para lembrar a
sociedade: a vida deve ser defendida em todas as suas etapas,
desde a primeira, na concepção, até a última, no declínio com a morte
natural. Proteger a vida significa ser contra o aborto, mas
também exige uma crítica profética à falta de políticas
públicas e a outras dinâmicas sociais que igualmente matam. O Evangelho
da vida está no centro da missão e da mensagem de Jesus. Por isso mesmo, a
Igreja deve ser irrestritamente fiel aos valores do Evangelho da vida,
buscando sempre partilhá-los. Cenários e práticas que ameaçam a
existência de cada pessoa devem incomodar os cristãos. Esse incômodo aponta
para a autenticidade da fé celebrada, professada e
testemunhada. Os discípulos de Jesus não podem estar em paz enquanto
convivem com desigualdades e com práticas que ameaçam a inviolabilidade
da vida. Dissociar a vivência da fé cristã do compromisso com a
defesa de cada pessoa, especialmente dos mais vulneráveis, é sério risco, um
tipo de anestesia paralisante. E não basta defender
ferrenhamente apenas uma etapa da vida, se esquecendo, desconsiderando
ou silenciando-se em relação aos prejuízos cruéis impostos
às muitas outras.
A
profecia cristã tem um dimensionamento global – exige a defesa da vida em
todas as suas fases. Não se pode, pois, correr o risco de cair no
desequilíbrio, constituindo uma espécie de fanatismo a respeito de determinada
etapa enquanto se cultiva indiferença pelas demais. Assim, as narrativas
cristãs em defesa da vida, articulando linguagem e compreensão,
precisam contribuir para que a sociedade reconheça: todos têm
direito de viver dignamente. É preciso dedicar atenção ao conjunto
de estatísticas que expõem atentados contra a vida. Essa
realidade deve incomodar os discípulos de Cristo, chamados a
constatar: uma sociedade que se diz cristã é ferida
por vergonhosas desigualdades e privilégios – pesos ainda
maiores sobre os ombros dos pobres e desvalidos.
A fé
cristã vivida com autenticidade precisa inspirar nova compreensão
e, consequentemente, atitudes condizentes com as muitas lições do
Evangelho, orientadas para a defesa da vida em todas as suas
etapas. Trata-se de insubstituível ponto de partida para os discípulos de
Jesus que evita alienações, indiferenças, redução da fé a um
instrumento intimista e subjetivista – rejeitando a sua essencialidade, distanciando-se do
verdadeiro Deus da vida. Distanciamento comprovado pela carência de
mudanças na sociedade atual, um palco de disputas e manipulações
fratricidas, homicidas e feminicidas, com exclusões inaceitáveis para
um autêntico cristão.
O núcleo
central da missão redentora de Jesus Cristo, sublinhado em sua palavra
– “Eu vim para que todos tenham vida, e a tenham em
abundância” – precisa ser cotidianamente
reconhecido. A palavra forte do Mestre ilumina essa
verdade: homens e mulheres são chamados a uma plenitude de vida
que ultrapassa as dimensões da existência terrena, por consistir em
participar da própria vida de Deus. Aí estão raízes intocáveis e inegociáveis
da sacralidade da vida. E o reconhecimento de que a vida é dom
sagrado leva ao compromisso com a inviolabilidade do dom de
viver de cada pessoa, principalmente dos pobres e sofredores. A
grandeza temporal da vida tem raízes na sublimidade da vocação
sobrenatural, apontando que a vivência autêntica da fé
cristã significa profética luta em defesa do ser
humano.
O
reconhecimento do direito à vida, considerando todas as suas etapas,
é o alicerce seguro que sustenta a convivência humana e a comunidade
política. Cresce, pois, a urgência de os cristãos – e dos
que a eles se aliam por partilharem convicções, princípios e valores – anunciarem o
Evangelho da vida. As muitas crises na sociedade brasileira
– sanitária, econômica, política, ética, cultural
– devem interpelar os discípulos de Jesus, homens e
mulheres de boa vontade, para desarmar as armadilhas arquitetadas
pela ganância e pelo lucro – com suas manipulações e
inverdades que enjaulam cidadãos e cidadãs em
lógicas prejudiciais ao desabrochar da vida plena, atrasando, sempre
mais, o sonho de uma sociedade impulsionada pela fraternidade
universal.
Os
cristãos não ignorem a realidade desafiadora da contemporaneidade,
hibernando em “zonas de conforto”. Ao invés disso, é urgente
crescer na veneração e no compromisso com a vida do outro,
especialmente do pobre e indefeso, por uma sociedade solidária e fraterna.
A doutrina do Evangelho da vida só é vivida e
testemunhada quando inspira a busca por rumos novos, capazes de
afastar a sociedade dos cenários vergonhosos da desigualdade social
e de outros atentados contra a vida, dom inviolável. É hora de
novas lógicas, gerando renovadas narrativas com força
libertadora. Lembra bem o Papa Francisco: ninguém se salva sozinho. Todos
no mesmo barco. Valha, de verdade, o Evangelho da vida.
