Ora pois pois, até o auxiliar é português?

Escutando as entrevistas dos treinadores de Botafogo e Palmeiras, ouvindo as explicações do treinador do Flamengo na vitória sobre o Botafogo, poderia jurar que estava em Lisboa.

Uma covardia o que estão fazendo com os treinadores brasileiros. Nenhum estrangeiro dirigiu nossa seleção para alcançarmos o pentacampeonato mundial. Entre todos os nossos campeões mundiais de clubes, nenhum era estrangeiro.

Tivemos um breve milagre de Jesus, uma Libertadores, não o mundial, que fizeram com que cartolas modistas saíssem a procura de seus apóstolos. Algum deles é melhor que o Fernando Diniz?

O Renato Gaúcho? E a bagagem do Abel Braga, que ganhou um mundial de clubes com um Gabiru a favor e um Barcelona contra?

Sábado, esse absurdo atingiu seu ápice. O time reservas do Flamengo não foi dirigido pelo seu treinador sub-20. O que rala na base, formou, conhece os meninos e ainda os dirigiu na Taça SP de Juniores.

No lugar de empregar essa legião lusitana, porque não colocar técnicos brasileiros como estagiários desses "excepcionais" treinadores, que tem no currículo o fato de Portugal ser, há décadas, um mero coadjuvante entre os grandes clubes europeus.

A CBF resolveu aderir e vai trazer o Ancelotti para dirigir a nossa seleção. Ele não vai ter seu time nas mãos, como tem no Real Madrid, porque ele irá passar 90% do seu contrato viajando e observando. Seus jogadores serão treinados por técnicos europeus.

Ele só terá contato para impor suas ideias em amistosos, Copa América e Eliminatórias. Vai engordar, como Tite, tanto no bolso como na balança. E jamais conseguirá nos tirar desse buraco, além de empanar ambos e poderosos currículos.

A propósito, o nome do auxiliar técnico do Flamengo é Rui Quinta e, pelo visto, nunca foi de primeira.

Por José Roberto Padilha 

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