Jesus, O aniversariante


Feliz Natal e próspero Ano Novo!

Dizemos sempre assim aos que muito amamos e aos amigos queridos.

Todos temos o nosso natal, o nosso natalício, até com certidão em cartório. E, na medida do possível, todos os anos reunimo-nos com a família, os amigos mais próximos e comemoramos.

Mas no dia 25 de dezembro, em meio a milhões e milhões de aniversariantes no mundo inteiro, temos aquele que é O aniversariante: o Deus- Menino, o amor em dimensão humana e divina.

Que veio por nós, para nós, por causa de nós. Nasceu pobre, numa gruta hospitaleira. Desde o primeiro instante de sua vida identificou-se com os mais pobres dos pobres.

Foi um deles, tornou-se um com eles. Os pastores, desprezados pela sociedade da época, foram os primeiros a receber a Boa Notícia e os primeiros a visitar o Menino.

“Feliz o ventre que te carregou e felizes os seios que te amamentaram!” ( Lc 11,27), proclamou a mulher em alta voz, no meio da multidão que, atenta, ouvia Jesus.

Ao que Ele respondeu: “Mais felizes são aqueles que ouvem a Palavra de Deus e a põem em prática” (Lc 11,28). Ouvir, até que ouvimos. Pôr em prática, na maioria das vezes, é que se torna muito difícil.

Estamos sempre adiando as decisões concretas para amanhã, para depois. A Palavra chega aos nossos ouvidos, mas não ressoa em nosso coração.

E temos todo o tempo necessário para sermos solidários com os que têm fome e sede de pão e água e também de justiça; para darmos uma atenção maior aos que, por infelicidade, se envolveram com as drogas, com a criminalidade até a alma; com aqueles aos quais a Palavra ainda não chegou; com aqueles que ainda não conseguiram perdoar o irmão ou não foram por ele perdoados.

E com tantos outros, aos quais nossa ajuda concreta não consegue chegar, porque não conseguimos sair de nós mesmos.

O Mandamento Novo, segundo João (13,34) diz: “Amem-se uns aos outros, como Eu vos amei”. O amor entre as pessoas, este o verdadeiro sentido da vida, o espírito cristão do Natal.

Podemos ir às lojas, comprar, dar e receber presentes, caprichar na ceia festiva, preparar tudo da melhor maneira possível – nossa família merece, nossos amigos ficam felizes com nosso carinho. Mas que tudo isso não se transforme no mais importante.

Que os momentos de paz, esperança, alegria e reconciliação, que o Natal produz, se multipliquem em muitas e muitas vezes ao longo de todo o ano que está chegando.

Prestemos atenção ao Menino que, mais uma vez, vem ao nosso encontro. Façamos silêncio, para ouvi-Lo. Muito tem Ele a nos dizer. Que a sua Palavra penetre fundo em nossos ouvidos e ressoe em nossos corações.

Por Izabela Daud

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