Nesse vai lá, vem cá, varre quintal, molha planta... o tempo vai passando. A mãerolinha, reparando bem, parece não caber mais no ninho, tão crescidinhos estão os filhotinhos. Penso comigo: tá chegando a hora.
Alguém, uma vez, me disse que quando a rolinha sente que está no momento de lançar seus filhotes nesse mundo de Deus, ela os empurra pra fora do ninho.
Eles, não tendo outra saída, se viram para não se esborracharem no chão. Batem as asinhas e... adeus ninho! Ansiosa por presenciar esse momento tão importante, estou sempre de prontidão, pela manhã, à tarde... Ontem à noite dormi com esta preocupação.
Dia claro, levanto-me. Desço à cozinha, faço o café e tomo uma xícara. De volta, passo pela varanda. Aproximo-me dos galhos que abrigam o ninho. Tudo tão calmo, nenhum movimento...
Dia claro, levanto-me. Desço à cozinha, faço o café e tomo uma xícara. De volta, passo pela varanda. Aproximo-me dos galhos que abrigam o ninho. Tudo tão calmo, nenhum movimento...
Não vejo a rolinha. Procuro-a na ponta do alambrado. Nada. Pego uma cadeira mais alta: no ninho, também nada, está vazio. Aí constato, entre triste e alegre ao mesmo tempo: os passarinhos se foram, se mandaram por este mundo de Deus. Para onde? Que direção tomaram?
O coração se encarrega de responder: apenas isto, os passarinhos voaram. Passarinho tem asa é para voar! Não importa se deixaram para trás um coração cheio de saudade, vazio um ninho...
O coração se encarrega de responder: apenas isto, os passarinhos voaram. Passarinho tem asa é para voar! Não importa se deixaram para trás um coração cheio de saudade, vazio um ninho...
Não importa que direção nem que rumo tenham tomado. Graças a Deus a rolinha e seus filhotinhos, a estas horas, estão bem longe, voando, voando, voando...
De mais a mais, vazio o ninho, fica até fácil para o Sérgio, nosso jardineiro, podar os galhos da trepadeira. Ele deve passar por aqui e cuidará de tudo, ele entende do assunto.
Alguns dias se passaram. O Sérgio apareceu, expliquei-lhe o serviço:
- Desta vez você já pode podar os galhos. Os passarinhos, felizes da vida já se foram – falei pra ele, da cozinha, enquanto preparava-lhe o café.
Sérgio está na varanda, reparando quais os galhos da trepadeira poderão ser podados. Mas eis que ele sorri e balança,seguidamente, a cabeça...
- Que foi, Sérgio? – perguntei-lhe.
- Tem uma outra rolinha chocando aqui no ninho...
(Fim)
De mais a mais, vazio o ninho, fica até fácil para o Sérgio, nosso jardineiro, podar os galhos da trepadeira. Ele deve passar por aqui e cuidará de tudo, ele entende do assunto.
Alguns dias se passaram. O Sérgio apareceu, expliquei-lhe o serviço:
- Desta vez você já pode podar os galhos. Os passarinhos, felizes da vida já se foram – falei pra ele, da cozinha, enquanto preparava-lhe o café.
Sérgio está na varanda, reparando quais os galhos da trepadeira poderão ser podados. Mas eis que ele sorri e balança,seguidamente, a cabeça...
- Que foi, Sérgio? – perguntei-lhe.
- Tem uma outra rolinha chocando aqui no ninho...
(Fim)
Postar um comentário