Estendo a Bandeira branca

Como jornalista e cronista, de certa forma formador de opinião, retiro a bandeira vermelha, com uma estrela no centro, estendida na minha janela.

E cesso por aqui todo os argumentos que arremessava para o outro lado da fronteira das bandeiras verdes e amarelas.

Precisamos na vida ter um lado. E lutar por ele. Quem vive no Centrão ou é hipócrita ou está esperando um acordo político com o mandatário da vez.

Ter um lado é tão importante quanto saber a hora de parar com a nobre luta.

Nós, petistas, perdemos quatro eleições, FHC duas, Collor uma e Bolsonaro outra. E ganhamos cinco, Lula três, Dilma duas. E o país resistiu a todas as formas de governo nesses últimos 36 anos de democracia.

Agora, a hora do reencontro com parentes e amigos que também foram à luta. Com ideologias contrárias, porém, insuficientes para estender a polarização às vésperas de uma Copa do Mundo. E nos manter em lados opostos dos bares, cultos e arquibancadas.

E depois tem o Natal, o Réveillon e o Bloco da Barão, a cidade de Três Rios por onde caminham nossos filhos e netos. A quem interessa mais manter tal divisão?

Contém comigo nesse importante, e fundamental, programa de transição para retomada de antigas e imprescindíveis amizades.

Por José Roberto Padilha

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