Operação em Sapucaia: preso mais um acusado de integrar quadrilha envolvida com o tráfico de drogas


Revólver, pistola e drogas apreendidas durante a operação na última semana — Foto: Divulgação/Polícia Civil


Mais um acusado de integrar uma organização criminosa envolvida com o tráfico de drogas em Sapucaia foi preso na tarde desta quinta-feira (16). O suspeito, de 23 anos, foi encontrado dentro de um táxi no Centro da cidade, após denúncias anônimas.

Ao longo da última semana, também foram cumpridos outros 39 mandados de prisão em Três Rios, nas cidades mineiras de Chiador e Juiz de Fora, e em Domingos Martins, no Espírito Santo. A operação faz parte de uma ação conjunta entre as polícias civil e militar.

De acordo com os agentes, os presos compõem um grupo ligado a uma das maiores facções criminosas do Rio de Janeiro e teriam escolhido Sapucaia por conta da localização estratégica da cidade, que fica na divisa com Minas Gerais.

Dos 39 mandados de prisão cumpridos, cinco são de pessoas que já estavam presas. Dessas, três são apontadas como líderes do bando.

Segundo a polícia, eles coordenavam o trabalho da quadrilha de dentro do sistema prisional, passando instruções sobre a comercialização das drogas, recolhimento e depósito de dinheiro, e até dando ordens para ameaçar e matar possíveis adversários.

Durante o cumprimento destes mandados, foram apreendidos uma pistola 9mm, um revólver calibre 38, uma granada de fabricação caseira, 1,5 mil cápsulas de cocaína e 68 pedras de crack.

As investigações foram iniciadas há apenas 3 meses, em novembro de 2022, a partir da prisão de um menor de idade que integrava o grupo criminoso.

Durante as averiguações, foi constatado que a quadrilha teria “registrado” a cidade de Sapucaia em uma espécie de “cartório do crime” junto a facção criminosa, o que supostamente conferia a eles o monopólio do comércio de entorpecentes na localidade.

O grupo atuava de forma organizada, seguindo uma hierarquia com divisões claras de tarefas e movimentava um volume expressivo de drogas. Ao todo, cerca de 130 policiais estiveram envolvidos na operação.


Criança de 9 anos agredida a pauladas

Segundo informações do portal g1, a Polícia Civil conseguiu a quebra de sigilos de dados de telefones apreendidos e teve acesso a áudios de conversas dos criminosos no WhatsApp.

Em um destes diálogos, uma mulher, integrante da quadrilha, diz que: "Loló a gente pode estar providenciando, mas maconha tem bastante, bastante".

Além de ostentar o estoque de drogas, os criminosos faziam uso de armas de fogo para ameaçar de morte quem tentasse denunciá-los.

Em uma dessas represálias, um dos envolvidos teria tentado matar uma criança de 9 anos com pauladas na cabeça por achar que a mãe dela estava filmando a ação da quadrilha.full-width

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