Medoro, irmão menor-padre pecadorA Igreja do Brasil, em todos os níveis – comunitário, paroquial, diocesano, regional e nacional – está empenhada na defesa da vida. Nesse horizonte é que compartilhamos a nova mensagem de Dom Walmor Oliveira de Azevedo, Arcebispo de Belo Horizonte (MG) e Presidente da CNBB, face ao risco da legalização do aborto, publicada para o Dia do Nascituro. Eis o que ele nos diz:
O Dia
do Nascituro, 8 deoutubro, contribui para lembrar a
sociedade: a vida deve ser defendida em todas as suas etapas,
desde a primeira, na concepção, até a última, no declínio com a morte
natural. Proteger a vida significa ser contra o aborto, mas
também exige uma crítica profética à falta de políticas
públicas e a outras dinâmicas sociais que igualmente matam. O Evangelho
da vida está no centro da missão e da mensagem de Jesus. Por isso mesmo, a
Igreja deve ser irrestritamente fiel aos valores do Evangelho da vida,
buscando sempre partilhá-los. Cenários e práticas que ameaçam a
existência de cada pessoa devem incomodar os cristãos. Esse incômodo aponta
para a autenticidade da fé celebrada, professada e
testemunhada. Os discípulos de Jesus não podem estar em paz enquanto
convivem com desigualdades e com práticas que ameaçam a inviolabilidade
da vida. Dissociar a vivência da fé cristã do compromisso com a
defesa de cada pessoa, especialmente dos mais vulneráveis, é sério risco, um
tipo de anestesia paralisante. E não basta defender
ferrenhamente apenas uma etapa da vida, se esquecendo, desconsiderando
ou silenciando-se em relação aos prejuízos cruéis impostos
às muitas outras.
A
profecia cristã tem um dimensionamento global – exige a defesa da vida em
todas as suas fases. Não se pode, pois, correr o risco de cair no
desequilíbrio, constituindo uma espécie de fanatismo a respeito de determinada
etapa enquanto se cultiva indiferença pelas demais. Assim, as narrativas
cristãs em defesa da vida, articulando linguagem e compreensão,
precisam contribuir para que a sociedade reconheça: todos têm
direito de viver dignamente. É preciso dedicar atenção ao conjunto
de estatísticas que expõem atentados contra a vida. Essa
realidade deve incomodar os discípulos de Cristo, chamados a
constatar: uma sociedade que se diz cristã é ferida
por vergonhosas desigualdades e privilégios – pesos ainda
maiores sobre os ombros dos pobres e desvalidos.
A fé
cristã vivida com autenticidade precisa inspirar nova compreensão
e, consequentemente, atitudes condizentes com as muitas lições do
Evangelho, orientadas para a defesa da vida em todas as suas
etapas. Trata-se de insubstituível ponto de partida para os discípulos de
Jesus que evita alienações, indiferenças, redução da fé a um
instrumento intimista e subjetivista – rejeitando a sua essencialidade, distanciando-se do
verdadeiro Deus da vida. Distanciamento comprovado pela carência de
mudanças na sociedade atual, um palco de disputas e manipulações
fratricidas, homicidas e feminicidas, com exclusões inaceitáveis para
um autêntico cristão.
O núcleo
central da missão redentora de Jesus Cristo, sublinhado em sua palavra
– “Eu vim para que todos tenham vida, e a tenham em
abundância” – precisa ser cotidianamente
reconhecido. A palavra forte do Mestre ilumina essa
verdade: homens e mulheres são chamados a uma plenitude de vida
que ultrapassa as dimensões da existência terrena, por consistir em
participar da própria vida de Deus. Aí estão raízes intocáveis e inegociáveis
da sacralidade da vida. E o reconhecimento de que a vida é dom
sagrado leva ao compromisso com a inviolabilidade do dom de
viver de cada pessoa, principalmente dos pobres e sofredores. A
grandeza temporal da vida tem raízes na sublimidade da vocação
sobrenatural, apontando que a vivência autêntica da fé
cristã significa profética luta em defesa do ser
humano.
O
reconhecimento do direito à vida, considerando todas as suas etapas,
é o alicerce seguro que sustenta a convivência humana e a comunidade
política. Cresce, pois, a urgência de os cristãos – e dos
que a eles se aliam por partilharem convicções, princípios e valores – anunciarem o
Evangelho da vida. As muitas crises na sociedade brasileira
– sanitária, econômica, política, ética, cultural
– devem interpelar os discípulos de Jesus, homens e
mulheres de boa vontade, para desarmar as armadilhas arquitetadas
pela ganância e pelo lucro – com suas manipulações e
inverdades que enjaulam cidadãos e cidadãs em
lógicas prejudiciais ao desabrochar da vida plena, atrasando, sempre
mais, o sonho de uma sociedade impulsionada pela fraternidade
universal.
