Meio Ambiente - Conceitos Introdutórios – Conscientização e Sensibilização – Parte I


Raramente nos perguntamos quem somos e qual tem sido o nosso papel no mundo. Esse questionamento pode ser direcionado a nossa vida pessoal, profissional, social e ambiental. Ambas as esferas estão conectadas pela linha tênue da vida. Tenho dito através dos artigos, produções audiovisuais e literárias (poemas, contos, crônicas e histórias), nas palestras, aulas, workshops, treinamentos e demais apresentações públicas que: “muitos de nós costumam sobreviver no modo automático ao invés de buscarem viver, se compreender, entender seus objetivos, razões, ações e consequências, compreender melhor o mundo ao nosso redor, buscando decifrar ao máximo os códigos da existência”. “Isso nos remete ao estado de eternos aprendizes, lugar este que nos proporciona maior empatia e que oferece a oportunidade de dar passos relevantes na ponte da humildade”. Sempre que possível, enfatizo a diferença entre o ver e o enxergar, dizendo que enxergar envolve buscar, ampliar a visão de mundo, aguçar as percepções. Isso demanda tempo e energia, e a busca por equilíbrio através das raízes da sabedoria, algo que nos ajuda a lidar com o pragmatismo que pode vendar nossos olhos para novos cenários, e com o metafísico, que pode se tornar uma ferramenta a findar no mesmo prisma. Em ambos os casos a resposta pode ser encontrada através do método socrático, através das perguntas, dos melhores questionamentos, como por exemplo: qual é a diferença entre o remédio e o veneno? Pode até parecer clichê dizer que a resposta está na dose, mas a maior parte das pessoas não se atenta que a diferença entre o bom e o melhor possível se encontra nos detalhes, nas sutis diferenças...

Para que possamos embarcar nessa caminhada em busca de um maior entendimento sobre o que de fato é o “Meio Ambiente”, precisamos não sermos mentes fechadas, banhadas pelos paraísos artificiais e superficiais que nos aprisionam aos modos automáticos. “Cada dia mais, precisamos nos atentar ao mundo contemporâneo, as suas novas tendências e necessidades, que precisam de equilíbrio, produtividade, igualdade, equidade e de sustentabilidade”. Tudo isso só é possível tendo em vista a compreensão do processo de globalização que se deu e que se dá através das pessoas e da análise de suas razões, ações e consequências. “Ressalto que, a meu ver, existem basicamente três tipos de estados de pessoas”.

No primeiro caso, temos as pessoas mais para menos. Essas são pessoas mais pessimistas e que tem pouca ou quase nenhuma perspectiva de progresso existencial significativo, são pessoas que costumam ser menos motivadas e comprometidas com melhorias, que tendem a apontar mais defeitos e culpados, do que procurar se aprimorar e proporcionar melhorias coletivas, quando não, chegam a criar atritos e procuram minar e prejudicar seus semelhantes e situações, até mesmo, em muitas ocasiões, por suas inseguranças, ego e limitações em diversas áreas da vida. Na maior parte das vezes são pessoas estagnadas diante da vida, não são pessoas muito confiáveis para lidar e para confiar projetos.

No segundo caso temos as pessoas mais ou menos.Me atrevo a dizer que boa parte das pessoas se encontram nesse estado existencial. São pessoas que quando perguntamos se está tudo bem, costumam dizer a verdade sobre o que percebem de si mesmas e do mundo, ou seja, que as coisas estão mais ou menos. São pessoas que vivem muito no modo automático, como as pessoas do primeiro estado, deixando a vida levar, porém, tendem a serem menos tóxicas do que as pessoas mais para menos. São menos tóxicas, mas também não acenderam de forma contundente e eficaz a chama intrínseca que motiva e engaja, ao ponto de despertarem a força imensurável que reside em cada um de nós.

Finalmente temos o terceiro estágio de pessoas, as pessoas mais para mais. Não se compreendem como pessoas perfeitas, mas sim, perfectíveis, que podem melhorar a cada dia, a cada momento. São pessoas mais abertas a desafios e oportunidades, a fatores e opiniões extrínsecas. São indivíduos que possuem uma chama intrínseca capaz de motivar e engajar a si mesmas e as pessoas à sua volta, indivíduos mais atentos e comprometidos com os detalhes, com a gratidão, com os projetos em que se envolvem e com o desenvolvimento contínuo. Dão menos ouvidos às reclamações rotineiras sem perder o bom senso e o senso crítico, costumam procurar perder menos tempo com atividades improdutivas e superficiais, terem mais ética e valores que proporcionam mais empatia, respeito, cordialidade, amor a si mesmas e aos seus semelhantes. Essas pessoas tem objetivos mais claros e transparentes traçados, e comprometimento para alcançá-los, dando o melhor de si em cada oportunidade. Costumam gostar de desafios, serem melhores cidadãos, melhores filhos, pais, estudantes, profissionais, colegas de estudo, de trabalho, etc...

Vale lembrar que pessoas que se acham muito acabam perdendo muito. Perdem muito por se acharem, por se sentirem cheios demais para poder buscar crescer e contribuir para a existência de melhores e maiores legados. Quem se acha muito e perde tempo procurando não ser a melhor versão de si mesmo e para os outros, acaba se minando e contaminando muitos solos férteis, os deixando oxidados, ácidos... Pessoas que não buscam o melhor se entregando as versões mais tóxicas, até voam, mas batem asas mais pesados e contaminados, voam, mas voam de galho em galho, são mais rasos e não se abrem para aprimoramentos mais abrangentes e profundos, pois fecham relevantes comportas de aprendizados.Buscar compreender o que é a vida se mostra algo muito relevante e peculiar, que envolve diversos contextos que contribuem para as escritas dos textos, no entanto, procurar compreender o que se é na vida e o que se pretende ser na vida de fato, a curto, médio e longo prazo, se mostra algo muito importante para que as embarcações naveguem de modo mais assertivo no imensurável mar da existência. Procurar compreender melhor os objetivos e motivos, finda em indivíduos mais construtivos, comprometidos e assertivos.Sempre que posso, tenho dito que todos nós já somos alguém na vida, mas, que precisamos olhar com atenção para os caminhos que traçamos e para as sementes que lançamos, pois, certamente, colheremos frutos e deixaremos nossas pegadas de algum modo. Todo ser humano é responsável pelo bem que faz e que não faz a si mesmo, aos seus semelhantes e a natureza. Até mesmo fazer nada é fazer algo.

Um dos maiores desafios do mundo contemporâneo tem sido encontrar o “equilíbrio sustentável” no que tange ao meio ambiente, que envolve mais do que os recursos naturais, processos produtivos, resíduos, rejeitos e os impactos ambientais em si. “Para que exista uma cultura ambiental comprometida com sustentabilidade, igualdade e equidade, precisamos olhar para fatores como: ética e educação ambiental, que só conseguem ser eficazes quando alicerçadas nas bases da conscientização e da sensibilização, aliadas as ações construtivas produtivas”. Vale lembrar que “apenas o homem pode tornar-se o canibal de si mesmo”, que “o segredo de observar os milagres consiste em contemplar os detalhes”. Se viver é costurar um texto, costure bem a sua história. Até o próximo artigo!...Seja forte e corajoso. Não se apavore nem desanime.

Por Jhean Garcia
Imagem: Gerd Altmann Por Pixabay




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