Na torcida pelo Brasil, o barulho de alguns ambientes pode causar problemas na audição

Fonoaudióloga fala das causas da surdez e sugere o exame de audiometria para identificar problemas no aparelho auditivo

Em clima de Copa do Mundo do Catar, uma combinação animada reúne nos estádios de futebol muita gritaria, bandas de música, instrumentos de percussão, a barulhenta vuvuzela, entre outros sons que chegam a atingir 115 decibéis (dB), o que pode causar sérios danos à audição humana.

A vuvuzela está proibida em estádios do Catar, conforme código de conduta local. Aqui no Brasil elas ainda podem ser ouvidas com seus sons que podem chegar a pouco mais de 115 decibéis. Isso sem falar nos fogos de artifício com barulhos ensurdecedores.

Com o avanço do Brasil após a goleada de 4 a 1 contra a Coréia do Sul nesta segunda-feira (5), aumenta a preocupação de especialistas quanto à audição e os prejuízos que ela pode sofrer com tanto barulho.

Mesmo fora dos estádios e longe a quilômetros de distância, o som de telões e de locais onde as pessoas se reúnem para assistir as partidas pela televisão ainda assim emitem ruídos bem altos.


No dia 10 de novembro foi criado o dia Nacional de Prevenção e Combate à Surdez, data instituída pelo Ministério de Saúde, pela Portaria de consolidação MS nº 1/2017, artigo 527, com objetivo maior de educar, conscientizar e prevenir a população brasileira para os problemas advindos da surdez.

Existe um nível considerado tolerável para não danificar a audição dos seres humanos e esse nível não pode exceder 85 decibéis. Ruídos que beiram os 85 decibéis são os do secador de cabelo e de um caminhão, por exemplo.

Mas, níveis de ruído superiores a essa intensidade e com exposição prolongada, podem provocar lesões irreversíveis ao sistema auditivo.

Um show de música em um espaço fechado pode chegar a 120 decibéis e um avião com a turbina ligada pode ultrapassar os 135 decibéis.


E quais seriam as causas da surdez?

Segundo a fonoaudióloga Meriane Oliveira (foto), a surdez tem diferentes tipos, graus; pode ser congênita ou adquirida ao longo da vida e afetar pessoas de qualquer faixa etária, sob causas variadas.

Os prejuízos são diversos e danosos ao aparelho auditivo, provocando alterações na forma das pessoas se comunicarem com um grande impacto na saúde e qualidade de vida, desenvolvimento acadêmico e relações de trabalho.

A fonoaudióloga recomenda o exame de audiometria, que serve para verificar como está a audição de uma pessoa. Antes do exame, o paciente deve estar em repouso auditivo por cerca de 14 horas.

Hoje em dia, não só o barulho de alguns ambientes são prejudiciais, bem como o volume alto dos fones de ouvido com uso prolongado, por exemplo; ou até mesmo do local de trabalho, quando se tem por perto ruídos nocivos emitidos por máquinas e equipamentos que ultrapassam 85 decibéis, por no máximo 8 horas, o que poderão causar danos irreversíveis à audição.


Confira alguns exemplos da escada de decibéis

0 dB: perto do silêncio total;
15 dB: um sussurro;
60 dB: uma conversa normal entre duas pessoas;
90 dB: som de uma máquina de cortar grama ou aspirador de pó;
100 dB: turbina de um avião;
120 dB: motor a jato, trios elétricos;
140 dB: tiro ou rojão.

Imagem: Reprodução / Divulgaçãofull-width

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