Oito pessoas são presas em operação contra quadrilha ligada ao tráfico de drogas em Sapucaia



Oito pessoas foram presas, suspeitas de integrar uma quadrilha ligada ao tráfico de drogas em Sapucaia, durante uma operação realizada pelas polícias Civil e Militar na manhã desta quarta-feira (3).

De acordo com a Polícia Civil, a ação foi denominada de "Assunto Delicado", já que os investigados buscavam intimidar os moradores para que eles não denunciassem as práticas criminosas à polícia.


A operação é um desdobramento das investigações que resultaram nas operações "Eu Gosto Assim" e "Procurando Nemo", realizadas em fevereiro e março deste ano, respectivamente, e que, juntas, cumpriram mais de 50 mandados de prisão e apreenderam armas, munições, uma granada e grande quantidade de drogas.

"Essa operação é a terceira parte de uma grande investigação que visa desmantelar um grupo liderado por presidiários e que buscava estabelecer o domínio de uma facção criminosa em Sapucaia e na região de divisa dos estados do Rio de Janeiro e Minas Gerais", disse a Polícia Civil.

Oito pessoas foram presas durante a operação. Foto:Divulgação/ Polícia Civil

Dos oito mandados da operação desta quarta-feira, cinco foram cumpridos em Sapucaia e dois em Três Rios. Os presos, todos homens, foram levados para a delegacia de Sapucaia e serão encaminhados ao presídio de Bangu, no Rio de Janeiro (RJ), nesta sexta-feira (4).

O oitavo mandado de prisão desta operação foi cumprido contra um homem que já estava preso no presídio de Bangu.


Investigações

A quadrilha atuava em Sapucaia desde 2021. A cidade foi escolhida pelos criminosos por estar localizada na divisa com o estado de Minas Gerais, em um local considerado estratégico. Segundo a Polícia Civil, o grupo é "ligado à maior facção de tráfico de drogas do estado do Rio".

As investigações foram iniciadas em novembro de 2022, após um adolescente ter sido flagrado com drogas e afirmar fazer parte de um "complexo" grupo criminoso.

De acordo com a polícia, o menor disse ainda que a quadrilha era liderada por três homens que estão presos e, de dentro do presídio, ordenavam a ação dos criminosos através de celulares.

A polícia constatou que um dos chefes do grupo é um ex-funcionário terceirizado dos Correios, preso em 2017 por fazer parte de uma quadrilha responsável pelo roubo a diversas agências postais no estado.

No decorrer das investigações, foi constatado também que a quadrilha teria "registrado" em um "cartório do crime" a exclusividade da facção pela venda de drogas no local, além da permissão para matar integrantes de grupos rivais que tentassem comercializar entorpecentes.

Com informações do portal g1
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