Os
cristãos não ignorem a realidade desafiadora da contemporaneidade,
hibernando em “zonas de conforto”. Ao invés disso, é urgente
crescer na veneração e no compromisso com a vida do outro,
especialmente do pobre e indefeso, por uma sociedade solidária e fraterna.
A doutrina do Evangelho da vida só é vivida e
testemunhada quando inspira a busca por rumos novos, capazes de
afastar a sociedade dos cenários vergonhosos da desigualdade social
e de outros atentados contra a vida, dom inviolável. É hora de
novas lógicas, gerando renovadas narrativas com força
libertadora. Lembra bem o Papa Francisco: ninguém se salva sozinho. Todos
no mesmo barco. Valha, de verdade, o Evangelho da vida.
Medoro, irmão menor-padre pecadorA Igreja do Brasil, em todos os níveis – comunitário, paroquial, diocesano, regional e nacional – está empenhada na defesa da vida. Nesse horizonte é que compartilhamos a nova mensagem de Dom Walmor Oliveira de Azevedo, Arcebispo de Belo Horizonte (MG) e Presidente da CNBB, face ao risco da legalização do aborto, publicada para o Dia do Nascituro. Eis o que ele nos diz:
O Dia
do Nascituro, 8 deoutubro, contribui para lembrar a
sociedade: a vida deve ser defendida em todas as suas etapas,
desde a primeira, na concepção, até a última, no declínio com a morte
natural. Proteger a vida significa ser contra o aborto, mas
também exige uma crítica profética à falta de políticas
públicas e a outras dinâmicas sociais que igualmente matam. O Evangelho
da vida está no centro da missão e da mensagem de Jesus. Por isso mesmo, a
Igreja deve ser irrestritamente fiel aos valores do Evangelho da vida,
buscando sempre partilhá-los. Cenários e práticas que ameaçam a
existência de cada pessoa devem incomodar os cristãos. Esse incômodo aponta
para a autenticidade da fé celebrada, professada e
testemunhada. Os discípulos de Jesus não podem estar em paz enquanto
convivem com desigualdades e com práticas que ameaçam a inviolabilidade
da vida. Dissociar a vivência da fé cristã do compromisso com a
defesa de cada pessoa, especialmente dos mais vulneráveis, é sério risco, um
tipo de anestesia paralisante. E não basta defender
ferrenhamente apenas uma etapa da vida, se esquecendo, desconsiderando
ou silenciando-se em relação aos prejuízos cruéis impostos
às muitas outras.
A
profecia cristã tem um dimensionamento global – exige a defesa da vida em
todas as suas fases. Não se pode, pois, correr o risco de cair no
desequilíbrio, constituindo uma espécie de fanatismo a respeito de determinada
etapa enquanto se cultiva indiferença pelas demais. Assim, as narrativas
cristãs em defesa da vida, articulando linguagem e compreensão,
precisam contribuir para que a sociedade reconheça: todos têm
direito de viver dignamente. É preciso dedicar atenção ao conjunto
de estatísticas que expõem atentados contra a vida. Essa
realidade deve incomodar os discípulos de Cristo, chamados a
constatar: uma sociedade que se diz cristã é ferida
por vergonhosas desigualdades e privilégios – pesos ainda
maiores sobre os ombros dos pobres e desvalidos.
A fé
cristã vivida com autenticidade precisa inspirar nova compreensão
e, consequentemente, atitudes condizentes com as muitas lições do
Evangelho, orientadas para a defesa da vida em todas as suas
etapas. Trata-se de insubstituível ponto de partida para os discípulos de
Jesus que evita alienações, indiferenças, redução da fé a um
instrumento intimista e subjetivista – rejeitando a sua essencialidade, distanciando-se do
verdadeiro Deus da vida. Distanciamento comprovado pela carência de
mudanças na sociedade atual, um palco de disputas e manipulações
fratricidas, homicidas e feminicidas, com exclusões inaceitáveis para
um autêntico cristão.
O núcleo
central da missão redentora de Jesus Cristo, sublinhado em sua palavra
– “Eu vim para que todos tenham vida, e a tenham em
abundância” – precisa ser cotidianamente
reconhecido. A palavra forte do Mestre ilumina essa
verdade: homens e mulheres são chamados a uma plenitude de vida
que ultrapassa as dimensões da existência terrena, por consistir em
participar da própria vida de Deus. Aí estão raízes intocáveis e inegociáveis
da sacralidade da vida. E o reconhecimento de que a vida é dom
sagrado leva ao compromisso com a inviolabilidade do dom de
viver de cada pessoa, principalmente dos pobres e sofredores. A
grandeza temporal da vida tem raízes na sublimidade da vocação
sobrenatural, apontando que a vivência autêntica da fé
cristã significa profética luta em defesa do ser
humano.
