Meningite: Neurologista do Hospital de Clínicas Nossa Senhora da Conceição fala prevenção e principais riscos da doença

Com taxa de mortalidade em torno de 15%, a meningite pode causar também sequelas severas


Nesta semana, comemorou-se o Dia Mundial de combate à meningite. A data destaca a importância da prevenção, do diagnóstico, do tratamento e da melhoria das medidas de suporte àqueles que lidam com os efeitos potencialmente devastadores da doença.

Pensando em trazer mais informações sobre a doença, conversamos com o neurologista do Hospital de Clínicas Nossa Senhora da Conceição, Dr. Ricardo Martello. O médico iniciou a conversa falando sobre a transmissão da doença.

Ele explicou que a meningite é transmitida, na maioria das vezes, através de gotículas respiratórias, chamadas de perdigoto.

Além disso, contou que no período do inverno, em que as infecções respiratórias são mais comuns, os casos são mais frequentes.

“Os primeiros sintomas podem ser inespecíficos, como febre e dores no corpo. Mas, depois pode surgir cefaleia, vômitos em jato, que são aqueles não precedidos por náusea, alteração de consciência, crise convulsiva e até o coma.”, relatou o médico.


Sobre os tipos da doença, Dr. Ricardo diz que existem vários. A mais comum é a viral, mas também existe as causadas por bactérias ou fungos.

Outro tipo, pouco conhecido, é a meningite química, que é causada pelo uso de determinados medicamentos e pode causar sangramentos.

“A meningite mais comum no Brasil é a viral, geralmente com casos menos graves e tratamento de suporte apenas. As formas bacterianas são mais graves e devem ser tratadas com antibióticos”.

Manter sempre as mãos limpas e cobrir o rosto ao tossir e espirrar são algumas das medidas mais conhecidas para prevenir a enfermidade.

Contudo, o médico também alerta que a vacinação, hábitos saudáveis e isolamento respiratório de pacientes sintomáticos também podem ser aliados nessa prevenção.

“A vacinação é muito importante porque previne a forma mais grave de meningite bacteriana, que é aquela causada pela Neisseria meningitidis (ou meningococo). Por isso, verifique na carteira de vacinação se você e seus familiares tomaram. Se tiverem dúvidas, procure um especialista.”, aconselhou o neurologista.

O diagnóstico da meningite é feito através de dois exames. O clínico verifica se há sinais de rigidez de nuca e o líquido cefalorraquidiano analisa através secreções através da coleta por uma punção lombar.

“A meningite deve ser tratada ao primeiro sinal, pois ela pode deixar sequelas! O grau das sequelas vai desde os menos graves como distúrbios cognitivos, até os mais graves como crises convulsivas, epilepsia e até retardo mental ou estado vegetativo permanente”., finalizou o especialista. 

Assessoria HCNSCfull-width

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