Há dois anos, após conquistar o heptacampeonato mundial, Louis Hamilton era quase um semideus. Deixava para trás, em recordes, títulos e vitórias, lendas da F1 como Senna e Schumacher.
As corridas, sem alguém para brigar com ele pelo primeiro lugar, foram ficando sem interesse. Eu, como muitos, deixei de assistir a nenhuma briga e me abriguei nas emoções do duelo entre o Rubinho e Thiago Camilo na Stock Car. A Globo percebeu a audiência ir embora e foi também.
Aposentou a F1, o Galvão e o Reginaldo Leme foi se abrigar na Bandeirantes. Que aproveitou a promoção.
Bastou que uma equipe, a RBR, construísse uma carro melhor que a Mercedes, para o o mundo ficar sabendo, com a sexta colocação de Hamilton no GP da Holanda, quarto lugar no mundial, atual vice-campeão mundial que semideuses são os melhores carros da vez. Os pilotos? Coadjuvantes da vez.
Fernando Alonso e Sebastião Vettel, ex-campeões mundiais pela Ferrari, correram ontem sem dar um só autógrafo em máquinas sem graça como o Fernebach, da Turquia.
Jorge Jesus era um desconhecido até sentar ao volante de uma máquina de jogar futebol. Saiu dela se achando o filho de Deus. E, no Benfica, percebeu que não passava de um mero apóstolo.
Não se ache, Dorival Jr, acima da máquina. Não poupe os pneus durante o campeonato brasileiro. Não desregule a suspensão dianteira achando que o Diego Ribas está com a mesma aerodinâmica que o Thiago Maia.
Muito menos, deixe de abrir a asa para a ultrapassagem poupando o Pedro no banco e escalando o Marinho. Caso contrário, o Flamengo se afasta de vez do Palmeiras e traz o Max Verstappen para o seu lugar.
E quero ver você, que no Ceará nem coroinha era, se tornar um semideus guiando o Juventude, o Avaí, o Brusque de Santa Catarina.
Por José Roberto Padilhafull-width
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