Ano novo ou mera mudança de calendário?

Agradecidos a Deus por mais um ano que se finda, suplicamos suas bênçãos no limiar do ano vindouro. Sim. Acima de tudo louvamos ao Senhor pela graça de estarmos vencendo o Corona vírus e, também, pela grandeza da solidariedade da sociedade trirriense com os desempregados e empobrecidos.

O socorro imediato, continuado e generoso dos cidadãos/ãs com as cestas básicas, encaminhadas a diversas instituições garantiu a segurança alimentar de centenas e centenas de famílias,...

Uma atenção especial às muitas crianças sem o “café da manhã”. Registro igualmente as doações de roupas, cobertores e pertences domésticos, como camas e colchões, fogões, geladeiras, guarda roupas, ... Parabéns! Graças a Deus!

Iniciaremos no próximo domingo um novo ano e para que seja Ano Novo somos desafiados a esperançar! Isso implica arranca-nos do isolamento, da solidão, da depressão, da autossuficiência, da intolerância, do silêncio omisso ou covarde, das friezas, da apatia social,...

Mas quer, igualmente, fazer-nos sujeitos da própria vida e da história pelo cultivo da autoestima, das relações intersubjetivas e do conviver efetiva e afetivamente com a família, o trabalho, a comunidade e a sociedade; esta, nas suas dimensões maiores ou menores na responsabilidade com a dignidade humana, a justiça e a paz.

Isso, envolvendo as igrejas, as religiões, associações de moradores, cooperativas, sindicatos, política, iniciativas de prestação de serviços sociais e a classe empresarial.

E um fato importante, ao qual não podemos estar omissos, é a mudança política dos governos nos níveis estadual e federal.

Se a maioria optou por uma nova administração pública, agora, temos todos a responsabilidade cidadã de acompanhar de forma crítica e cooperativa as medidas que virão a ser tomadas.

Isso implica, em primeiro lugar, nas atitudes de diálogo entre cidadãos e com os políticos delegados à promoção do bem comum.

Este diálogo se efetiva ainda nos partidos políticos e em todas as organizações cidadãs, comunitárias e sociais encarregadas pelo cuidado, vigilância, defesa e promoção da vida.

A construção de uma nação humanitária é responsabilidade de todos. E por isso e para isso é preciso esperançar!

As festas de empoderamento no próximo domingo devem ser celebrações públicas de cidadania pela vida e fraternidade.

E a nossa Igreja enraizada nos legados da fé e da caridade de Jesus Cristo propõe mais uma Campanha da Fraternidade convocando a nós cristãos e a toda sociedade ao enfrentamento do drama da fome, com o tema “Fraternidade e fome”, e o lema “Dai-lhes vós mesmos de comer” (Mt 14,16).É a terceira vez que a fome é tratada pela Igreja no Brasil, na Campanha da Fraternidade.

A primeira foi em 1975, com o tema ‘Fraternidade é repartir’ e o lema “Repartir o pão’. A segunda foi em 1985com o lema “Pão para quem tem fome”. E agora, à luz do Congresso Eucarístico Nacional, recentemente realizado em Recife, sob o tema “Pão em todas as mesas”, abraçamosmais uma vez o flagelo da fome.

E vale concluir recordando alguns tópicos da Mensagem do Papa Francisco para o Dia Mundial da Paz, de 2022:

"Três caminhos para construir uma paz duradoura", o diálogo entre as gerações, a educação e o trabalho, "essenciais para a elaboração de um pacto social, sem o qual qualquer projeto de paz é inconsistente".

Ele sublinhou também que o orçamento destinado à educação foi reduzido "sensivelmente" nestes últimos anos no mundo ao contrário dos gastos militares que ultrapassaram "o nível do fim da guerra fria".

Convocou-nos a "gestos concretos, como perdoar os outros e promover a justiça”. Esperançou: "E também precisa de um olhar positivo: que olhemos sempre, na Igreja como na sociedade, não o mal que nos divide, mas o bem que pode nos unir!", "Não adianta se abater e reclamar, mas arregaçar as mangas para construir a paz", declarou.

Abençoado Ano Novo a todos! E uma gratidão especial ao Deseja receber as notícias da sua cidade na palma de sua mão? Clique aqui e faça parte do grupo do Entre-Rios Jornal no WhatsApp.

 pela graciosa mediação desse nosso diálogo semanal com os seus leitores!

Medoro, irmão menor-padre pecador

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