O
reconhecimento do direito à vida, considerando todas as suas etapas,
é o alicerce seguro que sustenta a convivência humana e a comunidade
política. Cresce, pois, a urgência de os cristãos – e dos
que a eles se aliam por partilharem convicções, princípios e valores – anunciarem o
Evangelho da vida. As muitas crises na sociedade brasileira
– sanitária, econômica, política, ética, cultural
– devem interpelar os discípulos de Jesus, homens e
mulheres de boa vontade, para desarmar as armadilhas arquitetadas
pela ganância e pelo lucro – com suas manipulações e
inverdades que enjaulam cidadãos e cidadãs em
lógicas prejudiciais ao desabrochar da vida plena, atrasando, sempre
mais, o sonho de uma sociedade impulsionada pela fraternidade
universal.
Os
cristãos não ignorem a realidade desafiadora da contemporaneidade,
hibernando em “zonas de conforto”. Ao invés disso, é urgente
crescer na veneração e no compromisso com a vida do outro,
especialmente do pobre e indefeso, por uma sociedade solidária e fraterna.
A doutrina do Evangelho da vida só é vivida e
testemunhada quando inspira a busca por rumos novos, capazes de
afastar a sociedade dos cenários vergonhosos da desigualdade social
e de outros atentados contra a vida, dom inviolável. É hora de
novas lógicas, gerando renovadas narrativas com força
libertadora. Lembra bem o Papa Francisco: ninguém se salva sozinho. Todos
no mesmo barco. Valha, de verdade, o Evangelho da vida.
Medoro, irmão menor-padre pecadorA Igreja do Brasil, em todos os níveis – comunitário, paroquial, diocesano, regional e nacional – está empenhada na defesa da vida. Nesse horizonte é que compartilhamos a nova mensagem de Dom Walmor Oliveira de Azevedo, Arcebispo de Belo Horizonte (MG) e Presidente da CNBB, face ao risco da legalização do aborto, publicada para o Dia do Nascituro. Eis o que ele nos diz:
O Dia
do Nascituro, 8 deoutubro, contribui para lembrar a
sociedade: a vida deve ser defendida em todas as suas etapas,
desde a primeira, na concepção, até a última, no declínio com a morte
natural. Proteger a vida significa ser contra o aborto, mas
também exige uma crítica profética à falta de políticas
públicas e a outras dinâmicas sociais que igualmente matam. O Evangelho
da vida está no centro da missão e da mensagem de Jesus. Por isso mesmo, a
Igreja deve ser irrestritamente fiel aos valores do Evangelho da vida,
buscando sempre partilhá-los. Cenários e práticas que ameaçam a
existência de cada pessoa devem incomodar os cristãos. Esse incômodo aponta
para a autenticidade da fé celebrada, professada e
testemunhada. Os discípulos de Jesus não podem estar em paz enquanto
convivem com desigualdades e com práticas que ameaçam a inviolabilidade
da vida. Dissociar a vivência da fé cristã do compromisso com a
defesa de cada pessoa, especialmente dos mais vulneráveis, é sério risco, um
tipo de anestesia paralisante. E não basta defender
ferrenhamente apenas uma etapa da vida, se esquecendo, desconsiderando
ou silenciando-se em relação aos prejuízos cruéis impostos
às muitas outras.
A
profecia cristã tem um dimensionamento global – exige a defesa da vida em
todas as suas fases. Não se pode, pois, correr o risco de cair no
desequilíbrio, constituindo uma espécie de fanatismo a respeito de determinada
etapa enquanto se cultiva indiferença pelas demais. Assim, as narrativas
cristãs em defesa da vida, articulando linguagem e compreensão,
precisam contribuir para que a sociedade reconheça: todos têm
direito de viver dignamente. É preciso dedicar atenção ao conjunto
de estatísticas que expõem atentados contra a vida. Essa
realidade deve incomodar os discípulos de Cristo, chamados a
constatar: uma sociedade que se diz cristã é ferida
por vergonhosas desigualdades e privilégios – pesos ainda
maiores sobre os ombros dos pobres e desvalidos.
A fé
cristã vivida com autenticidade precisa inspirar nova compreensão
e, consequentemente, atitudes condizentes com as muitas lições do
Evangelho, orientadas para a defesa da vida em todas as suas
etapas. Trata-se de insubstituível ponto de partida para os discípulos de
Jesus que evita alienações, indiferenças, redução da fé a um
instrumento intimista e subjetivista – rejeitando a sua essencialidade, distanciando-se do
verdadeiro Deus da vida. Distanciamento comprovado pela carência de
mudanças na sociedade atual, um palco de disputas e manipulações
fratricidas, homicidas e feminicidas, com exclusões inaceitáveis para
um autêntico cristão.
