O que são distorções cognitivas e como identificá-las


Dez de setembro é o dia mundial de prevenção ao suicídio. Como em anos anteriores dedicamos esta coluna, durante todo o mês, para compartilhar informações relativas ao bem-estar e à saúde da mente.

Hoje, listamos aqui alguns padrões automáticos de pensamentos que a psicologia classifica de distorções cognitivas, ou formas alteradas de interpretar situações, que acarretam ansiedade e sofrimento.

Saber identificá-los auxilia a romper paradigmas equivocados, abrir novas perspectivas e buscar ajuda quando necessário. Confira:

Catastrofização: análise negativa que nos leva a antecipar eventos não ocorridos. Exemplo: “Perdi o emprego, nunca mais vou conseguir outro.”

Raciocínio emocional: compreensão de nossas emoções como fatos, sem indícios de que sejam verdadeiros. Exemplo: “Ele/ela não gosta de mim.”

Abstração seletiva: visão limitada, presa a pequenos detalhes, sem visualizar o quadro completo. Exemplo: “Ele/ela não me ama, porque não quis sair comigo naquele dia.”

Rotulação: qualificações generalistas sobre nós ou outras pessoas, definindo-nos (ou aos outros) por dados isolados. Exemplo: “Cometi um erro, então sou inútil.”

Personalização: quando assumimos que comportamentos de terceiros dizem respeito ou acontecem por nossa causa, ignorando que estes também fazem escolhas por si mesmos. Exemplo: “Meu filho reprovou na escola, o que significa que sou péssima mãe.”

Leitura mental: adivinhar e acreditar, sem evidências, no que os outros estão pensando. Exemplo: “O que ele/ela quer é me deixar nervoso”.

Desqualificação do positivo:
falta de reconhecimento pelas coisas boas que foram alcançadas. Exemplo: “Não foi nada especial, qualquer um poderia fazer o que fiz.”

Lembre-se sempre: você é muito importante para alguém. Se precisar, não hesite em procurar apoio profissional.

Por Daniele Barizon
Imagem: Reprodução 

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