A vida e a esperança - Setembro Amarelo



É natural que transitemos entre os altos e baixos durante a caminhada da vida, mas ela não precisa ser temida por ser sentida...

Por vezes nos percebemos diante dos oceanos da existência e insistimos em nadar contra determinadas marés ao invés de buscarmos compreender melhor o contexto e seguirmos em direção a melhores endereços.

Na vida, por vezes, passamos por problemas pessoais, profissionais e sociais. Não há como fingir que está tudo ok, quando, na realidade, estamos passando por algumas tempestades.

No âmbito laboral, tais fatores são grandes responsáveis por atrasos, faltas e presenteísmos.

A mente e o corpo precisam estar bem alinhadas, como uma embarcação precisa estar na sua melhor condição para poder transitar com excelência nos mares.

Muitas pessoas, quando enfrentam tempestades e não lidam bem com os contextos, e com o próprio “eu”, acabam por buscarem refúgios em determinadas alegrias passageiras, que podem cobrar um alto preço pela passagem. Um grande exemplo disso são os relacionamentos e situações indesejadas, o uso de substâncias para fugir da realidade, sejam remédios, “às vezes necessários”, mas, de forma demasiada, seja por bebidas alcóolicas e outras substâncias capazes de ceifar a capacidade do indivíduo de estar presente no presente do agora.

Vale ressaltar que o álcool é uma das piores drogas do mundo e a que mais leva a óbitos, no curto, médio e longo prazo; somada ao alcoolismo nem se fala. O número de acidentes de trânsito, brigas, prisões, conflitos, discussões, prejuízos financeiros, mortes por tais fatores, separações, desempregos e sequelas devido a tudo isso, são praticamente imensuráveis. Tudo isso se dá muito pelo fato das pessoas confundirem alegrias, “EUFORIAS”, às “falsas alegrias por assim dizer”, com a felicidade.

Muitas pessoas procuram remediar as suas frustrações advindas das expectativas e/ou decepções, com medidas paliativas, ao invés de buscarem compreender e tratarem as raízes.

Observação: existem inúmeras anomalias físicas e psicológicas que precisam de ajuda profissional e tratamentos adequados, tudo isso é muito indicado e os resultados positivos são cientificamente comprovados. Mas, muitas situações se devem aos duelos internos entre os pássaros e dragões que cada um carrega em seus pensamentos, sentimentos,emoções, corações e ações.

Os japoneses falam que possuímos três faces; uma mostramos para as pessoas em geral, outra para pessoas mais próximas, e outra somente para nós, para si, que envolve olhar diretamente nos espelhos mais profundos, mesmo em um mundo cada dia mais raso e superficial que bebe das águas dos paraísos artificias. O fato é que, pouquíssimas vezes buscamos olhar para dentro e analisar bem os contextos, pois, não se trata de algo fácil, envolve todo um processo de desenvolvimento e de melhoria contínua. Uma obra que reflete em parte sobre isso é a obra literária muito consagrada, “O Retrato de Dorian Gray”.

Compensa muito analisarmos o que por vezes estamos escondendo e/ou deixando de tratar para conseguirmos observar as raízes, o núcleo.

A alguns anos escrevi a obra literária “Flores e Espinhos”. Na obra disse que: “a vida é um labirinto repleto de espelhos. Olhar para si e para fora do labirinto diante do infinitonão é algo simples, pois, existem diversos caminhos cobertos por flores e espinhos capazes de ocasionar diversos reflexos, como o que compreendemos e sentimos como forma de dor, entretanto, quando compreendemos melhor as dores, as flores e espinhos, quando aprendemos mais sobre o “amor” e o praticamos, sentimos menos frio e nos cobrimos com o cobertor capaz de proporcionar mais conforto, calor, alívio, paz e esperança.

Caminhamos descalços nos paradoxos...

Transitamos mentalmente entre o passado, presente e o futuro, que será um novo agora...

Se estamos sempre em um agora, que vivamos então no presente do presente, no presente do agora, e que possamos abrir as comportas que não nos sabotam, como a da gratidão, a do amor e a do perdão, perdão aos outros e a nós mesmos... que tenhamos mais compaixão e paixão pelos verdadeiros milagres que residem em cada um de nós. Certa vez eu escrevi: “o segredo dos milagres consiste em saber contemplar os detalhes”.

Sobre o pior dos cenários que é o suicídio, o mesmo se trata de “um reflexo turvo e sombrio”. Sim, o suicídio é um reflexo turvo e sombrio. É algo muito sério que precisa ser tratado com muita seriedade, empatia e afeto.

Algo que ajuda muito a viver uma vida melhor ao invés de sobreviver desperdiçando, é ter e compreender os nossos propósitos, metas, métodos, valores e objetivos.

“A vida é muito linda para ser tingida apenas de cinza”...

Quando tudo estiver muito cinza, lembre-se: “poeme-se”...

“Quando preciso, saia do aquário que te limita, tome o controle da embarcação, mude as rotas, navegue em outras direções e busque novos objetivos”.

“Se viver é costurar um texto, costure bem a sua história”.

Seja forte e corajoso. Não se apavore nem desanime.

Por Jhean Garcia

Foto: Santa Garcia, Diogo Garcia e Miguel Garciafull-width

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