O núcleo
central da missão redentora de Jesus Cristo, sublinhado em sua palavra
– “Eu vim para que todos tenham vida, e a tenham em
abundância” – precisa ser cotidianamente
reconhecido. A palavra forte do Mestre ilumina essa
verdade: homens e mulheres são chamados a uma plenitude de vida
que ultrapassa as dimensões da existência terrena, por consistir em
participar da própria vida de Deus. Aí estão raízes intocáveis e inegociáveis
da sacralidade da vida. E o reconhecimento de que a vida é dom
sagrado leva ao compromisso com a inviolabilidade do dom de
viver de cada pessoa, principalmente dos pobres e sofredores. A
grandeza temporal da vida tem raízes na sublimidade da vocação
sobrenatural, apontando que a vivência autêntica da fé
cristã significa profética luta em defesa do ser
humano.
O
reconhecimento do direito à vida, considerando todas as suas etapas,
é o alicerce seguro que sustenta a convivência humana e a comunidade
política. Cresce, pois, a urgência de os cristãos – e dos
que a eles se aliam por partilharem convicções, princípios e valores – anunciarem o
Evangelho da vida. As muitas crises na sociedade brasileira
– sanitária, econômica, política, ética, cultural
– devem interpelar os discípulos de Jesus, homens e
mulheres de boa vontade, para desarmar as armadilhas arquitetadas
pela ganância e pelo lucro – com suas manipulações e
inverdades que enjaulam cidadãos e cidadãs em
lógicas prejudiciais ao desabrochar da vida plena, atrasando, sempre
mais, o sonho de uma sociedade impulsionada pela fraternidade
universal.
Os
cristãos não ignorem a realidade desafiadora da contemporaneidade,
hibernando em “zonas de conforto”. Ao invés disso, é urgente
crescer na veneração e no compromisso com a vida do outro,
especialmente do pobre e indefeso, por uma sociedade solidária e fraterna.
A doutrina do Evangelho da vida só é vivida e
testemunhada quando inspira a busca por rumos novos, capazes de
afastar a sociedade dos cenários vergonhosos da desigualdade social
e de outros atentados contra a vida, dom inviolável. É hora de
novas lógicas, gerando renovadas narrativas com força
libertadora. Lembra bem o Papa Francisco: ninguém se salva sozinho. Todos
no mesmo barco. Valha, de verdade, o Evangelho da vida.
Medoro, irmão menor-padre pecadorA Igreja do Brasil, em todos os níveis – comunitário, paroquial, diocesano, regional e nacional – está empenhada na defesa da vida. Nesse horizonte é que compartilhamos a nova mensagem de Dom Walmor Oliveira de Azevedo, Arcebispo de Belo Horizonte (MG) e Presidente da CNBB, face ao risco da legalização do aborto, publicada para o Dia do Nascituro. Eis o que ele nos diz:
O Dia
do Nascituro, 8 deoutubro, contribui para lembrar a
sociedade: a vida deve ser defendida em todas as suas etapas,
desde a primeira, na concepção, até a última, no declínio com a morte
natural. Proteger a vida significa ser contra o aborto, mas
também exige uma crítica profética à falta de políticas
públicas e a outras dinâmicas sociais que igualmente matam. O Evangelho
da vida está no centro da missão e da mensagem de Jesus. Por isso mesmo, a
Igreja deve ser irrestritamente fiel aos valores do Evangelho da vida,
buscando sempre partilhá-los. Cenários e práticas que ameaçam a
existência de cada pessoa devem incomodar os cristãos. Esse incômodo aponta
para a autenticidade da fé celebrada, professada e
testemunhada. Os discípulos de Jesus não podem estar em paz enquanto
convivem com desigualdades e com práticas que ameaçam a inviolabilidade
da vida. Dissociar a vivência da fé cristã do compromisso com a
defesa de cada pessoa, especialmente dos mais vulneráveis, é sério risco, um
tipo de anestesia paralisante. E não basta defender
ferrenhamente apenas uma etapa da vida, se esquecendo, desconsiderando
ou silenciando-se em relação aos prejuízos cruéis impostos
às muitas outras.
A
profecia cristã tem um dimensionamento global – exige a defesa da vida em
todas as suas fases. Não se pode, pois, correr o risco de cair no
desequilíbrio, constituindo uma espécie de fanatismo a respeito de determinada
etapa enquanto se cultiva indiferença pelas demais. Assim, as narrativas
cristãs em defesa da vida, articulando linguagem e compreensão,
precisam contribuir para que a sociedade reconheça: todos têm
direito de viver dignamente. É preciso dedicar atenção ao conjunto
de estatísticas que expõem atentados contra a vida. Essa
realidade deve incomodar os discípulos de Cristo, chamados a
constatar: uma sociedade que se diz cristã é ferida
por vergonhosas desigualdades e privilégios – pesos ainda
maiores sobre os ombros dos pobres e desvalidos.
