Parece incrível. Em um momento em que as mulheres estão sendo valorizadas, como Glória Maria, suas histórias de luta reconhecidas, como Marielle Franco, suas vozes aclamadas e ouvidas, como Gal Costa, Marília Mendonça e Elza Soares...
Poucos se lembram de ceder uma só página , de qualquer veículo de comunicação, a exaltar aquela que foi a primeira mulher a assumir a presidência da República. Nem uma nota, um aceno, nem no Dia Internacional da Mulher.Não é pouca coisa. E foi eleita não por indicação, mas pelo voto direto. E sem uma só denúncia de corrupção em seu mandato. E que agora foi inocentada pelo MP pelos motivos torpes com que o machismo e o preconceito lhe retiraram do cargo.
Pelo contrário, debocham dela. Como se todos nós não cometêssemos erros de conhecimento, interpretação e concordância a todo momento. A sorte nossa é que nãos nos gravam e monitoram tanto. Nem nos obrigam a discursar sobre tudo o tempo todo.
Ainda bem que existe uma disciplina que não despreza a memória. Não é fria e calculista, como a Matemática, sujeita a mudanças de percursos ortográficos, como o Português, mas é implacável e justa e atende pelo nome de História.
Ela não tem pressa, vive a recolher fragmentos, resquícios que sepultam mentiras e fazem eclodir um dia em suas páginas toda a verdade.
Só a História fará justiça a uma mulher que toda a sociedade brasileira deveria se orgulhar e exaltar.
Porque Dilma Rousseff representa toda grande mulher.
Por José Roberto Padilha
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