Como bons navegantes é preciso superar as adversidades

Há muito tempo que a humanidade abandonou-se em uma espécie de indiferença a tudo que verdadeiramente justificasse sua própria existência.

Distanciou-se assim do verdadeiro conceito que se deve ter sobre as leis universais, desviando, poderia dizer-se, de todos os caminhos que Deus abriu, como sendas propícias, aos homens que quisessem aproximar-se d'Ele.

Por outro lado, a influência de um materialismo inflamado de ambições e de conteúdos totalmente nocivos para a consciência humana foi, gradualmente, fazendo com que os seres humanos chegassem até a desconhecer sua própria finalidade e a origem de tudo quanto na Criação está oferecido, sem limitação, à sua livre vontade.

Se os seres querem de verdade transcender esse estado de vida que espargiu por todas as partes o descontentamento e a infelicidade, cada um deve aprestar-se a edificar dentro de si o verdadeiro, o que não morre, o que é imortal.

A vida não deve ser preenchida somente com afagos físicos, circunstanciais; não se deve fazer dela uma ficção ao vivê-la artificialmente, e sim, sair dessa ficção para viver na realidade. 

É preciso dar à vida um conteúdo real, permanente, eterno. Entretanto, como é natural, deve-se chegar a isso de forma consciente, isto é, fazendo com que a consciência tome contato com a realidade, porque do contrário seria impossível compreender esta concepção da vida.

Os seres humanos, em sua totalidade, se esforçam por viver cada dia melhor. Entretanto, uns mais, outros menos, todos têm suas lutas. 

Como bons navegantes, devemos todos enfrentar os furacões e as grandes ondas, porque, enquanto todas as coisas passam, permanece tão somente o que é real, o que é eterno.

E nesse eterno, nisso que permanece, devemos todos afirmar o melhor de nossas vidas. No eterno devemos todos afirmar o melhor de nossas vidas.

O eterno e permanente é a parte de Deus que cada um leva consigo, parte que faz florescer, até nos momentos mais amargos, a esperança de dias melhores. 

Essa parte é imortal, e Quem criou a vida e lhe infundiu alento jamais a destruirá, porque é a sua própria Obra.

Naturalmente, a partir do momento em que a criatura humana foi criada e lhe foi dada uma vida, cada ser se torna responsável por ela; portanto, é seu dever tratar sempre de animá-la e buscar refúgio nela, reconfortando-se e fortalecendo ao mesmo tempo o vínculo sublime que o une a seu Criador.

Que a própria conduta, na esfera dos grandes princípios que regem a existência humana, seja um símbolo de grandeza e, também, o sinal de sua imortalidade.

Fundação Logosófica - Em prol da Superação Humana
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