A fé
cristã vivida com autenticidade precisa inspirar nova compreensão
e, consequentemente, atitudes condizentes com as muitas lições do
Evangelho, orientadas para a defesa da vida em todas as suas
etapas. Trata-se de insubstituível ponto de partida para os discípulos de
Jesus que evita alienações, indiferenças, redução da fé a um
instrumento intimista e subjetivista – rejeitando a sua essencialidade, distanciando-se do
verdadeiro Deus da vida. Distanciamento comprovado pela carência de
mudanças na sociedade atual, um palco de disputas e manipulações
fratricidas, homicidas e feminicidas, com exclusões inaceitáveis para
um autêntico cristão.
O núcleo
central da missão redentora de Jesus Cristo, sublinhado em sua palavra
– “Eu vim para que todos tenham vida, e a tenham em
abundância” – precisa ser cotidianamente
reconhecido. A palavra forte do Mestre ilumina essa
verdade: homens e mulheres são chamados a uma plenitude de vida
que ultrapassa as dimensões da existência terrena, por consistir em
participar da própria vida de Deus. Aí estão raízes intocáveis e inegociáveis
da sacralidade da vida. E o reconhecimento de que a vida é dom
sagrado leva ao compromisso com a inviolabilidade do dom de
viver de cada pessoa, principalmente dos pobres e sofredores. A
grandeza temporal da vida tem raízes na sublimidade da vocação
sobrenatural, apontando que a vivência autêntica da fé
cristã significa profética luta em defesa do ser
humano.
O
reconhecimento do direito à vida, considerando todas as suas etapas,
é o alicerce seguro que sustenta a convivência humana e a comunidade
política. Cresce, pois, a urgência de os cristãos – e dos
que a eles se aliam por partilharem convicções, princípios e valores – anunciarem o
Evangelho da vida. As muitas crises na sociedade brasileira
– sanitária, econômica, política, ética, cultural
– devem interpelar os discípulos de Jesus, homens e
mulheres de boa vontade, para desarmar as armadilhas arquitetadas
pela ganância e pelo lucro – com suas manipulações e
inverdades que enjaulam cidadãos e cidadãs em
lógicas prejudiciais ao desabrochar da vida plena, atrasando, sempre
mais, o sonho de uma sociedade impulsionada pela fraternidade
universal.
Os
cristãos não ignorem a realidade desafiadora da contemporaneidade,
hibernando em “zonas de conforto”. Ao invés disso, é urgente
crescer na veneração e no compromisso com a vida do outro,
especialmente do pobre e indefeso, por uma sociedade solidária e fraterna.
A doutrina do Evangelho da vida só é vivida e
testemunhada quando inspira a busca por rumos novos, capazes de
afastar a sociedade dos cenários vergonhosos da desigualdade social
e de outros atentados contra a vida, dom inviolável. É hora de
novas lógicas, gerando renovadas narrativas com força
libertadora. Lembra bem o Papa Francisco: ninguém se salva sozinho. Todos
no mesmo barco. Valha, de verdade, o Evangelho da vida.
Medoro, irmão menor-padre pecadorA Igreja do Brasil, em todos os níveis – comunitário, paroquial, diocesano, regional e nacional – está empenhada na defesa da vida. Nesse horizonte é que compartilhamos a nova mensagem de Dom Walmor Oliveira de Azevedo, Arcebispo de Belo Horizonte (MG) e Presidente da CNBB, face ao risco da legalização do aborto, publicada para o Dia do Nascituro. Eis o que ele nos diz:
O Dia
do Nascituro, 8 deoutubro, contribui para lembrar a
sociedade: a vida deve ser defendida em todas as suas etapas,
desde a primeira, na concepção, até a última, no declínio com a morte
natural. Proteger a vida significa ser contra o aborto, mas
também exige uma crítica profética à falta de políticas
públicas e a outras dinâmicas sociais que igualmente matam. O Evangelho
da vida está no centro da missão e da mensagem de Jesus. Por isso mesmo, a
Igreja deve ser irrestritamente fiel aos valores do Evangelho da vida,
buscando sempre partilhá-los. Cenários e práticas que ameaçam a
existência de cada pessoa devem incomodar os cristãos. Esse incômodo aponta
para a autenticidade da fé celebrada, professada e
testemunhada. Os discípulos de Jesus não podem estar em paz enquanto
convivem com desigualdades e com práticas que ameaçam a inviolabilidade
da vida. Dissociar a vivência da fé cristã do compromisso com a
defesa de cada pessoa, especialmente dos mais vulneráveis, é sério risco, um
tipo de anestesia paralisante. E não basta defender
ferrenhamente apenas uma etapa da vida, se esquecendo, desconsiderando
ou silenciando-se em relação aos prejuízos cruéis impostos
às muitas outras.
A
profecia cristã tem um dimensionamento global – exige a defesa da vida em
todas as suas fases. Não se pode, pois, correr o risco de cair no
desequilíbrio, constituindo uma espécie de fanatismo a respeito de determinada
etapa enquanto se cultiva indiferença pelas demais. Assim, as narrativas
cristãs em defesa da vida, articulando linguagem e compreensão,
precisam contribuir para que a sociedade reconheça: todos têm
direito de viver dignamente. É preciso dedicar atenção ao conjunto
de estatísticas que expõem atentados contra a vida. Essa
realidade deve incomodar os discípulos de Cristo, chamados a
constatar: uma sociedade que se diz cristã é ferida
por vergonhosas desigualdades e privilégios – pesos ainda
maiores sobre os ombros dos pobres e desvalidos.
A fé
cristã vivida com autenticidade precisa inspirar nova compreensão
e, consequentemente, atitudes condizentes com as muitas lições do
Evangelho, orientadas para a defesa da vida em todas as suas
etapas. Trata-se de insubstituível ponto de partida para os discípulos de
Jesus que evita alienações, indiferenças, redução da fé a um
instrumento intimista e subjetivista – rejeitando a sua essencialidade, distanciando-se do
verdadeiro Deus da vida. Distanciamento comprovado pela carência de
mudanças na sociedade atual, um palco de disputas e manipulações
fratricidas, homicidas e feminicidas, com exclusões inaceitáveis para
um autêntico cristão.
O núcleo
central da missão redentora de Jesus Cristo, sublinhado em sua palavra
– “Eu vim para que todos tenham vida, e a tenham em
abundância” – precisa ser cotidianamente
reconhecido. A palavra forte do Mestre ilumina essa
verdade: homens e mulheres são chamados a uma plenitude de vida
que ultrapassa as dimensões da existência terrena, por consistir em
participar da própria vida de Deus. Aí estão raízes intocáveis e inegociáveis
da sacralidade da vida. E o reconhecimento de que a vida é dom
sagrado leva ao compromisso com a inviolabilidade do dom de
viver de cada pessoa, principalmente dos pobres e sofredores. A
grandeza temporal da vida tem raízes na sublimidade da vocação
sobrenatural, apontando que a vivência autêntica da fé
cristã significa profética luta em defesa do ser
humano.
O
reconhecimento do direito à vida, considerando todas as suas etapas,
é o alicerce seguro que sustenta a convivência humana e a comunidade
política. Cresce, pois, a urgência de os cristãos – e dos
que a eles se aliam por partilharem convicções, princípios e valores – anunciarem o
Evangelho da vida. As muitas crises na sociedade brasileira
– sanitária, econômica, política, ética, cultural
– devem interpelar os discípulos de Jesus, homens e
mulheres de boa vontade, para desarmar as armadilhas arquitetadas
pela ganância e pelo lucro – com suas manipulações e
inverdades que enjaulam cidadãos e cidadãs em
lógicas prejudiciais ao desabrochar da vida plena, atrasando, sempre
mais, o sonho de uma sociedade impulsionada pela fraternidade
universal.
Os
cristãos não ignorem a realidade desafiadora da contemporaneidade,
hibernando em “zonas de conforto”. Ao invés disso, é urgente
crescer na veneração e no compromisso com a vida do outro,
especialmente do pobre e indefeso, por uma sociedade solidária e fraterna.
A doutrina do Evangelho da vida só é vivida e
testemunhada quando inspira a busca por rumos novos, capazes de
afastar a sociedade dos cenários vergonhosos da desigualdade social
e de outros atentados contra a vida, dom inviolável. É hora de
novas lógicas, gerando renovadas narrativas com força
libertadora. Lembra bem o Papa Francisco: ninguém se salva sozinho. Todos
no mesmo barco. Valha, de verdade, o Evangelho da vida.
Medoro, irmão menor-padre pecadorA Igreja do Brasil, em todos os níveis – comunitário, paroquial, diocesano, regional e nacional – está empenhada na defesa da vida. Nesse horizonte é que compartilhamos a nova mensagem de Dom Walmor Oliveira de Azevedo, Arcebispo de Belo Horizonte (MG) e Presidente da CNBB, face ao risco da legalização do aborto, publicada para o Dia do Nascituro. Eis o que ele nos diz:
O Dia
do Nascituro, 8 deoutubro, contribui para lembrar a
sociedade: a vida deve ser defendida em todas as suas etapas,
desde a primeira, na concepção, até a última, no declínio com a morte
natural. Proteger a vida significa ser contra o aborto, mas
também exige uma crítica profética à falta de políticas
públicas e a outras dinâmicas sociais que igualmente matam. O Evangelho
da vida está no centro da missão e da mensagem de Jesus. Por isso mesmo, a
Igreja deve ser irrestritamente fiel aos valores do Evangelho da vida,
buscando sempre partilhá-los. Cenários e práticas que ameaçam a
existência de cada pessoa devem incomodar os cristãos. Esse incômodo aponta
para a autenticidade da fé celebrada, professada e
testemunhada. Os discípulos de Jesus não podem estar em paz enquanto
convivem com desigualdades e com práticas que ameaçam a inviolabilidade
da vida. Dissociar a vivência da fé cristã do compromisso com a
defesa de cada pessoa, especialmente dos mais vulneráveis, é sério risco, um
tipo de anestesia paralisante. E não basta defender
ferrenhamente apenas uma etapa da vida, se esquecendo, desconsiderando
ou silenciando-se em relação aos prejuízos cruéis impostos
às muitas outras.
A
profecia cristã tem um dimensionamento global – exige a defesa da vida em
todas as suas fases. Não se pode, pois, correr o risco de cair no
desequilíbrio, constituindo uma espécie de fanatismo a respeito de determinada
etapa enquanto se cultiva indiferença pelas demais. Assim, as narrativas
cristãs em defesa da vida, articulando linguagem e compreensão,
precisam contribuir para que a sociedade reconheça: todos têm
direito de viver dignamente. É preciso dedicar atenção ao conjunto
de estatísticas que expõem atentados contra a vida. Essa
realidade deve incomodar os discípulos de Cristo, chamados a
constatar: uma sociedade que se diz cristã é ferida
por vergonhosas desigualdades e privilégios – pesos ainda
maiores sobre os ombros dos pobres e desvalidos.
A fé
cristã vivida com autenticidade precisa inspirar nova compreensão
e, consequentemente, atitudes condizentes com as muitas lições do
Evangelho, orientadas para a defesa da vida em todas as suas
etapas. Trata-se de insubstituível ponto de partida para os discípulos de
Jesus que evita alienações, indiferenças, redução da fé a um
instrumento intimista e subjetivista – rejeitando a sua essencialidade, distanciando-se do
verdadeiro Deus da vida. Distanciamento comprovado pela carência de
mudanças na sociedade atual, um palco de disputas e manipulações
fratricidas, homicidas e feminicidas, com exclusões inaceitáveis para
um autêntico cristão.
O núcleo
central da missão redentora de Jesus Cristo, sublinhado em sua palavra
– “Eu vim para que todos tenham vida, e a tenham em
abundância” – precisa ser cotidianamente
reconhecido. A palavra forte do Mestre ilumina essa
verdade: homens e mulheres são chamados a uma plenitude de vida
que ultrapassa as dimensões da existência terrena, por consistir em
participar da própria vida de Deus. Aí estão raízes intocáveis e inegociáveis
da sacralidade da vida. E o reconhecimento de que a vida é dom
sagrado leva ao compromisso com a inviolabilidade do dom de
viver de cada pessoa, principalmente dos pobres e sofredores. A
grandeza temporal da vida tem raízes na sublimidade da vocação
sobrenatural, apontando que a vivência autêntica da fé
cristã significa profética luta em defesa do ser
humano.
O
reconhecimento do direito à vida, considerando todas as suas etapas,
é o alicerce seguro que sustenta a convivência humana e a comunidade
política. Cresce, pois, a urgência de os cristãos – e dos
que a eles se aliam por partilharem convicções, princípios e valores – anunciarem o
Evangelho da vida. As muitas crises na sociedade brasileira
– sanitária, econômica, política, ética, cultural
– devem interpelar os discípulos de Jesus, homens e
mulheres de boa vontade, para desarmar as armadilhas arquitetadas
pela ganância e pelo lucro – com suas manipulações e
inverdades que enjaulam cidadãos e cidadãs em
lógicas prejudiciais ao desabrochar da vida plena, atrasando, sempre
mais, o sonho de uma sociedade impulsionada pela fraternidade
universal.
Os
cristãos não ignorem a realidade desafiadora da contemporaneidade,
hibernando em “zonas de conforto”. Ao invés disso, é urgente
crescer na veneração e no compromisso com a vida do outro,
especialmente do pobre e indefeso, por uma sociedade solidária e fraterna.
A doutrina do Evangelho da vida só é vivida e
testemunhada quando inspira a busca por rumos novos, capazes de
afastar a sociedade dos cenários vergonhosos da desigualdade social
e de outros atentados contra a vida, dom inviolável. É hora de
novas lógicas, gerando renovadas narrativas com força
libertadora. Lembra bem o Papa Francisco: ninguém se salva sozinho. Todos
no mesmo barco. Valha, de verdade, o Evangelho da vida.
Medoro, irmão menor-padre pecador
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